sexta-feira, 26 de julho de 2013

As pernas curtas da mentira

                                     

Fiel à ideia, por ela mesma proclamada, de que em campanha eleitoral é permitido fazer "o diabo" a presidente Dilma Rousseff transformou seu encontro protocolar com o papa Francisco num ato de palanque. Esse comportamento condiz perfeitamente com um governo fundado em artimanhas marqueteiras e disposto a fazer de tudo para recuperar a popularidade perdida.” (O Estado de S. Paulo, 24/7, A3)


         Em lugar de dirigir algumas palavras de boas-vindas ao papa e desejar-lhe sucesso na Jornada Mundial da Juventude, em seu pronunciamento a presidente explorou o momento para fazer o elogio dos governos lulopetistas, reafirmar sua missão mística de salvar os miseráveis de todo o mundo e pedir a ajuda do papa, propondo-lhe uma aliança para o combate à pobreza mundial. No entanto, o Vaticano procura se afastar dessa tentativa do governo brasileiro, por não querer ser usado politicamente pelo Brasil.
         Neste período de inferno astral do partido, “o presidente do PT atribui as dificuldades do governo a falhas de comunicação, como se o governo não gastasse mais de um bilhão de reais por ano em triunfais campanhas publicitárias de João Santana vendendo o Brasil Maravilha de Lula e Dilma. Mas o governo é vítima de seu excesso de comunicação, contrastado fragorosamente pela realidade das ruas”, escreveu Nelson Motta (O Globo, 12/7).
         E, na revista Época (03/07) a colunista Ruth de Aquino afirmou: “A presidente está isolada por seus pares e ímpares. Sua sorte é que, até agora, não há líderes oposicionistas com discurso consistente para o futuro do país. Aécio Neves converteu-se a uma pálida sombra do que poderia ser. Marina Silva virou uma analista em cima do muro, com o aposto de "evangélica". Eduardo Campos desistiu do combate às claras e age nos bastidores à espera de uma derrapagem fatal. E Lula é hoje a pedra mais incômoda no sapato alto da presidente”.
         Como constata J. R. Guzzo na revista Exame (21/7), “o que o governo Dilma Rousseff está recebendo, agora, é a conta a pagar por mais de dez anos de mentira, durante os quais acreditou que seria possível mentir para sempre. Ainda há pouco falavam que o Brasil, graças ao gênio do ex-presidente Lula, era um fenômeno de sucesso sem paralelo na história econômica mundial. Teríamos "índices chineses" de crescimento. A transposição das águas do rio São Francisco seria a maior realização da engenharia humana desde as pirâmides do Egito. O governo do PT estaria fazendo uma das maiores transferências de renda para os pobres já vista na história. O petróleo do pré-sal levaria o Brasil à Opep. Mas não havia nada disso no mundo real. A transposição de águas não transpôs água, mas apenas verbas. No caso do petróleo do pré-sal, venderam a pele do urso antes de matarem o urso. É esse o problema com a verdade. Um dia ela aparece.”

         É isso: a mentira tem pernas curtas...

Parabém, Notícias de Valinhos!


(Nota de revisão: segundo os Dicionários Houaiss e Aurélio da Língua Portuguesa, “parabém” (s.m.) é o mesmo que “parabéns”: seu uso é mais empregado no plural.)

Palpite infeliz daquele vereador,
Agredindo a multidão de alternativos!
Revolução para fechar os jornais,
Afronta até ferozes ditaduras.
Balas disparadas contra jornalistas
Enterrarão a nossa democracia,
Mutilando a inteligência da nação!

Notícias de Valinhos firma-se na trincheira
Onde saltitam os informes da cidade.
Tom Santos é o paladino indômito,
Impede com garra os impropérios,
Cuidando das coisas lindas das ruas.
Invade locais públicos e sociais
Acende sua arma fotográfica,
Sela a verdade para a posteridade.

Daqui do pico da Morada dos Pinheiros
Espreito o vai e vem dos valinhenses.

Valinhos relembra vales altos e baixos,
Aquela terra florida de frutíferas:
Lindas goiabas e polpudos figos,
Internacionalizam os seus plantadores,
Na exuberante colonização do Estado.
Há por bem deixar patenteado
O romantismo da alma italiana
Solo que gerou Adoniran Barbosa

Relembrando fragmentos da sessão da Câmara Municipal de Valinhos, de 10 de janeiro de 2003.
O vereador Osmar Tasmo (PPS) foi à tribuna e disse: “...a gente estamos aqui para defender o povo.”
Em seguida, demonstrando destemperança e revolta contra os jornais Folha de Valinhos, Jornal de Valinhos e Terceira Visão, ele acrescentou que “juntando os três não dá um!”
Por fim, ultrapassando todos os limites do razoável, o vereador esbravejou: “vamos fazer uma revolução para acabar com a imprensa de Valinhos!”
Embora o vereador Tasmo não tivesse se referido ao jornal NOTÍCIAS ou ao jornalista Tom Santos, a nossa redação recebeu uma “prova de carinho”, enviada pelo Sr. Cândido Sespa Caselli, em forma de acróstico, como desagravo ao ataque proferido pelo vereador Tasmo contra os outros jornais mas que, no entender do missivista, se levado a sério o pronunciamento daquele legislador, seus malefícios poderiam atingir também o NOTÍCIAS e Tom Santos.
O Sr. Cândido disse que sempre vinha a Valinhos “visitar a neta Micheline Caselli Oliveira, professora, residente na Morada dos Pinheiros”, e sabia que ela pegava o NOTÍCIAS na portaria do condomínio.
Essa “prova de carinho” se revestiu de mais significados pela apresentação: “Tenho 75 anos de vida e larga experiência em jornalismo, por trabalhos prestados desde a criação do jornal Correio de Olinda, além de trabalho no jornal Folha do Povo, de Recife, e na Tribuna de Imprensa (Rio de Janeiro), do meu amigo Carlos Lacerda”!
O sr. Cândido disse ter ficado assustado ao saber que, na Câmara Municipal de Valinhos, um vereador tivesse manifestado o desejo de cercear a imprensa!
Texto
Tom Santos
Publicamos, mais uma vez, o acróstico enviado pelo leitor, evidenciando junto aos nossos leitores e anunciantes que as “provas de carinho” que temos recebido nesses 16 anos de atividades têm valor real, significativo e dignificante, porque não são “prêmios” vendidos ou distribuídos por aí a “mão-cheia”.



MAIS SIGNIFICADO PARA A VIDA!




Havia uma menina que não tinha família e nem ninguém para amá-la. Certo dia, sentindo-se muito triste e sozinha, ela foi passear num jardim e viu uma pequena borboleta presa num arbusto de espinhos.
Quanto mais a borboleta lutava para se soltar, mais os espinhos cortavam suas asas frágeis. A menina libertou cuidadosamente a borboleta de sua prisão de espinhos. Em vez de voar para longe, a borboleta transformou-se numa bonita fada. A menina esfregou os olhos, sem acreditar.
- Por sua gentileza, disse a fada, vou realizar qualquer desejo que você escolher.
A menina pensou um pouco e depois respondeu:
- Eu quero ser feliz!
A fada disse que estava tudo bem e, sussurrou alguma coisa no seu ouvido. Em seguida desapareceu.
Enquanto a menina crescia, não havia ninguém na região tão feliz quanto ela. Todos lhe perguntavam o segredo da sua felicidade. Ela apenas sorria e respondia:
- O segredo da minha felicidade é o que ouvi da boa fada quando eu era menina.
Quando estava velhinha, todos os vizinhos se reuniram à sua volta, com medo de que o maravilhoso segredo morresse com ela.
Conte, por favor, o que a boa fada lhe disse.
A adorável velhinha simplesmente sorriu e respondeu:
- “Ela me disse que todo mundo, por mais seguro que pareça, quer seja velho ou novo, rico ou pobre, precisa de mim”.

Todos nós precisamos uns dos outros!
É engano alguém achar-se auto-suficiente, capaz de resolver todos os problemas, sem precisar de outra pessoa. Ou buscar a autopromoção e o exibicionismo.
Nascemos numa família, que já é um conjunto de pessoas, onde a ajuda mútua é necessária e onde cada membro tem a sua participação.
Quando queremos atuar na comunidade para realizar alguma atividade, precisamos nos integrar a algum grupo já existente, ou formar outro, convidando as pessoas com objetivos semelhantes.
É essa percepção de que podemos ser úteis a alguém que nos faz mais realizados e felizes. E isso não acontece como mágica, mas com esforço.
Estamos vivendo a Semana da Jornada Mundial da Juventude, com a visita do Papa Francisco ao nosso país. É o momento em que os jovens católicos de todo o mundo se reúnem para celebrar a Eucaristia e a Palavra.
Os jovens juntos se sentem mais fortes e também mais unidos na sua fé. E mais dispostos a atuar como cristãos no seu próprio meio. Eles precisam de esperança e da alegria. Precisam se deixar surpreender pelo amor de Deus.
Em todas as situações da vida, na família, no trabalho, no ambiente social, vivendo as mais diversas atividades, alguém pode precisar de nós e também podemos precisar do apoio de outra pessoa.
Quando um grupo consegue realizar suas propostas, cada membro sente a alegria de ter contribuído, de ter partilhado suas experiências. Isso exige que o orgulho fique de lado e a humildade prevaleça.

Essa vivência harmoniosa com as outras pessoas nos aproxima de Deus, o Pai que nos ama e nos ilumina.







Como se prevenir de acidentes domésticos


Os números mostram: mais de 50% dos casos atendidos nos prontos-socorros são originados por acidentes domésticos. No entanto, a maioria deles poderia ser evitada com hábitos simples, preventivos e que dão certo!
Há vários tipos de acidentes domésticos: desde o principal e mais grave deles as queimaduras ,  mas também intoxicação por produtos químicos (mais comuns em crianças e animais de estimação), quedas, cortes, fraturas e choques elétricos. 
Queimaduras são o tipo de acidente doméstico que mais leva crianças ao hospital e às longas internações (por vezes, mais de um ano) em centros de tratamento especializados em queimados.
São vários os agentes guardados dentro de casa que podem causar queimaduras.
álcool é o pior deles. São mais comuns do que se pensa os churrascos “acidentados”. Para prevenir isso, ao acender uma churrasqueira ou colocar mais carvão e mais álcool, nunca despejar o líquido direto da garrafa. Preferir os acendedores que geralmente acompanham os pacotes de carvão. O álcool gel é igualmente perigoso e requer cuidado no manuseio. O ideal é fazer canudos com jornal ou pão, embebê-los em álcool gel, cercá-los de mais carvão e somente depois desse “vulcãozinho” armado atear fogo. Crianças brincando próximas às churrasqueiras também é situação de grande risco para a ocorrência de acidentes.
O vazamento de gás também é perigoso: verificar se há algum com um fósforo aceso. A maneira ideal é usar esponja com espuma em torno do registro. Se houver produção de bolhas, providenciar a troca do botijão de gás e, se possível, deixar o bojão com defeito fora de casa até ser retirado. A troca de mangueira e registro não deve passar de cinco anos.
Fios de aparelhos elétricos ligados: crianças pequenas são curiosas e adoram levar coisas à boca e morder ou mastigar. Além do choque, pode ocorrer a queimadura de lábios e mãos, umedecidos pela saliva. Queimaduras labiais por eletrocussão custam ano de tratamento e prejudicam funções importantes como a fala, a mastigação e a respiração.
Entretanto, não só o fogão produz perigo, a mesa também: uma toalha de borda comprida, com prato de sopa sobre a mesa, é fórmula certa para acidentes com crianças. Outra causa de acidentes são cabos de panela: eles devem estar sempre virados para dentro do fogão. A quentura do leite ou a temperatura da água do banho das crianças, principalmente os bebês, deve ser bem controlada: o número de vítimas de queimaduras por ingestão de leite fervido ou imersão (banho) em água fervente é maior do que se pensa.
Atenção especial deve ser dada a pessoas com epilepsia e doenças que causam crises de ausência: pessoas nessas condições jamais devem ser deixadas sozinhas para cozinhar.
Em uma próxima oportunidade, outros tipos de acidentes domésticos serão enfocados.






ASP SHOW DE PRÊMIOS


QUANDO ESCREVER É PRAZER, OFÍCIO E ARTE


“A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil e o escrever  dá-lhe precisão.” Francis Bacon – filósofo inglês.
“Devemos escrever para nós mesmos, é assim que podemos chegar aos outros.” Eugène Ionesco – escritor teatral francês.



Eugène Ionesco
Infelizmente, os dias e os ofícios andam desvalorizados... Dizem por aí que atualmente há dia para tudo – e há mesmo! Os calendários de datas comemorativas servem bem ao comércio de produtos e serviços. Assim que é, nas sociedades capitalistas. Mas como não convém se deixar levar por excessos, há dias que merecem nota, comemoração.
Clarice Lispector
 Um deles é o Dia do Escritor – em 25 de julho. Escritores são idealistas que se superam, ao ponto de conseguirem transformar a realidade todos os dias, através das letras – que se unem em palavras, que se combinam em prol de frases, que culminam em textos. Prosas ou versos. Descritivos, narrativos, reais ou fictícios – variados e saborosos são os frutos dos escritores.
Francis Bacon
Na escola, desde os primeiros anos, os professores reforçam a importância da leitura, sem a qual não se aprimora a escrita. Como disse o filósofo Francis Bacon, leitura, conversação e escrita são complementares. São ações independentes e combiná-las é uma escolha. Escolha rara.
Clarice Lispector disse: “Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar, de um modo ou de outro...” Concordo com o desabrochar e por isso discordo sobre não alterar nada, porque todo desabrochar altera. Mas Clarice não estava errada – porque escrever é, na maior parte do tempo, um ato solitário, essencial, visceral. Mesmo quando compartilhado, é pouco valorizado, se compararmos com outras artes. Portanto, ela pensava que era melhor não se iludir, não criar expectativas.
Gabriel Perissé
Gabriel Perissé, escritor e palestrante brasileiro, tem um texto brilhante sobre a arte de escrever. Para resumi-lo em uma só frase, escolho esta: “Escrever é deixar no papel a impressão digital do ser que somos.” É exatamente isto!
Quem escreve por amor à arte, escreve por ofício – vocábulo que tem significado relacionado a destino, incumbência, obrigação natural... O prazer é consequência.
Vinícius Antunes
O final do poema Ideias, do escritor e educador Vinícius Antunes, complementa: “Há um eu a escrever poemas/ que não sou eu a escrever poemas,/ É uma ideia minha, de algum lugar no futuro.”
Que sempre existam escritores, leitores, editoras e livrarias – quadrângulo perfeito, 360 graus de infinitas possibilidades!










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Francisco, o Papa do povo



A presença do Papa Francisco no Rio de Janeiro, em sua primeira viagem internacional como Sumo Pontífice, para a Jornada Mundial da Juventude, comprova seu carisma e popularidade. E também sua abertura e, principalmente, sua humanidade. Todos querem vê-lo, estar perto dele, tocá-lo. É o papa do povo, o pontífice da esperança, que pede licença para bater no portal do coração de cada jovem e dizer que não traz ouro, nem prata, mas Jesus Cristo. Mostra-se Francisco um Papa efetivo seguidor de Jesus Cristo humano, afetuoso e libertador. Francisco quer uma Igreja missionária, que vá ao encontro de todos, que anuncie o Evangelho a todos. É com este clima festivo e de celebração da vida, que o Papa Francisco destaca o protagonismo da juventude, para o futuro de uma sociedade melhor, mais justa e solidária, como propõe a doutrina social cristã. É o papa da alegria, do diálogo, da escuta. E que também se move entre as multidões, que quer estar no meio do povo, sentir o cheiro das ovelhas, como pastor cheio de afeto e de cuidados.


         O Papa Francisco deve reforçar o tom da missionariedade, do Documento de Aparecida, do qual ele mesmo foi o redator. Nesse sentido, vem se percebendo por suas atitudes o apreço do Papa por uma Igreja mais circular, mais das bases, do que hierárquica. Por isso quebra protocolos, abre mão da pompa do papado, e age como um igual, ele mesmo levando sua mala de viagem, como fez quando entrou no avião, em Roma, em sua vinda ao Brasil. Ele próprio também pagou a conta do hotel onde ficou hospedado durante o conclave de março de 2013. A sua gentileza é tanta que, por certo, ele já esqueceu a grosseria com a qual foi tratado pelas autoridades brasileiras: teve que esperar no avião que o trouxe de Roma, dando voltas na cidade de Valença, no estado do Rio, até que o avião da “presidenta” Dilma chegasse para recebê-lo, pois saiu atrasada de Brasília; chegando da longa viagem que fez de Roma até o Rio, depois de aguentar o tranco de um desfile de carro no trânsito até o Palácio Guanabara, o pontífice de 76 anos, ainda teve que ouvir um discurso eleitoral de quase meia hora da “presidenta” Dilma, de autoelogio ao seu governo, quando ele, com clareza e concisão falou apenas 15 minutos; o atropelo das figuras carimbadas do governo, sem qualquer consideração, para serem fotografadas ao seu lado, já prevendo dividendos eleitorais. Mas o papa é gentil; é da sua índole. Ele, por certo, já esqueceu essas grosserias, para dizer o mínimo. Com essa informalidade, o Papa espera tornar a Igreja mais simples, mais próxima, mais acolhedora.


         A Jornada Mundial da Juventude é um momento privilegiado da Igreja para oferecer ao jovem a sua mensagem e reforçar seus princípios e valores, dando um sentido de vida àqueles que a Igreja espera fazer mover por uma sociedade melhor, pautada no Evangelho. A coincidência do primeiro Papa latino-americano e jesuíta presidir a Jornada Mundial da Juventude, no Brasil, este país continental, é certamente significativa. Dessa visita papal surgirá, acredito, uma Igreja renovada capaz de dar aos jovens a luz de que precisam para nortearem suas vidas para a solidariedade, o bem comum e o amor a Deus e aos irmãos, para que tenham vida em abundância. Por isso, Francisco, o Papa do POVO, que honra e enaltece o nome que adotou para o seu pontificado, o do “poverello” de Assis, é bem vindo em nosso meio e, daqui, desejo-lhe, reverente, sucesso em sua missão. “In cuore”.










sexta-feira, 19 de julho de 2013

Nasce uma líder

      
“A fraqueza, o medo e o desespero morreram; a força, o poder e a coragem nasceram. Aprendi a compaixão com Maomé, o profeta da misericórdia, e com Jesus Cristo e o Sr. Buda. Este é o legado da mudança que herdei de Martin Luther King e Nelson Mandela. Esta é a filosofia da não-violência que aprendi com Gandhi e Madre Teresa. E este é o perdão que aprendi com meu pai e minha mãe.”




No dia de seu aniversário de 16 anos, este foi o poderoso discurso feito pela  paquistanesa Malala Yousafzai na semana passada, na sede das Nações Unidas (ONU), na sua primeira aparição pública desde que foi atingida na cabeça por tiros disparados por um extremista talibã, em outubro de 2012, quando ela ia para a escola em um ônibus, perto de sua casa no Vale do Swat, Paquistão. (Malala recebeu tratamento médico na Grã-Bretanha, onde mora atualmente, mas o ataque atraiu as atenções para a campanha dela em favor de mais oportunidades de estudo para as mulheres.)

Na cerimônia, num gesto simbólico, Malala vestia um véu rosa e um xale que pertenceram à líder paquistanesa assassinada Benazir Bhutto.

O depoimento da adolescente terminou de maneira forte e definitiva:
"Os terroristas pensaram que a bala iria me silenciar, mas fracassaram. Eles pensaram que mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na minha vida. Os extremistas tinham e têm medo de livros e canetas, do poder da educação. O poder da educação os silenciou. Eles têm medo das mulheres. Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossa arma mais poderosa. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. Educação é a única solução. Educação em primeiro lugar"finalizou.

Malala foi longamente aplaudida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por outras autoridades e pelas centenas de pessoas presentes, que cantaram “Parabéns a Você” em homenagem a ela.

É emocionante sermos contemporâneos deste novo tempo, em que testemunhamos o nascimento de uma líder humanista e pacifista: em abril passado, a revista Time apontou-a como uma das pessoas mais influentes de 2013, e ela é considerada uma forte candidata ao prêmio Nobel da Paz.


Longa vida e muita força a essa incrível e corajosa Malala!

O eterno repeteco


“Nada mais difícil de manejar, mais perigoso de conduzir ou de mais incerto sucesso do que liderar a introdução de uma nova ordem de coisas, pois o inovador tem contra si todos que se beneficiavam das antigas condições, e apoio apenas tíbio dos que se beneficiarão da nova ordem.” (Nicolau Maquiavel, 1469 – 1527)
O filósofo, político e escritor Maquiavel acreditava que, em política, só se deve ter em mente os fins a atingir, sem se deixar dominar por preconceitos de ordem moral.

O trecho acima, extraído do discurso dele, dá a nítida impressão de que o amoralismo político de manejar ideias e conceitos, pelo medo de perder o poder conquistado, pelos interesses dos que se beneficiam particularmente com tal situação não mudou, através dos séculos, nas diferentes sociedades políticas, nem mesmo nas atuais democracias.
As pessoas do povo só se apercebem disso depois de serem trapaceadas e ludibriadas pela maioria dos políticos de nosso tempo, agrupados em legiões e avessos à introdução de qualquer mudança ou inovação no status quo das vantagens a qualquer custo para os companheiros e apaniguados.
As pessoas do povo se iludem com as máscaras enganadoras e os gestos ensaiados deles.
Elas depositam nas mãos deles as esperanças e o desejo de verem respeitada a sua cidadania. E se desiludem, irremediavelmente, vez após outra.
Depois de serem guindados ao poder, os políticos retornam às suas verdadeiras condições de componentes de “castas” isoladas, dissimuladas, contrárias a quaisquer novas ordens, não valendo nem mesmo as da antiga ética e da velha moral que pregavam, quando não tinham ainda alcançado o pódio.
E o povo, que pensava ter aderido a líderes inovadores, dignos, incorruptíveis e probos, cai no abismo da insatisfação com a classe política dirigente da vez.
Na realidade o que o povo fez, nas últimas eleições, foi contribuir para fortalecer uma falange de pretensiosos medíocres, arrogantes, incultos, vorazes, insensíveis e ambiciosos.
Texto
Tom Santos
Nada mudou muito, desde a Idade Média e Maquiavel.

Infelizmente!

O SOM DE MÃOS BATENDO PALMAS!



Este é um caso comovente a respeito de Jimmy Durante um dos grandes artistas de teatro de variedades de algumas gerações atrás. Pediram-lhe que fizesse parte de um show para veteranos da Segunda Guerra Mundial. Ele disse que estava com a agenda muito ocupada e que poderia ceder apenas alguns minutos, mas que, se não se importassem ele faria um monólogo curto e partiria imediatamente para seu próximo compromisso. É claro que o diretor do espetáculo concordou alegremente.
Mas quando Jimmy subiu ao palco algo interessante aconteceu. Ele acabou o pequeno monólogo e ficou. Os aplausos ficaram cada vez mais entusiasmados e ele continuou ali, quinze, vinte, até trinta minutos. Finalmente, fez sua última reverência e saiu do palco. Nos bastidores alguém o deteve e disse:
- Achei que o senhor tinha que partir depois de alguns minutos. O que aconteceu?
Jimmy respondeu:
- Eu realmente tinha que ir, mas posso lhe mostrar o motivo pelo qual fiquei. Você mesmo pode ver se olhar para a primeira fila.
Na primeira fila estavam dois homens, cada um dos quais havia perdido um braço na guerra. Um perdera o braço direito e o outro, o esquerdo. Juntos, eram capazes de aplaudir e era exatamente isso o que estavam fazendo, bem alto e alegremente.

Cada um de nós não é sozinho!
Só ‘somos’ realmente quando nos esforçamos para estar juntos com as pessoas com quem convivemos.
Em tudo na vida, nas menores atividades, precisamos uns dos outros. Essa busca da união, do ‘estar com o outro’, é que nos traz alegria, força e coragem para tomar as decisões, para refletir sobre as várias possibilidades que se apresentam.
Na nossa vida pessoal, familiar e comunitária precisamos nos dispor a fazer o que está ao nosso alcance, o que a nossa sensibilidade consegue absorver das situações e circunstâncias.
As dificuldades sempre aparecem, em tamanhos e intensidades diferentes, mas podem ser vencidas com ética, com esforço pessoal, com colaboração social.
É a nossa sensibilidade diante dos problemas que nos permite ser flexíveis, estar dispostos a compreender, a perdoar e estabelecer a harmonia.
Podemos medir o tamanho da união, do entendimento, da compreensão, do perdão e da paz?
Podemos medir o que está motivando o povo para se unir nas ruas e clamar por melhor qualidade de vida?
Será que os nossos governantes em todas as esferas e responsabilidades dos cargos, estão conseguindo captar esse clamor a ponto de mudar, de tomar posições e ter coragem de responder com acertividade os apelos do povo?
Vivemos na agitação do mundo, na inquietude das pessoas buscando e procurando sempre algo melhor. Vivemos na democracia, plena de direitos e deveres, e que constantemente provoca esta discrepância entre o que precisamos como direito e o que temos a fazer como dever.
Nesse dia a dia, pedimos a inspiração de Deus. Queremos o melhor, queremos o respeito mútuo e a solidariedade. Queremos nos unir para aplaudir com som de palmas, o dever cumprido e o direito garantido.