“Houve
encontro na floresta”. Um pássaro, um peixe, um coelho e um pato estavam presentes.
Depois de contarem as novidades, falarem sobre como andam as coisas, começaram a
conversar sobre suas habilidades e o modo como cada um lida com as adversidades
da vida. Como é previsível, cada um queria mostrar que era melhor e mais astuto
que o outro.
O
pássaro foi o primeiro:
Quando
um caçador se aproxima de mim, eu saio voando como um foguete muito veloz e
potente. Rapidinho sumo da vista dele.
O
peixe comentou em seguida:
Toda
vez que vejo um pescador se aproximando, eu começo a nadar com destreza e velocidade.
Em segundos já estou num lugar seguro.
O
coelho, por sua vez, disse:
Com
minha astúcia, assim que um caçador se aproxima, começo a correr. Corro como
uma bala e vou para longe dele.
O
pato, com ar de superioridade por achar que seus companheiros eram limitados,
foi para o meio da roda e começou a dizer:
Eu
sou privilegiado. Se um caçador me perseguir, eu não terei o menor problema em
despistá-lo. Eu posso voar como um pássaro, posso nadar sobre as águas, e sei
correr muito velozmente. Posso escolher qualquer saída, pois sou muito
habilidoso em todos os aspectos.
A
discussão continuava quando um barulho despertou a curiosidade de todos.
Olharam para o lado e viram um caçador surgir em meio às árvores. Imediatamente
o pássaro voou, o peixe nadou para o fundo do rio e o coelho saiu em disparada para
longe. “O pato, com tantas habilidades, não decidiu a tempo e foi apanhado”.
A
vida nos ensina que declarar-se o melhor não serve para nada se na hora do
aperto não se sabe como agir. Sempre que tomamos uma postura arrogante, de auto
suficiência, temos como resultados, mais prejuízos que benefícios.
O
reconhecimento dos dons uns dos outros é o melhor impulso para se criar um
clima de harmonia e crescimento.
Todos
nós temos habilidades, talentos e capacidades para vivenciar e executar várias
atividades. Somos pessoas que se complementam. Pessoas que participam na
criação de um todo mais perfeito, mais produtivo, mais criativo, mais
realizador.
Mas...
Para isso é preciso a humildade para perceber que o ‘melhor’ do outro,
enriquece o nosso ‘melhor’. Pedir ajuda, aprimorar-se, aprender sempre mais,
encarar as mudanças, e, permitir-se transformar...
Faz
bem pensar nas próprias habilidades que poderiam ser mais desenvolvidas. E Deus
nosso Pai nos ilumina nessa reflexão!
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