sexta-feira, 13 de março de 2015

É tudo culpa do FHC: uma comédia de erros ...Continuação da página 1



A comédia dos erros é uma das primeiras peças de Shakespeare, estreada provavelmente em 1594, na Inglaterra.
Por aqui, em 2015, parece que, por fim, a comédia de erros e desacertos governamentais veio à tona. Nesse mar de lama em que se transformou a política nacional, “as vítimas do abuso começam, aparentemente, a entender que o seu protetor é o seu algoz. Como sempre no Brasil, tudo muito lento, meio letárgico e confuso, com as habituais cascas de banana ideológicas largadas no caminho pelo opressor — "a culpa é de FHC", "querem a intervenção militar", "é a burguesia contra o Bolsa Família" etc. Como escreveu Fernando Gabeira, o velho truque de jogar areia nos olhos da plateia — única instituição que dá 100% certo no Brasil há 12 anos. O problema é que, mesmo com areia nos olhos, está dando para ver que o petrolão ajudou a financiar a reeleição de Dilma. E agora? Agora é hora de mostrar que o rei está nu. Sem medo do "exército" de aluguel do MST que Lula convocou — nas palavras dele para defender o PT nas ruas — e que farão o diabo para defender o que é nosso (deles)”, como ressaltou Guilherme Fiuza na revista ÉPOCA (08/03/2015).
Talvez por causa de todas as críticas e gozações virulentas surgidas depois dessa  “bestice”, a presidente achou um outro culpado pela situação, como consta no editorial do Estadão (10/03, A3): “A questão central é a seguinte: estamos na segunda etapa do combate à mais grave crise internacional desde a grande depressão de 1929." Foi com essa estarrecedora desculpa que Dilma Roussef jogou no lixo todos os indicadores econômicos e se eximiu de qualquer responsabilidade pela grave crise nacional que o Brasil enfrenta depois de quatro anos de seu desgoverno. A grande responsável pelo desastre é a presidente da República, como ficou claro em seu patético discurso do Dia das Mulheres. Atrás da sua soberba assoma a absoluta incapacidade de admitir os próprios erros, uma característica marcante de Lula e do PT que ela se encarregou de levar a extremos e que a torna uma governante medíocre.”
Seria cômico, se não fosse tão trágico...















Edição n.º 978 - página 04



Nenhum comentário:

Postar um comentário