quinta-feira, 30 de abril de 2015

Abujamra, a Deus dado




Nunca mais provocações? Nunca mais ele, Abu pai? Muito triste...” (Fabiula Nascimento, atriz, no Twitter)



Antonio Abujamra sempre se identificou com a própria história da TV brasileira.
Ele nunca evitou os tabus e vulnerabilidades sociais. Pelo contrário, abriu espaço a pautas polêmicas em seu programa “Provocações”, na TV Cultura.
Entrevistador, odiava dar entrevistas, mas ele provocou seus entrevistados, instigou-os e confrontou-os com seu humor inteligente, devastador, irreverente, demolidor.
Formado em Filosofia, muito culto, atuou como diretor e ator em teatro, cinema e televisão, da qual criticava a superficialidade.



Como ator, dois de seus personagens mais famosas foram o vilão “Ravengar” (1), na novela "Que rei sou eu?" (1989) e, dez anos depois (1999), “Coutinho Abreu” (2), na novela “Terra nostra”, ambas da TV Globo.


No último dia 28 Antonio Abujamra foi “dado a Deus” (para usar a expressão da “Mulher” que cuidou do corpo morto de “Diadorim”, no Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa).
Nunca mais seu sorriso, nem sua irreverência cáustica, nem suas provocações.

Ficamos todos um pouco mais tristes!













Edição n.º 985 - página 01 




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