quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Antes da Proclamação da República



A abertura da estrada de ferro Santos-Jundiaí há 146 anos, em 1867,  beneficiou muito os paulistas.
Até aquela época, os tropeiros transportavam, em lombo de animais, a produção das fazendas de café dos fazendeiros da região “dos valinhos”.
Com a chegada dos trilhos, eles seriam prejudicados e afastados do mercado, já que o trem faria o transporte das mercadorias até o porto de Santos.
Então, por um bom preço, os fazendeiros venderam suas mulas para o governo imperial, que necessitava delas para o transporte de provisões e armas para os soldados que lutavam em Mato Grosso, na Guerra do Paraguai.
Pelo mesmo motivo, a produção de mantimentos das fazendas também foi vendida por preços bem mais altos do que o normal.
Assim, devido à chegada da ferrovia até Jundiaí (e, em parte, devido à Guerra do Paraguai), muitos tropeiros remediados e pequenos fazendeiros desta região “dos valinhos” se tornaram  grandes cafeicultores, pessoas ricas que começaram a aplicar seu dinheiro em outros negócios.

Ao tempo do final do Império, jornais, revistas, pasquins e “imprensa séria” tinham muita importância, porque a sociedade queria se expressar, e o governo (Segundo Império) estava absolutamente inexpressivo e inerte. Havia muitos jornais, que eram identificados a seus donos ou diretores, homens públicos e partidos políticos.
O escritor José de Alencar, o imperador D. Pedro II, o abolicionista José do Patrocínio, o dramaturgo Artur de Azevedo e mais todo mundo escrevia nesses jornais, quer fosse da situação ou da oposição, quer fosse político liberal ou conservador, monarquista ou republicano!
Ao final do Império, os oficiais, contrariados e insatisfeitos, também discutiam questões militares na imprensa, embora, por decreto imperial, fossem proibidas de fazê-lo!
O descontentamento dos militares contra o governo imperial era tão grande que, em 15 de novembro de 1889, a monarquia caiu devido a um plano preparado na casa do Marechal Deodoro da Fonseca. Tomaram parte nesse plano Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa e Benjamim Constant, entre outros.
A República foi proclamada sem lutas ou derramamento de sangue e, como chefe do governo provisório, Deodoro da Fonseca tomou algumas atitudes interessantes: decretou a separação entre Igreja e Estado, instituiu o casamento civil e convocou o 1º Congresso Constituinte! Mas ele foi eleito primeiro presidente da República apenas em 24 de fevereiro de 1891.

Manuel Deodoro da Fonseca nasceu em Alagoas em 1827, e morreu no Rio de Janeiro em 1892, com 65 anos de idade.

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