sábado, 1 de abril de 2017

Efeitos do álcool a curto e longo prazo Continuação edição 1002


Tontura, dor de cabeça, sensação de boca seca, desânimo, sentidos no dia seguinte são sintomas da famosa “ressaca”: uma reação do seu corpo a essa ingestão demasiada. 40 miligramas de etanol por 100 mililitros são suficientes para gerar o quadro de euforia, causando esse desconforto no dia posterior.
O coma alcoólico seria um próximo passo, necessitando de internação e aplicações de glicose, lavagens estomacais e outros tratamentos, de acordo com a intoxicação. 300 mg de etanol por 100 mL de sangue, aproximadamente, levam o indivíduo a esse quadro. Uma intoxicação mais severa (aproximadamente 500 mg por 100 mL), pode causar a morte por overdose.
O uso excessivo e prolongado do álcool pode irritar a mucosa estomacal, causando a gastrite. Essa confere muito desconforto ao portador, uma vez que causa ardência, queimação, dores de cabeça, etc. Outras consequências, e ainda mais graves, são: o aumento da pressão arterial, problemas no coração e pâncreas, hepatite e cirrose. Distúrbios do sistema nervoso, como desatenção e tremedeira, também podem fazer parte do quadro.
O fígado é um dos principais órgãos afetados, uma vez que é ele quem armazena o glicogênio – a nossa reserva de glicose, que oferece energia aos animais, inclusive o humano – e o libera aos poucos para a corrente sanguínea.
Quando o indivíduo está sem se alimentar por um tempo razoável, suas reservas se esgotam, fazendo com que este órgão sintetize a glicose a partir das nossas proteínas musculares. Essa síntese é dificultada na presença do álcool, visto que o etanol bloqueia essa ação. Assim sendo, é compreensível o porquê das pessoas que estão bebendo em jejum se afetam mais rapidamente e o porquê do álcool em excesso, ao longo do tempo, pode causar a cirrose hepática.





Em casos mais graves, a falta do álcool pode também envolver alucinações, confusão, convulsões, febre e agitação. Estes sintomas podem ser perigosos, por isso é extremamente necessário que se procure ajuda.
O consumo de álcool em longo prazo pode causar sérias complicações de saúde, afetando praticamente todos os órgãos do corpo, incluindo o cérebro.
Problemas com a bebida podem prejudicar a estabilidade emocional, financeira, profissional e a capacidade de construir e manter relacionamentos duradouros. O alcoolismo pode também ter impacto sobre a família, amigos e ambiente profissional.
Ainda podem-se destacar outros sintomas da dependência do álcool:
Perder o controle sobre o consumo – Beber mais do que gostaria e por mais tempo que pretendia;
Esforço malsucedido de parar de beber – Há um desejo persistente de reduzir ou interromper o uso do álcool, mas os esforços são em vão;
Desistência de atividades de lazer e entretenimento por causa do álcool – Redução do tempo em atividades que costumavam ser importantes, como  sair com a família e amigos ou praticar esporte, para que haja mais tempo ao consumo de bebidas alcoólicas;
Foco no álcool – Boa parte do tempo gasto bebendo, pensando na próxima bebida, ou se recuperando de ressacas. Há pouco ou nenhum interesse em atividades sociais que não incluem bebidas alcoólicas.
Continua a beber mesmo ciente que causa problemas – Consumo contínuo do álcool mesmo ao reconhecer que prejudica o casamento.
Muitas vezes membros da família e amigos mais próximos sentem-se obrigados a acobertar a pessoa com problemas com a bebida. Assim, assumem a limpeza do ambiente, mentem para o dependente de álcool, trabalham mais para suprir as despesas. Fingem que nada está errado e isso pode causar problemas ainda maiores. O problema com o alcoolismo causa uma enorme pressão sobre as pessoas mais próximas do indivíduo.
A negação é um dos maiores obstáculos para a obtenção de ajuda contra o alcoolismo. O desejo de beber é tão forte que a mente encontra muitas maneiras de racionalizar o consumo, mesmo quando as consequências são óbvias. A negação pode agravar ainda mais os problemas relacionados com o álcool, trabalho, finanças e relacionamentos.






























Edição n.º 1003

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