sexta-feira, 14 de abril de 2017

SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA





Na adolescência, começamos a nos sentir e a nos perceber no mundo de maneira diferente da que ocorria enquanto éramos crianças. Neste período da vida, as regras impostas pelos adultos são questionadas e contestadas, a família começa a se preocupar, pois por um lado há uma necessidade de independência e por outro uma ideia de que o adolescente não tem capacidade de se proteger dos riscos que o mundo oferece. Surgem neste momento intensos conflitos entre famílias, filhos e filhas, em que, de um lado se enxerga uma necessidade de proteção e de outro uma capacidade em lidar com a própria vida e poder decidir o que fazer com ela.
Junto a esse conflito em relação a independência, surgem a necessidade de se aproximar daqueles que tem a mesma idade e também os interesses afetivos e sexuais, o que não acontecia na infância.
Quanta novidade, não é mesmo?
Diante deste cenário, famílias e educadores podem se perguntar: Por quem então eles irão se interessar?
Possivelmente, esta é uma pergunta que eles também se farão, afinal é nesta fase da vida que a orientação sexual começa a ser expressa. Orientação sexual é para onde nós orientamos o nosso desejo, com quem queremos estar e nos relacionar afetiva e sexualmente, se com homens, com mulheres ou com ambos. De maneira geral, a orientação sexual é dividida em três categorias, os heterossexuais (que se atraem por pessoas do gênero oposto), os homossexuais (que se atraem por pessoas do mesmo gênero) e os bissexuais (que se atraem por pessoas de ambos os gêneros).
Em relação a orientação sexual, o mais importante não é exigir que o adolescente se enquadre em determinado padrão ou que ele se “decida” logo, é importante que ele próprio tenha liberdade para exercer sua sexualidade da forma como deseja, desde que essa seja realizada de maneira saudável e protetiva, ou seja, sempre com o uso de preservativos.
A orientação sexual é uma área da vida que diz respeito somente ao indivíduo. Adolescentes homossexuais sofrem de maneira significativa quando se veem fora do padrão dito “normal”, esse sofrimento interno, de não se enxergar dentro da norma aumenta cada vez mais quando ocorre a rejeição social, ou seja, pela escola e pela família, afinal são nesses dois grupos que o adolescente precisa encontrar o acolhimento e apoio necessários para lidar com seus conflitos e com sua orientação sexual.


Como dito anteriormente, a orientação sexual vai se estabelecendo na medida em que o adolescente vai se conhecendo e se descobrindo, quando têm o apoio da família e da escola, eles passaram por essa fase, que poderia ser bastante conturbada, de maneira muito mais tranquila. Deste modo, o adolescente terá maiores chances de exercer sua vida sexual com maior satisfação e qualidade, além do que, quando há uma satisfação na vida afetiva e sexual, outras áreas da vida também ficam mais satisfatórias.
O adolescente pode e deve aprender com suas próprias experiências, e a partir delas ir escolhendo o que lhe faz mais sentido. Quanto as famílias e aos educadores, cabem orientar e deixar o caminho aberto para o diálogo e para as dúvidas que forem surgindo, e caso seja necessário os familiares e o próprio adolescente, podem procurar ajuda profissional, para que todos possam passar por esta fase de maneira mais tranquila e harmoniosa.  







































Edição n.º 1005

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