sexta-feira, 21 de abril de 2017

José Mayer e o assédio sexual




O artigo de hoje tem por objetivo propósitos pedagógicos para que homens e mulheres se tratem com galhardia e respeito mútuo evitando o conceito de uso do outro, sobretudo em matéria sexual.
Grande repercussão teve a corajosa denúncia de assédio sexual da figurinista Susllen Tonani pelo ator e galã global José Mayer. Várias atrizes e também atores se solidarizaram com a figurinista, que relatou o caso num blog da Folha de São Paulo.

A TV Globo reconheceu a gravidade da situação e suspendeu as atividades do ator, na emissora, por tempo indeterminado.
Não somente atrizes e atores, mas também funcionários da TV Globo se manifestaram em favor da jovem de 28 anos, usando camisetas com os dizeres “mexeu com uma, mexeu com todas”, seguidos da hashtag #chega de assédio.



Em nota, a  TV Globo afirmou que a emissora repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito. E que zela para que as relações entre funcionários e colaboradores se dêem em um ambiente de harmonia de acordo com o Código de Ética e Conduta do Grupo Globo.
O ator José Mayer divulgou uma carta aberta, assumindo o erro e pedindo desculpas a todos, dizendo que errou e que “é fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são”, afirmando ainda que aprendeu nos últimos dias, com o episódio, o que levou sessenta anos sem aprender. E concluiu, dizendo: “O mundo mudou. E isso é bom. Eu preciso e quero mudar junto com ele.”
O caso suscitou um debate importante, reforçando o sentimento geral de que é preciso haver respeito entre homens e mulheres, para evitar atitudes “invasivas e abusivas”, como as de José Mayer.  A começar de casa, e depois nos demais ambientes sociais, e principalmente no trabalho, é preciso haver respeito e profissionalismo, como destacou a TV Globo em sua nota. E essa ética deve prevalecer em todos os ambientes de trabalho, na escola, nas empresas, nas repartições públicas, etc.
Mayer ressaltou ser fruto de uma geração que aprendeu erradamente “que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas”, reconhecendo que não podem.



A figurinista não só ficou constrangida com o assédio sexual, como ofendida com a reação do ator, por ela não ter consentido em suas intenções. Por isso, afastando a vergonha e o medo, típicos sentimentos de crimes dessa natureza, denunciou o fato ao RH da TV Globo, obtendo grande apoio de muitos, que se solidarizaram com ela, e se mobilizaram pela bem sucedida campanha “chega de assédio”.
Mayer disse que aprendeu com o triste episódio, e que “a dolorosa mudança” faz dele um homem “muito melhor”. O seu gesto de pedir desculpas e assumir publicamente seu erro, certamente foi muito positivo, especialmente se surtir o efeito de não mais agir dessa maneira, com ninguém, confirmando assim seu propósito de mudança.
Quero crer que a repercussão do caso possa promover uma mudança de atitudes por parte de muitos outros, para que possamos alcançar a cultura da paz e da vida, que permita o bom convívio de todos, com mútuo respeito.






















Edição n.º 1006

Página 08

Nenhum comentário:

Postar um comentário