sexta-feira, 7 de abril de 2017

Janelas para a VIDA.


“Olho, sou visto, logo existo” D.Winnicott






Carecemos do olhar do outro desde os primeiros dias de vida. Tudo começa com o olhar materno pelo qual nos enxergamos e aprendemos a enxergar o mundo pela primeira vez.
EUREKA! SOU VISTO! EU EXISTO!
Levamos esta informação como um filtro em futuros relacionamentos e por onde passamos. Assimilamos o conceito sobre nós mesmos de forma repetitiva, sem parar, sem pensar se são outros olhares que se encaixam neste filtro.
 E então, um dia, começamos a questionar, ou duvidar:
 Quem sou eu? Quem pensa assim? Eu penso diferente. Quero fazer diferente.
 Instala-se o grande conflito entre eu comigo mesmo. Hora de crescer, ou não.
Sair desta zona de conforto é trabalhoso, mas de vital importância para o amadurecimento enquanto sujeito, afinal somos “um estranho impar” como pontuou Drummond em seu poema Igual-Desigual.
Muitos colocam as lentes da primeira janela e decidem prosseguir assim, por toda a vida. Desligam qualquer possibilidade de diálogo interno, acreditam que é “sofrência” á toa.
Outros decidem ir à luta e se permitem encontrar suas próprias respostas. Seu estilo próprio.
Alguns não conseguem decidir entre ir ou ficar e a angústia cresce, porque decidir é o que importa.
O restante é prosseguir.
O processo terapêutico contribue para nascer o sujeito, com seu estilo próprio e construtor de sua tão pessoal janela para a vida. Coopera para minimizar a ansiedade e angústia. Propicia a construção do caminho para o autoconhecimento, a organização interna e consequentemente para uma melhor qualidade de vida.
Aproveite este recurso.











Edição n.º 1004

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