sexta-feira, 21 de abril de 2017

Estórias que o povo conta “O acidente”




Mário estava manobrando o carro na saída do Motel Labirinto, quando bateu no veículo estacionado na garagem do apartamento ao lado. Muito honesto, e querendo pagar o conserto, já ia descer para se acertar com o proprietário, quando Marisa, a moça que estava com ele, não permitiu pois não queria se expor. Mário anotou a placa do veículo abalroado e foi embora.




No dia seguinte, ele procurou um amigo no setor de registro de veículos, para saber o nome do dono do carro que ele havia danificado. Descobriu o nome e o endereço e com estes dados, foi fácil encontrar o número do telefone do proprietário, na lista telefônica.
Para não melindrar o Sr. Jorge, Mário disse que havia batido no carro dele no estacionamento do Mercadinho Vem Que Tem, lá na Avenida Dom Nery, mas como estava com muita pressa, precisou sair correndo, mas não se omitiu: “Quero me responsabilizar pelo estrago que fiz ontem no seu carro e quero ressarci-lo do prejuízo”.

O Sr. Jorge ficou lisonjeado com a delicadeza de Mário e explicou: “Como cheguei esta manhã do Rio de Janeiro, quem ficou usando meu carro, até ontem, foi minha esposa. Ela falou mesmo que tinha encontrado o carro batido. O que ela não esperava era encontrar pessoa tão honesta como o senhor”...
Esta história, o Bispo que me contou com a seguinte advertência: Olha Tom Santos, troque os nomes verdadeiros para não causar nenhum aborrecimento!





 (publicado originalmente na edição n.º 19 de 26 de julho de 1996)





Edição n.º 1006

Página 02

Nenhum comentário:

Postar um comentário