sexta-feira, 14 de abril de 2017

Maconha





A maconha é derivada de uma planta que contém mais de 400 substâncias químicas, entre elas, alucinógenas e ansiolíticas. O tetra-hidrocarbinol (THC) é uma das substâncias mais associadas aos efeitos que a maconha produz no cérebro. Ao inalar a fumaça da maconha, o THC agirá diretamente nos pulmões que são revestidos pelos alvéolos, esses por possuírem uma superfície grande, absorvem facilmente o THC e outras substâncias. Minutos depois de inalado, o THC vai direto para a corrente sanguínea até o cérebro, aumentando assim a frequência cardíaca. Os brônquios relaxam e os vasos sanguíneos dos olhos ficam dilatados, deixando-os vermelhos.
A maconha é a principal porta de entrada para outras drogas mais poderosas e devastadoras, necessitando dessa maneira rápida intervenção profissional no intuito de combater o vício.

Efeitos em curto e longo prazo
Logo após a pessoa consumir maconha, já se notam alguns efeitos físicos, tais como: memória prejudicada, confusão temporal entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, porém, com pouco equilíbrio e força muscular, perda da coordenação, percepção distorcida, ansiedade, boca seca e dificuldade com pensamentos e soluções de problemas. As pessoas que fumam maconha estão suscetíveis aos mesmos problemas das pessoas que fumam tabaco, entre eles, asma, enfisema pulmonar, bronquite e câncer.
O usuário de maconha pode ter algumas reações  nervosas temporárias, como por exemplo, sintomas psicóticos. O uso por parte de pessoas com esquizofrenia agrava o quadro, aumentando consideravelmente o risco de desenvolver a doença em pessoas predispostas. Além da esquizofrenia, há indícios de que a maconha também pode apresentar outros sinais  de doenças mentais.
O uso da maconha antes dos 20 anos leva a alteração (possivelmente definitiva) na estrutura cerebral, pois ainda estão em uma fase de amadurecimento até a idade adulta e o consumo pode resultar em efeitos negativos no seu desenvolvimento.
O adolescente que usa  maconha pode se tornar um adulto improdutivo, já que um dos efeitos a longo prazo é a diminuição do QI, além  de possivelmente se transformar em uma pessoa  insatisfeita com a vida, com problemas de relacionamento,  doença física e mental e sem sucesso na carreira profissional.
A orientação é sempre buscar ajuda profissional para lidar com esses sintomas.

Sinais e Sintomas
É possível notar alguns sinais e sintomas de uso de maconha, como:

  • Agitação, voz alta e gargalhadas (incomuns);
  • Sonolência ou torpor;
  • Falta de concentração e coordenação;
  • Lapsos e falhas de memória;
  • Olhos avermelhados;
  • Senso distorcido de passagem do tempo;
  • Aumento do apetite, principalmente por doces;
  • Kits em caixinhas, potes ou latinhas ocultados em gavetas, armários, bolsos de jaquetas, embaixo de bancos do carro etc., contendo clipes, pacotes de papéis, seda ou guardanapos de bar, tubos de cano, colírio, fósforos, chicletes.




Orientações em três passos
Passo 1 – Na consulta será definido o diagnóstico e condutas a serem tomadas.
Passo 2 – Em análise do caso será definido se o tratamento seguirá de modo clínico ou não. Havendo a necessidade de internação, é importante que a pessoa (juntamente com sua família) conheça os procedimentos de intervenção que serão tomados, trazendo dessa maneira a responsabilidade de tomada de decisões em sua vida.
Passo 3 – Acompanhamento direto da família no desenvolvimento do tratamento.

Ressalto que a dependência química é uma doença crônica, incurável e fatal. O controle é possível por meio de tratamento que objetiva reestruturar a vida do dependente.







































Edição n.º 1005

Página 05

Nenhum comentário:

Postar um comentário