quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Copa e as vaias






Com medo de vaias e protegida pelo maior e mais forte esquema de segurança oferecido a uma autoridade no país, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ficou escondida dos torcedores (64 mil pessoas) na cerimônia oficial de abertura da Copa do Mundo de 2014, na Arena Corinthians, na última quinta-feira (12/06), em São Paulo, em que se deu o jogo Brasil e Croácia, para não ser hostilizada.
 Quando os alto-falantes do estádio anunciaram o nome do presidente da Fifa e da presidente do Brasil, cumprindo o protocolo Blatter se levanta, até mesmo a filha de Dilma se levanta, porém a presidente permanece sentada. Blatter ainda dá uma “cutucada” na presidente e, ainda assim, Dilma não se move.
 A vaia começa a comer solta e pesada. Mesmo assim, a presidente preferiu manter-se sentada, escondida do público, quem sabe escapando daquelas fotos constrangedoras. Com essa atitude, o Brasil registrou o fato de ser a única sede de Copa do Mundo em que um chefe de estado não discursou na abertura do evento. Soma-se a isso o insólito fato da presidente Dilma Rousseff não ficar em pé quando seu nome e cargo foram anunciados, ao contrário das demais autoridades presentes.
 A postura da autoritária chefe de estado brasileira dá a exata dimensão do que houve e de como se comporta a presidente quando não está na frente de militantes ou atrás do seu chefe-de-fato, numa conduta que se revela exatamente contrária àquela praticada com os áulicos que a cercam.
 Dizer que vaiar uma autoridade constituída — afinal, é da democracia —, é falta de educação, parece-me impróprio num país cujos responsáveis pela sua condução não primam em permitir seu acesso ao povo, numa estratégia que vem de há muito tempo. Lamentavelmente e para a tristeza das atuais e próximas gerações!...













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