Tempo, calor.
Vento,
suor.
Sopro de
vida,
Escoamento
do ser.
Incertezas
demais.
Certezas de
menos.
Demasiado
entendimento,
Aflitivamente
certo.
A alma está
lá,
Chorando
seco.
Grão por
grão,
Aprisionada
no espaço.
Vislumbre
de libertação,
Grão por
grão.
Aprimoramento
do espírito,
Evaporação
de alegria...
Nesse
relógio de areia,
Não há
Física ou Biologia – não há lei.
Não há divisão do ser,
Não há
reprodução possível.
Há apenas desejo
e fé.
Do
impossível acontecer.
Do sonho
ser o caminho,
Possível
para o improvável.
Nesse
relógio de areia,
A vida é
vislumbrada,
Na
transparência do vidro,
Que
aprisiona e liberta.
Sempre,
sempre, na medida do entendimento...