sexta-feira, 29 de março de 2013

LIDERANÇA EM TODOS OS NÍVEIS


“Dr. Warren Bennis, professor da Universidade de Southern Califórnia, afirma que o empregado de hoje é supergerenciado e subliderado. 'Temos um gerenciamento excessivo em nossas organizações atualmente, e pouca liderança.'
...Fui influenciado por essas ideias e decidi aprofundar-me no tema liderança, e quando pesquisava encontrei na história do grande herói hebreu, Neemias, um verdadeiro tesouro sobre o assunto...deveria ser leitura obrigatória para todos os que são ou querem ser líderes. Encontrei sete qualidades reveladas por Neemias na qualidade de líder.
1a. Sua paixão pelo projeto... 2a. Sua habilidade para motivar os outros... 3a. Sua espiritualidade... 4a. Sua firmeza e paciência ante a oposição... 5a. Seu prático e equilibrado domínio da realidade... 6a. Sua disposição para trabalhar duro e permanecer altruísta... 7a. Sua disciplina para terminar o serviço.”

(Daniel de Carvalho Luz, publicado na Revista QUALIMETRIA nº 200)
           

            Esse é um tema apaixonante!  A primeira coisa que me vinha à mente, ao ouvir falar em liderança, era o aspecto profissional. Mas hoje sei que esse é apenas um dos aspectos, porque para exercer liderança no trabalho, é preciso antes aprender a ser líder de si mesmo.
            O conceito de liderança começa a ser trabalhado em casa, na vida pessoal. Quando programo meu dia, meus afazeres, exerço liderança. E caso não a exerça, pago o preço, que com frequência é a inconclusão de tarefas que, no mínimo, causa frustração e aborrecimento. Nem vou mencionar os prejuízos morais e financeiros.
            Investir no autoconhecimento, estabelecer valores e metas, realizar com amor, equilíbrio e disciplina, são ingredientes de sucesso em qualquer empreendimento. Estudar para se capacitar, namorar para casar, ter filhos para perpetuar a espécie e poder vivenciar o amor mais sublime que pode existir, são grandes empreendimentos! Abrir uma empresa ou começar em um novo emprego, assumir um novo cargo, idem! Assim como fazer a viagem dos sonhos, investir tempo e dinheiro em si mesmo, porque sim, todos nós merecemos!
            Pode variar o nível, até a vontade, mas todos nós exercemos liderança. É preciso saber como, quando e onde, só dependendo de onde se quer chegar. Por isso tudo e pela possibilidade de ser agente de mudança e transformação, mesmo que no “meu próprio mundo”, mãos à obra!
            É estimulante pensar que minhas atitudes diante da minha própria vida podem ajudar a mudar o mundo em que vivo! Se para melhor ou pior, a escolha é minha, pessoal e intransferível!
            Alguns episódios e algumas datas comemorativas podem estimular reflexões e decisões de vida.

Um dos grandes líderes da História da humanidade foi Jesus Cristo. A comemoração cristã da Páscoa é de um significado muito especial... Renovação e ressurreição – de fé e esperança – esta é a ‘Feliz Páscoa’ daqueles que creem!

sexta-feira, 22 de março de 2013

NOTÍCIAS: um balanço aos 17 anos




O jornalismo ordena as novidades e suas circunstâncias, e a natureza do bom produto de um jornal é fruto de um processo cultural. Esse processo trata da coleta e do manuseio da informação, organizando-a para compartilhá-la com o leitor.” (Celso Lafer, professor emérito do Instituto de Relações Internacionais da USP)


            
            Ao longo desse período de tempo de 17 anos, semanalmente, um traço diferencial e um identificador deste semanário foi noticiar alguns acontecimentos da vida cultural paulistana, acessível aos valinhenses tanto pela proximidade física da capital, como por sua gratuidade, na grande maioria dos casos.
            O óleo sobre tela “Cena de família”, pintado em 1891 por Almeida Jr. e que pertence ao acervo permanente da Pinacoteca do Estado de São Paulo ─, mostra a relação intrínseca entre a leitura de jornal e de livros e a cultura (musical, no caso deste bonito quadro).
            O objetivo deste espaço é oferecer aos seus leitores uma visão de algumas notícias culturais, relacionando-as, de maneira muito simplificada e resumida, com as circunstâncias de sua produção e o seu contexto histórico.
            Esse é um desafio que se apresenta a cada edição.
            Embora inúmeras “provas de carinho” deem conta da apreciação de leitores, há também uma ou outra opinião discordante, direito que assiste a todo mundo e que merece todo respeito e consideração.
            Afinal, o contraditório, a polêmica, a crítica construtiva, as outras visões de mundo são o motor da expansão do conhecimento.

            Por o mundo cultural ─ musical, literário, das artes plásticas, das construções arquitetônicas, etc. ─ ser o que alimenta a alma e eleva o espírito, este espaço do jornal  NOTÍCIAS continuará a compartilhar com os leitores as informações dos acontecimentos culturais que possam ser vistos e/ou visitados, em São Paulo.


17 anos de NOTÍCIAS

“Os meios de comunicação existem para incomodar. Um jornalismo cor-de-rosa é socialmente irrelevante.” (Carlos Alberto Di Franco, diretor de Master em Jornalismo e professor de Ética da Comunicação)

Desde que surgiram as primeiras publicações periódicas, no século 17, a imprensa tem constituído um permanente canal de informação e comunicação para a sociedade, em todos os países do mundo.
Em Lisboa, a Gazeta começou a circular em 1641, sendo o primeiro periódico que se crê ter existido em Portugal, embora antes dela já existissem os chamados papéis volantes, relações ou notícias avulsas que, no entanto, não apresentavam a periodicidade que caracterizava o jornalismo.
No Brasil, em 1746, foi inaugurada uma tipografia no Rio de Janeiro, fechada no ano seguinte por Carta Régia que proibia a impressão de livros, panfletos, papéis avulsos e, muito menos, jornais.
Em 1808, com a vinda da Coroa Portuguesa ao país, houve a fundação da Imprensa Régia, que depois passou a chamar-se Imprensa Nacional. A primeira edição do primeiro periódico publicado em terras brasileiras, a “Gazeta do Rio de Janeiro”, começou a circular em setembro de 1808, no Rio de Janeiro.
Em 1821, o príncipe regente Dom Pedro decretou o fim da censura prévia a toda matéria escrita, tornando a palavra impressa livre no país. (Cumpre notar que, por dois períodos ditatoriais, o da ditadura de Vargas e o da ditadura militar, houve a volta da censura prévia aos meios de comunicação em geral e à imprensa escrita em particular!)
Em 1825, foi fundado o Diário de Pernambuco”, o mais antigo jornal em circulação da América Latina. Em 1827, surgiu o Farol Paulistano, o primeiro jornal de São Paulo.  Em 1878, a revista O Besouro, do Rio de Janeiro, publicou as primeiras fotos da imprensa brasileira, retratando crianças mortas pela seca do Nordeste. (Como se nota, um problema antigo e ainda sem solução!) Em 1892, surgiram os primeiros jornaleiros e as primeiras bancas de jornal no Brasil.
Assim, ao longo do tempo, a imprensa escrita brasileira tem se adaptado às mudanças sócio-históricas e culturais, ao mesmo tempo em que mantém suas marcas de identidade: interpreta a atualidade do fatos, baseada em referências históricas recentes; explica com outros detalhes o que os leitores ouviram no rádio, viram na televisão ou leram rapidamente na internet.
Um jornal de cidade do interior, por sua vez, tem ainda o objetivo de proporcionar, aos leitores locais, informações relevantes, úteis ou interessantes, focalizadas do ponto de vista da comunidade do local onde circula.
Essa imprensa cumpre uma função de coesão social: integra os cidadãos, aumenta o interesse pelos problemas alheios, alerta para acontecimentos e novas perspectivas críticas.
Assim, ao completar 17 anos de circulação, NOTÍCIAS se coloca como um meio de comunicação disposto a ser socialmente relevante, a continuar independente e livre de imposições.
Segundo o importante colunista do The New York Times”, Willian Safire, o jornalismo tem futuro hoje, entre outras razões, porque “o partido político no poder precisa de um contestador à altura e não de um líder de torcida; e os que estão fora do poder precisam da ajuda da imprensa para fazer os que estão dentro prestar contas.
NOTÍCIAS tem a intenção e o objetivo de continuar, como até aqui, a fazer essa ponte, porque a imprensa é um meio de transformação social e amadurecimento cultural. E jornalismo é sério demais para que o público se contente apenas em consumir informações. E porque “o prestígio de uma publicação não é fruto do acaso. É uma conquista de cada edição. A credibilidade não convive com a leviandade e só há uma receita duradoura: profissionalismo, ética e talento”, como diz o jornalista Carlos Alberto Di Franco.





João, o que “canta” o canto certo

“Em minha opinião, Adoniran também é um dos compositores a quem Deus deu o dom de gênio!”

Relembro as palavras do pianista e maestro João Carlos Martins, no momento em que lhe ofertei uma cópia da certidão de nascimento de Adoniran (uma entre as dez mil já distribuídas), registrada aqui em Valinhos.
Essa cena aconteceu no Colégio Porto Seguro-Valinhos em 24 de março de 2009, antes de sua inesquecível apresentação de aula-concerto, a qual propiciou uma alegria enorme à plateia presente.
João Carlos Martins voltou a Valinhos em 7 de setembro, com seus “diamantes”. Eles tiram sons maravilhosos de cordas, palhetas, tímpanos e metais.
Entre uma apresentação e outra, segurando um exemplar de NOTÍCIAS com uma mão e com a outra no lado esquerdo do peito, o maestro João Carlos Martins falou: “Tenho matérias publicadas sobre mim em jornais de todo o mundo. Mas depois da apresentação feita aqui no Colégio Visconde de Porto Seguro, recebi uma matéria publicada pelo jornal NOTÍCIAS de Valinhos que, de todas as que coleciono sobre minha carreira artística, foi a que mais me emocionou! Ela está no arquivo da orquestra, mas me é tão importante, que está também no meu arquivo pessoal: o meu coração!
A gratidão expressa pelo maestro a propósito da matéria do NOTÍCIAS e os acordes do seu expressivo arranjo de Trem das Onze me fizeram lembrar da declaração da saudosa Elis Regina: “Adoniran é muito mais sério que um simples “quans, quans, quans, quans, quans, quans.”
Confesso que já me impressionei com declarações ou respostas que pessoas do alto escalão da política, das artes e da cultura brasileira deram, em tantas entrevistas. Mas depois da sonoridade da voz desse João, ao se referir com tanto carinho àquela edição de NOTÍCIAS, fica difícil segurar o contentamento e a satisfação por receber tal elogio!




VAREJO E FRANQUIAS – A VISÃO DOS GRANDES


”Cada empresa requer desempenho em 3 áreas principais: ela precisa de resultados diretos, construção de valores e sua confirmação, formação e desenvolvimento de pessoas para o futuro.” Peter Drucker – Escritor, professor e consultor administrativo


Conexões, conhecimento, prática, disposição para o aprendizado e para o trabalho. Gestão estratégica, alinhamento de expectativas, administração profissional, humanização das empresas, ousadia, inovação, criatividade.

São muitos os fatores que constroem empresas e marcas de sucesso.

São muitos os ângulos pelos quais podemos olhar o mercado de varejo e franquias, no Brasil e no mundo.

Os profissionais contribuem para o desenvolvimento de empresas e pessoas, ao compartilhar pontos de vista, vivências. Nada melhor para o aprendizado, do que, depois de dominar a teoria, atuar no mercado. E como há muitas experiências possíveis, sempre é útil e sábio aprender com os acertos e erros alheios. Poupa tempo e recursos! A participação em eventos do setor e algumas pesquisas, podem contribuir para que a atualização seja constante. Afinal, o dinamismo do mercado não permite estagnação. E o que dizem os grandes?

“Aquele que ajusta sua visão à contribuição, eleva a visão e os padrões de todos aqueles com quem trabalha.” – Peter Drucker.

Erra e perde em produtividade, o empresário que não valoriza seus colaboradores, que não os ouve. É imperativo reconhecê-los como os primeiros clientes da empresa. São eles que vão levar o produto ou serviço ao consumidor final. João Paulo Ferreira, Vice-presidente de Operações da Natura, em entrevista ao site Mundo do Marketing, confirmou a relevância dos treinamentos, atualizações e celebrações de incentivo e reconhecimento, para o alinhamento de pensamento e ação das consultoras Natura, que formam um verdadeiro exército.

“Nossa missão é aprimorar a gestão dos canais de vendas das empresas para ampliar o acesso ao mercado e obter resultados sustentáveis.” – Missão da Praxis Business, que ilustra a capa de sua página no Facebook.

O artigo de Leonardo Marchi – um dos sócios da Praxis, publicado no DCI (Diário Comércio Indústria & Serviços), em 05/03/2013 tem como título “Sentido de Pertencimento”. E a epígrafe: “Se uma empresa tem traços de prepotência, seus colaboradores tendem a ser omissos”


Segundo Adir Ribeiro – presidente e fundador da Praxis, em entrevista ao programa da ABF (Associação Brasileira de Franchising) – Bastidores do Franchising, a “liderança por princípios” é uma das principais tendências discutidas na NRF 2013 – National Retail Federation – maior evento anual do varejo mundial, que aconteceu em janeiro em New York, nos Estados Unidos.

As organizações precisam estar atentas, porque sejam elas públicas ou privadas, são feitas de seres humanos. São mais que prédios, instalações. E existem para servir a seres humanos, que são seres sociais – que bem sabem da importância de pertencer. E este é um conceito da Antropologia, que é Ciência. Não se trata de ficção ou de palavras piegas. Os grandes, reconhecem.



A FORÇA RENOVADORA DA JUVENTUDE!

                 

         “Um jovem estudante francês chamado Frederico Ozanan, passeando uma noite pelas ruas de Paris, entrou por acaso numa igreja. Não era incrédulo e nem fervoroso.
         Eis que dentro da igreja ele viu um homem ajoelhado rezando. “Eis ali um religioso”, pensou consigo. E aproximou-se daquele homem. Qual não foi o seu espanto, quando percebeu quem era o homem: “É o professor Amperè!”
         Era ele realmente, o maior gênio da Escola Politécnica de Paris, o descobridor da eletricidade dinâmica. André Marie Amperè, que descobriu uma das leis básicas do Eletromagnetismo, que hoje chamamos de Equações de Maxwell.
         Se um homem notável como este, disse o estudante Ozanan, um dos maiores sábios do mundo, não se sente diminuído ou envergonhado ao demonstrar a grandeza da sua fé, não vejo mais motivo algum para conservar o meu espírito envenenado pelo respeito humano!
         Foi Ozanan quem fundou, depois, com um grupo de amigos universitários da Sorbonne, a grande Sociedade de São Vicente de Paulo, os vicentinos”.

         Estamos vivendo o período da espera e preparação para a comemoração da Páscoa, da Ressurreição do Senhor Jesus, da passagem para uma experiência de vida mais positiva, mais dinâmica, mais confiante, mais solidária, mais plena de fé.
         Os jovens esperam ver o testemunho dos mais velhos, esperam aprender com a sabedoria dos mais experientes...
         A força renovadora da juventude está no amor, na crença, na certeza de conquistar o presente e o futuro. Os jovens são agentes de transformação da sociedade, que podem concretizar a fraternidade e buscar a paz.
         A presença de cada um de nós na sociedade pode e deve ser geradora de fraternidade, incentivadora de mudanças e transformações, motivadora da paz e animadora da esperança.
         É bom pensar na educação das crianças e jovens, neste tempo de tantas mudanças, de tanta tecnologia e modernidade. É necessária a procura do equilíbrio mental, emocional, espiritual e físico. É necessário o fortalecimento da fé e da confiança.
         E que Deus, nosso Pai, nos abençoe e inspire nas decisões que devemos assumir nas diversas situações da vida e do tempo presente.


                                         

Conhecendo a biblioteca



Os alunos do 1º ano da Maple Bear Canadian School Valinhos cumpriram na quinta-feira, 14 de março, roteiro de visita à Biblioteca Pública Municipal “Mário Corrêa Lousada”, da cidade de Valinhos. O grupo estudantil estava sob a coordenação da Diretora Educacional Josefina Palacio e a professora responsável pelo projeto Thais Helena S. Giraldo de Almeida.
Os objetivos da visita foram: levar as crianças a saberem que o município possui um espaço disponível a toda população, gratuito e destinado à pesquisa e incentivo à leitura de todos os documentos e gêneros textuais; compreender as regras que cerceiam sua utilização: silêncio, locais específicos para os diferentes gêneros textuais, credenciamento para empréstimos e devoluções, leitura dos usuários e, ainda, contação de história pela professora.
As crianças foram recepcionadas com muita atenção, cuidado e carinho por Maria José e todos os funcionários da biblioteca.
Segundo a professora Thais Helena foi um momento de encantamento e descobertas para as crianças, que despertou o interesse e entusiasmo para essa faixa etária, atualmente pouco estimulada para a formação de leitores de livros impressos, em razão dos avanços tecnológicos.
A filosofia da rede Maple Bear Canadian School do Brasil é formar leitores e oportunizar acesso a todos os instrumentos de leitura disponíveis e apresentar todos os gêneros literários. Esse foi o primeiro passo na formação de leitores críticos e de usuários da informação impressa como meio de ampliar os conhecimentos e a intimidade com a língua materna.
As crianças foram recepcionadas com muita atenção, cuidado e carinho por Maria José Leardini e todos os funcionários da biblioteca

Aprovação prevista


O vereador Aldemar Veiga Junior (DEM) deu entrada a uma petição na Câmara Municipal de Valinhos pleiteando ao prefeito Clayton Roberto Machado a alteração no artigo 213 do item 1 da Lei 3.915/20005 do Código Tributário Municipal.
Se a propositura do vereador for aceita pelos vereadores e referendada pelo prefeito, o recolhimento do valor da taxa decorrente de veiculação de publicidade em geral fica facilitado ao contribuinte. Ou seja, o pagamento se dará em lançamento mensal, durante o período de sua efetiva utilização.

A proposta do vereador Veiga se apresenta como justa, merecendo consideração e, sobretudo, a positiva apreciação dos demais vereadores, e sua consequente aprovação.

Tom Santos

Feliz Ayyám-i-Há!

Já na Pérsia antiga, o dia 21 de março era conhecido como Naw-Rúz, que significa “novo dia” em persa, e segundo a tradição, data de 3 mil anos. Os reis da antiga civilização persa destinavam este dia à audiência pública e recebiam o povo na sua corte com maior consideração. Durante milhares de anos foi comemorado como o dia de fraternidade, júbilo e alegria, dia de grande festa. O Naw-Rúz é tradicionalmente comemorado ainda hoje no Irã e também em outros países do Oriente Médio e Ásia Central, além de ser celebrado por indivíduos espalhados por diversos países.
Para os bahá'ís, o Naw-Rúz é um dia sagrado, e um dos motivos que o torna uma data especial é a combinação com o fim do período do jejum, que se inicia no dia 2 de março e termina na véspera do ano novo. O jejum é realizado entre o nascer e o pôr-do-sol (no calendário bahá’í os dias começam e terminam ao pôr do sol) como forma de purificação do corpo, reflexão e fortalecimento do espírito para o novo ano que se iniciará. No dia 20, os cerca de 8 milhões de bahá'ís espalhados pelo mundo se reúnem com familiares e amigos para fazer orações e festejar.
O fato do dia 21 de março ser identificado desde épocas remotas como um dia muito especial do ponto de vista astronômico também tem importância na Fé Bahá'í. Nesta data, o sol ilumina os dois hemisférios de forma igual e pelo mesmo ângulo, dando início à primavera no hemisfério norte e outono no hemisfério sul. Assim como a Terra passa pelo equinócio, e o equilíbrio de luz e calor faz com que a natureza física se renove, os bahá'ís acreditam que uma vida nova se insufla em cada ser humano.
Hoje, dia 21 de março, é o primeiro dia do ano 170 da Era Bahá’í. O Badí, calendário bahá'í, é baseado no ano solar, e consiste em 19 meses de 19 dias, mais os quatro “dias intercalares” que completam os 365 dias do ano. Foi adotado em 1844 quando o Báb, precursor da Fé Bahá’í, anunciou uma nova era, que teve início com a vinda de Bahá’u’lláh. Assim como foi Jesus Cristo, Buda, Zoroastro, Maomé e todos os grandes líderes religiosos, os bahá'ís acreditam que Bahá’u’lláh é o mensageiro de Deus para essa época.
Os principais ensinamentos da Fé Bahá’í se fundamentam na unidade: unidade de Deus, unidade da religião, unidade da humanidade.


“A terra é um só país, e os seres humanos seus cidadãos”
Bahá’u’lláh

“Habemus Papam Franciscum”



E assim, com esse anúncio, do balcão da basílica de São Pedro, o mundo soube que o sucessor de Bento XVI tinha sido escolhido para comandar os destinos da Igreja Católica Apostólica Romana. E surpresa maior, o novo pontífice é argentino, quando se esperava a eleição de um italiano, o cardeal Angelo Scola, favorito das casas de apostas, ou até mesmo de um brasileiro, o cardeal Odilo Pedro Scherer.

 Contudo, esquecemos que, já no conclave de 2005, que elegeu Bento XVI, Jorge Mario Bergoglio, foi o segundo mais votado entre os cardeais, atrás apenas de Joseph Ratzinger. E numa articulação do cardeal Óscar Maradiaga, de Honduras, o conclave rendeu-se à figura do arcebispo de Buenos Aires.

 E agora o trono de Pedro foi ocupado por Francisco — e não Francisco I — como teimam alguns, visto que não temos um sucessor com nome idêntico, como, aliás, o próprio papa faz questão de se autodenominar. Ele é Francisco — apenas Francisco —, numa clara alusão a São Francisco — “il poverello” (o pobrezinho) —, como os italianos chamam, carinhosamente, o santo de Assis. É o primeiro chefe da Igreja a adotar o nome Francisco.

 Contrariamente ao que se pensava, o papa não pertence à ordem franciscana, mas sim à ordem dos jesuítas. É egresso da Companhia de Jesus, corporação poderosa, cujo superior é conhecido como “Papa Negro”, em referência à cor da batina.

 Pela sua biografia e pela maneira como está se conduzindo à frente do papado, ganhou a simpatia do povo. “Como é doce, como é simples”, dizem. E como a voz do povo é também a voz de Deus, pegou... Francisco, o simples!

Mas o novo papa terá que enfrentar muitos desafios, para os quais o atual bispo emérito de Roma, seu antecessor Bento XVI, não teve forças. Afinal, não deve ser fácil lidar com a cúria romana e a burocracia pois, além de ser chefe da Igreja, é também chefe de Estado, visto que administra a Santa Sé, também chamada de Sé Apostólica que, do ponto de vista legal, é distinta do Vaticano.

Mas engana-se quem vê no atual papa diferenças do anterior. São diferentes sim na maneira de se conduzirem, pois Bento XVI, brilhante teólogo, é uma pessoa tímida, mais contida e intelectualizada, enquanto que o papa Francisco é extrovertido, simples, humilde, acostumado com o cheiro do povo. Mas convergem num ponto essencial: ambos defendem, com vigor, os dogmas da fé e da doutrina católicas.


O fato é que o novo pastor da Igreja me conquistou ao expor sua posição quando afirmou, sobre o ateísmo: “quando eu me encontro com pessoas ateias, compartilho com elas as questões humanas, mas não coloco logo de cara em discussão a questão de Deus, exceto se elas me incitam a isso. Quando isso ocorre eu explico a elas por que creio. (...) Não pretendo fazer proselitismo — eu as respeito e me mostro como sou. (...) Não tenho nenhum tipo de reticências. Não diria que um ateu está condenado porque estou convencido de que não tenho o direito de julgar sua honestidade — sobretudo se ele tiver virtudes, aquelas que engrandecem as pessoas. De toda forma, conheço mais gente agnóstica do que ateia. O agnóstico duvida; o ateu está convencido. Temos de ser coerentes com a mensagem que recebemos da Bíblia: todo homem é a imagem de Deus, seja ele crente ou não. Por essa única razão, tem uma série de virtudes, qualidades, grandezas. Caso tenha baixezas, como eu também as tenho, podemos compartilhá-las para nos ajudarmos mutuamente a superá-las.” Maior clareza impossível!...

sábado, 16 de março de 2013

GIRO CULTURAL – A USP E A SÃO PAULO MODERNISTA


“O Museu Paulista era um projeto das elites paulistas que, depois, associadas a artistas e intelectuais, criaram o Modernismo.” (Maria Arminda do Nascimento Arruda, pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP e autora do premiado livro Metrópole e Cultura)
            No final de janeiro, por indicação de uma amiga, descobri o site para me inscrever no Giro Cultural: www.sinteseeventos.com.br/girocultural
            O passeio gratuito, que acontece sempre aos sábados, das 10h às 14h, só tinha vagas disponíveis para 23 de fevereiro. Me inscrevi. Chegado o dia 23, lá fui eu, rumo à estação do Metrô Alto do Ipiranga, que é o local de saída e chegada do passeio.

            Logo depois das catracas, alguém segurava uma placa onde se lia “Giro Cultural” – que bom! Não há como se perder. E assim, as pessoas inscritas foram chegando e se unindo ao grupo.
            Uma guia turística e monitores nos orientaram e nos conduziram ao ônibus, para iniciarmos o percurso. Em cada banco, havia um bloco de anotações, caneta, marcador de livro e um folder Caminhos da Cultura. Recebemos informações mais detalhadas do roteiro:
            A equipe de mediadores é formada por historiadores, artistas plásticos e arquitetos. Seu objetivo é oferecer aos visitantes um olhar distinto sobre a implantação do Modernismo na cidade, em suas múltiplas dimensões (arquitetônica, urbanística, econômica, sociocultural e política), evidenciando a passagem do século XIX até o ápice da consolidação do projeto modernista na cidade de São Paulo, na década de 50.
            A USP e a São Paulo Modernista é o primeiro roteiro do Giro Cultural USP realizado fora da Cidade Universitária. Este é um programa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da Universidade de São Paulo, criado com o objetivo de estimular a divulgação da grande riqueza do patrimônio arquitetônico, artístico e cultural – material e imaterial – da USP.
            O roteiro tem pontos de parada em três unidades da USP: o Museu Paulista, no bairro do Ipiranga; o prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) na Rua Maranhão, no bairro de Higienópolis e o Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, no Parque Ibirapuera.
            Do metrô até o Museu Paulista ouvimos uma música de Heitor Villa- Lobos. Fomos divididos em dois grupos e visitamos a área externa e jardins do museu. No percurso para o prédio da FAU (casarão art nouveau do início do século XX que pertenceu à família Álvares Penteado), passamos pelos casarões da família Jafet, na Rua Bom Pastor, no Ipiranga. No centro da cidade pudemos observar muitas edificações. Dentre elas, os edifícios Montreal (1954), Eiffel (1956) e Copan (1966), projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. No percurso para o MAC (construído na mesma época que a Cidade Universitária, na década de 60), foi servido um lanche e exibido um vídeo. 
            Foi um programa diferente e muito rico, para uma paulistana que se dispôs a olhar para os caminhos que fazem parte do dia-a-dia, com ‘olhar de turista’, com a orientação de profissionais altamente capacitados e muito cordiais. Registro aqui meus agradecimentos a toda a equipe – motorista, guia, monitores, organizadores, assessoria de imprensa. Bom saber que também é de pessoas assim que o Brasil é feito!
Giro Cultural USP - A USP e a São Paulo Modernista
Data: sábados, das 10h às 14h

Inscrição: gratuita pelo site www.sinteseeventos.com.br/girocultural
Informações: (11) 3091-1190
Número de vagas: 40
Classificação indicativa: a partir de 7 anos, desde que acompanhadas por um responsável
Local de saída e chegada do ônibus: Estação Alto do Ipiranga do Metrô

O roteiro não é acessível a pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida.

sábado, 9 de março de 2013

FEMININO PLURAL


“Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.”
 (Clarice Lispector – escritora)

            Feminino é mais, muito mais que um “adjetivo oposto a masculino”. Vai além de ser um substantivo masculino e um gênero. Feminino é plural, é múltiplo.
            Múltiplo, por definição de Silveira Bueno, no Minidicionário da Língua Portuguesa, “abrange muitas coisas; que não é simples nem único; diz-se de um número que contém outro duas ou mais vezes exatamente”. Nunca vi definição mais poética num dicionário. Talvez haja outras. Talvez seja o olhar de hoje, feminino, plural, múltiplo, que faz ver além da semântica.
            Mulheres são assim, além do significado. Se não forem, podem ser ainda meninas – e a fase de maturação, independe da idade...
            Mulheres são multiplicadoras – de vida, ideias, sonhos e amores. São realizadoras, vibrantes. Se não forem, podem estar afastadas de si mesmas. Mas que o afastamento, se inevitável, seja breve. Senão, ofusca a essência.

            O essencial é o indispensável. Assim como a palavra o é para a poesia, em verso ou prosa. Com ou sem rima.
            Mulheres são essenciais, poéticas e muito modernas – da Idade da Pedra, ao século XXI. De diferentes estilos, cores e formas. De amores possíveis e impossíveis.

            Mulheres são como caleidoscópios – multiformes, multicoloridas, multicelulares.

sábado, 2 de março de 2013

INFRAESTRUTURA PARA O DESENVOLVIMENTO – PARTE 2



“A verdadeira dificuldade não está em aceitar ideias novas, mas em escapar das ideias antigas.” (John Maynard Keynes – economista inglês)


Claudio Bernardes,
presidente do SECOVI.
            A segunda parte do evento ocorrido no último dia 20, na FAAP/SP (Fundação Armando Álvares Penteado), começou com um painel, no Centro de Convenções. O fio condutor foi o tema “As perspectivas da construção civil em 2013 – demanda por engenheiros”.
            Claudio Bernardes, presidente do SECOVI, falou sobre “Desenvolvimento urbano e sustentabilidade”. Há urgência de ações voltadas à inclusão e coesão social. Os espaços públicos, as áreas verdes, o uso e ocupação do solo e o sistema viário precisam ser estruturados com foco na concepção de projetos sustentáveis – social, ambiental e economicamente. A estrutura urbana precisa de muita atenção e investimentos. Afinal, estima-se que atualmente cerca de 85% da população mora em 0,5% da área urbanizada do Brasil.
Basílio Jafet 

Falando de forma prática e objetiva, o custo de uma edificação com implantação de projeto sustentável tem orçamento aumentado em 10 a 15% do valor total da obra. Mas o futuro agradece o investimento!
Sérgio Watanabe
Basílio Jafet, presidente da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias, discorreu sobre o panorama do mercado imobiliário. A compra da casa própria ainda é item fundamental dentre as expectativas de vida dos brasileiros. Aluízio de Barros Fagundes, presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo e Sérgio Watanabe, presidente do SINDUSCON/SP, falaram predominantemente sobre os desafios aos futuros engenheiros. Para tanto é, cada vez mais, imprescindível sólida formação acadêmica, boa comunicação e constante atualização.
O encerramento foi com as palestras dos engenheiros Eduardo Pedrosa Cury, Victor Mirshawka Jr e Marcos Alberto de Oliveira, com o tema “A carreira do engenheiro e o empreendedorismo tecnológico”.
A conclusão é de que a Engenharia, em seus conceitos e aplicações, existe para simplificar e melhorar a vida das pessoas. A demanda será de cerca de noventa mil engenheiros, até 2014. Foi-se o tempo em que o engenheiro ‘virava suco’ – expressão muito usada na década de 80, quando a profissão era pouco valorizada, forçando os profissionais a buscarem melhores alternativas de fonte de renda. Mas isso é passado.

Curiosidade, pensamento lógico, solução de problemas, visão sistêmica, atenção aos detalhes e persistência são características fundamentais para o engenheiro do século XXI.