sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Semeando conhecimento...






Segundo o antropólogo Edward B. Tylor, cultura é "todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade". 


Essa definição foi reformulada por diversas vezes, tornando a palavra "cultura" um conceito complexo, abrangente e multifacetado, pois, segundo a Wikipédia, e  do ponto de vista das ciências sociais (isto é, da sociologia e da antropologia), sobretudo conforme a formulação de Tylor, a cultura é um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais artificiais (isto é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em geração por meio da vida em sociedade. E ainda, de acordo com Ralph Linton, "como termo geral, cultura significa a herança social e total da Humanidade.
Seja qual for a definição, um povo necessita de cultura para construir a própria história, agregando conhecimento e experiências.


E essa cultura pode ser aprendida, adquirida e compartilhada em todas as cidades, por todas as classes sociais, de maneira onerada ou gratuita. Basta querer!

Acabamos de dar a partida ao segundo semestre letivo. Não vamos nos ater apenas às matérias obrigatórias. Quanto mais buscarmos, quanto mais plantarmos, melhor e maior será nossa colheita!

Vamos arregaçar as mangas e semear um futuro muito melhor!!























Edição nº 1018
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Estórias que o povo conta... “O valentão”





Esta estória veio lá de Junqueiro, Alagoas, e foi contada pelo “seu” Joaquim. Ele é o que está sempre ali pela esquina da rua 7 de setembro, e até pouco tempo atrás, tomava conta do estacionamento do Supermercado Ferraro.
“Escuta essa Tom Santos:
Lá pelos idos de 1930, época em que, em Alagoas, imperava o “cabra macho”, existia no vilarejo de Junqueiro, um cidadão conhecido pela alcunha de “Zé do Norte”. Era sujeito arruaceiro, daqueles de quem nenhum botequeiro tinha coragem de cobrar as pingas que ele bebia. O valentão dava pega em crianças, bulia com as moças, punha gato e cachorro pra correr, torcia pescoço de canção de fogo cantador. O peste fazia tudo isso e muito mais...
Foi num dia de sábado de aleluia, que o valentão tomou lição das boas. Na hora em que a molecada estava malhando o Judas, o Zé do Norte, que não podia ver uma pancadaria, resolveu aderir à farra. Foi nessa hora que levou uma porretada, mas devido ao “malha que malha” desorganizado, ninguém soube dizer direito de onde veio, ou quem foi que acertou o cocuruto do Zé, que apagou de vez.
Como socorro ali sempre foi prestado pela benzedeira, lá se foi o moleque Ditinho , correndo, chamar a dona Quitéria. Diagnóstico rápido e sumário da especialista : partiu para outro mundo...”
Mais que depressa, o pessoal tratou de arrumar uma rede (como é costume no Nordeste), e embrulhou o valentão apagado, rumando rapidinho para o cemitério mais próximo que distava 30 km dali.
A alegria no povoado recomeçou redobrada, porque o povo, sem maldade, se livrara de dois pecadores: um Judas e um baderneiro.
Depois que o cortejo fúnebre tinha percorrido uns 8 km, sendo já noite fechada e escuríssima, os tropeções eram muitos e a rede balançava tanto que acordou o Zé (que não tinha morrido, contrariando todas as previsões). Ele estava era desmaiado, pela ação conjunta da pinga e da pancada fortíssima.
Quando o Zé do Norte se deu conta que estava sendo levado como defunto, na rede, soltou um urro, fazendo todo mundo se borrar de susto, e sair correndo”
O seu Joaquim garantiu que, até hoje, tem gente correndo de medo do “Judas ressuscitado”!


 





Publicado originalmente na
Edição n.º18 de 19 de julho de 1996







Edição nº 1018
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Suicídio é preciso falar sobre isso.





Este é um tema que choca e uma grande maioria de pessoas EVITA falar. 
Quando alguém famoso, referência no mundo das artes, sai nas manchetes por ter cometido suicídio, algumas pessoas se questionam: " por quê " alguém que fazia outros rirem, ou criava quadros tão belos, ou encantava com sua música , de alguma forma fazia um mundo melhor para outros ,é capaz de cometer um ato tão cruel contra si mesmo?
Outros julgam como um ato de covardia, condenam, criticam; puro mecanismo de defesa. Ah, que dor!
Na realidade poucos entendem que há um "mundo "dentro das pessoas, em sua mente, onde ocorre uma batalha que pouquíssimos a sua volta percebem, através de uma palavra ou pensamento que lhe escapa. 
Outros ensurdecem-se pois não querem acreditar que um ato como esse seria possível.
Mas este fato não ocorre somente com famosos. A cada três segundos alguém tenta suicídio no mundo. 
Ao seu lado, dentro de sua casa, um amigo próximo neste momento agoniza em seu interior, com uma dor que não se aplaca, que pra ele(a) não tem fim . É está dor insuportável que esta pessoa quer parar de sentir, quer desesperadamente eliminar. Não é a sua vida.
Algumas causas são: depressão, traumas da infância não superados, doenças incuráveis, uso abusivo de drogas, sentimentos de solidão e abandono reais ou imaginários, uma situação "sem saída".
É preciso ESCUTAR o que o outro tem a dizer. 
É preciso ADMITIR esta possibilidade . 
É preciso CONVERSAR sobre esse tema. 
É preciso OFERECER e PEDIR ajuda. 
É fundamental ACOLHER . 
E principalmente  ENCAMINHAR e até ACOMPANHAR em um tratamento com psiquiatra associado a um trabalho terapêutico. 
Um modo de funcionar no campo de batalha da mente, possível de ser interrompido e modificado com ajuda profissional, acolhimento familiar e esclarecimento da sociedade.
Vamos levantar essa bandeira? Cuidar da dor invisível em favor da vida.





























Edição n.º 1018

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“As famílias em suas configurações contemporâneas”.



Café Filosófico CPFL de agosto discute as famílias em suas configurações contemporâneas

Maria Aglaé Tedesco Vilardo, juíza de direito


Nas múltiplas configurações das famílias na contemporaneidade é relevante a consciência do papel e responsabilidades exercidos em relações permeadas por intenso desequilíbrio de gênero. Afastar conceitos vistos como naturais exige questionamento dos padrões atuais em uma sociedade na qual a mulher é vista como cuidadora e o homem, como provedor, afirma a juíza Maria Aglaé Tedesco Vilardo, curadora do módulo de agosto do Café Filosófico CPFL sobre “As famílias em suas configurações contemporâneas”.

No  encontro de hoje,  sexta-feira 04/08, às 19h, a curadora fala sobre “As configurações familiares e a violência simbólica de gênero”. Segundo ela, a relação de gêneros no universo da família contemporânea, que abrange discriminação e violência simbólica, física e moral, nos obriga à reflexão seguida de ação, com modificação de procedimentos arraigados pela repetição e atitudes positivas para divisão de responsabilidades parentais e conjugais.

Os debates têm entrada gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h, e são transmitidos ao vivo pelo site e pela página do Instituto CPFL no Facebook

O tema do encontro seguinte, na sexta-feira 11/08, é “A violência contra a mulher no âmbito familiar”, com a juíza Adriana Mello.
A psicóloga Maria Cristina Werner fala sobre “Sexualidade nas diferentes configurações familiares” no dia 18/08.

No encerramento do módulo, a desembargadora Ivone Ferreira Caetano conversa com o público sobre “A criança na família brasileira e a discriminação racial e social”.

Confira a programação completa do Café Filosófico CPFL de agosto no site do instituto ou na página do Facebook:

O Instituto CPFL fica na rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632, na Chácara Primavera, em Campinas.








Edição n.º 1018

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Valinhos lança campanha de vacinação contra a raiva



Quem Vacina Amigo É! será nos dias 12 e 13 e 19 e 20

A Prefeitura de Valinhos lança a campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos Quem Vacina Amigo É! A vacinação ocorrerá em dois finais de semana, 12 e 13 e 19 e 20 de agosto, em 31 postos espalhados pela cidade. Já a partir de setembro, a vacinação será na zona rural.
Segundo a Secretaria da Saúde, a meta é vacinar perto de 15 mil cães e de 2.300 gatos. “Todo animal a partir de três meses de idade, desde que não esteja gravemente doente, precisa ser imunizado, para garantir a saúde do animal e das pessoas”, disse a médica veterinária, Silvia Santaella.
A veterinária afirmou que o Estado de São Paulo é considerado área controlada para a raiva canina, mas registra casos transmitidos por morcegos. Segundo controle da Divisão de Vigilância em Zoonoses, desde 2012 o município contabiliza uma média de um caso de raiva em morcego por ano. Em 2016 foram três casos e, neste primeiro semestre, um caso.
Se algum morador encontrar morcego desorientado, em voo diurno, com paralisia, caído ou morto, acione a Unidade de Vigilância em Zoonoses pelo telefone 3829-2197. “O animal não deve ser tocado. Para isolar o morcego, o ideal é colocar uma caixa ou balde. Após a coleta, os técnicos da Zoonoses classificam e encaminham o morcego para laboratório para avaliação”, disse Silva.










Exibição gratuita será hoje, sexta-feira (4), às 19h30, no Centro Cultural Vicente Musselli



O projeto Cine Viva Itália exibe a comédia A primeira vez da minha filha nesta sexta-feira (4), a partir das 19h30, no Centro Cultural Vicente Musselli, que está funcionando agora na Avenida Joaquim Alves Corrêa, 4.033. A realização é da Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria da Cultura, em parceria com a Associazione Ítalo-Brasiliana Abruzzo Forte. A entrada é franca.
Após a exibição do filme, haverá apresentação do tenor Vicente Montero, interpretando canções românticas italianas. Serão servidos lanche e vinho.
Os organizadores pedem ao público a doação de um quilo de alimento não perecível, que será entregue ao Fundo Social de Solidariedade, para atendimento às famílias carentes do município.







Edição n.º 1018
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Rede de Saúde de Valinhos vai receber novo equipamento de raio-x



São feitos 395 exames, em média, diariamente na cidade

A Prefeitura de Valinhos instalará nos próximos dias um equipamento de raio-x novo na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O utilizado atualmente na unidade será transferido para o Centro de Especialidades Valinhos (CEV).
Atualmente, a Rede de Saúde de Valinhos realiza em média 395 exames ao dia. “Optamos pela transferência do aparelho para a UPA, o que evita uma reforma no prédio do CEV. O novo equipamento que seguirá para a UPA é maior e, para que fosse instalado no CEV, seria preciso reformar o espaço”, disse o secretário da Pasta, Nilton Tordin.
O novo equipamento, no valor R$ 96 mil, foi comprado em outubro do ano passado, mas a entrega ocorreu há cerca de um mês. Os recursos para a compra vieram de emendas parlamentares.







Operações foram feitas no Hospital Ouro Verde, em Campinas

A Prefeitura de Valinhos reduziu a fila de espera para a cirurgia de catarata. Desde abril deste ano, já foram realizadas 155 operações. Outras 150 já estão agendadas e serão feitas a partir de setembro. No início do ano, 400 pessoas aguardavam na fila para realizar o procedimento.
Segundo o secretário da Saúde, Nilton Tordin, o atendimento gratuito via Diretoria Regional de Saúde (DRS VII- Campinas) e as cirurgias são realizadas no Hospital Prefeito Edivaldo Orsi (Complexo Hospitalar Ouro Verde), na região sudoeste de Campinas,  com uma média de 35 a 50 atendimentos/mês.
Atendimento - Os pacientes com problema de visão devem primeiramente passar pelo clínico geral da Unidade Básica de Saúde. Se algum problema for detectado, é feito o encaminhamento para o médico oftalmologista do Centro de Especialidades de Valinhos (CEV). Os casos com necessidade de cirurgia de catarata são direcionados para o Departamento de Avaliação, Controle e Regulação que efetuam o encaminhamento para a DRS VII - Campinas.








Edição n.º 1018
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Prefeitura capacita servidores de creches sobre importância de saúde bucal na infância





Educadores participaram de palestra de orientação

Educadores da rede municipal de Valinhos participaram na manhã desta quinta-feira (3) de uma palestra sobre Saúde Bucal. O objetivo foi informar os educadores sobre a saúde bucal na infância, para que sejam multiplicadores do tema junto aos demais profissionais das unidades, os familiares e as crianças atendidas. A ação foi uma parceria entre as Secretarias da Saúde e da Educação.
A dentista da Rede Municipal de Saúde Kátia Franco passou orientações gerais para a prevenção da cárie, que segundo ela teve uma tendência de queda nos últimos anos, mas agora vem registrando um crescimento.
“A escola tem um papel importante na educação para a Saúde. Para alcançarmos os objetivos o tema precisa ser trabalhado com as crianças, que são as multiplicadoras das informações aos familiares”, disse a dentista. A palestra foi ministrada para supervisores de ensino, diretores e coordenadores pedagógicos das creches municipais, conveniadas e contratadas.
O evento ocorreu no plenarinho da Câmara. Foram abordados aspectos como alimentos mais adequados, desde a forma correta de escovação até a quantidade de pasta a ser usada, de acordo com a idade da criança.

Ação nas escolas
A Secretaria da Saúde, por meio do Departamento de Odontologia, mantém uma equipe de dentistas e auxiliares que fazem um trabalho direto nas escolas municipais para a saúde bucal dos alunos, por meio de avaliação e orientações gerais.















Edição n.º 1018
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Retinopatia Diabética






O que é a Retinopatia Diabética?
É uma alteração que ocorre na retina de alguns pacientes com diabetes mellitus.  É uma das principais causas de cegueira nos anos produtivos (20-65 anos).
A hiperglicemia altera diversos mecanismos bioquímicos e fisiológicos, levando a uma degeneração e perda de pericitos dos vasos sanguíneos da retina, o que causa extravazamento do sangue.

O que o paciente com Retinopatia pode apresentar de sinais e sintomas:
Em estágios mais iniciais a pessoa não percebe nenhuma alteração na visão e somente no exame médico, com a realização de mapeamento de retina podem ser descobertas as alterações características:
Hemorragias retinianas: Se localizam na camada de fibras nervosas e na plexiforme externa.
Microaneurismas: Se localizam da camada nuclear interna.
Exsudatos duros: Se localizam na camada de fibras nervosas.
Neovasos: Ocorrem em estágios mais avançados e correspondem a proliferação anormal de vasos sanguíneos na retina.
A perda visual (embaçamento da visão) é mais frequentemente causada por um inchaço da retina localizado na região da mácula: o edema macular.  Outras causas de baixa visual são a isquemia macular e  sequelas de neovascularização.

Como é feito o tratamento da Retinopatia diabética:
Inicialmente é preciso classificar qual estágio da doença a pessoa apresenta:

  1. Estágio não proliferativo leve
  2. Estágio não proliferativo moderado
  3. Estágio não proliferativo grave
  4. Estágio não proliferativo muito grave
  5. Estágio proliferativo de baixo risco
  6. Estágio proliferativo de alto risco

Além do exame oftalmológico pode ser muito importante a realização de exames complementares:
Angiofluoresceínografia
Tomografia de coerência óptica
Dependendo do estágio da doença e da visão apresentada o tratamento pode se basear em :
  1. Somente controle dos níveis glicêmicos
  2. Fotocoagulação à laser na retina
  3.  Injeção de medicação intra-ocular
  4.  Cirurgia vítreo-retiniana


Quando devem ser feitas as consultas oftalmológicas no paciente com Diabetes?
No diabetes do tipo 1 admite-se um exame da retina após 5 anos do diagnóstico e após o primeiro exame anualmente.
No diabetes tipo 2 logo após o diagnóstico deve-se fazer um exame e após anualmente.
Em pacientes que já apresentam o diagnóstico de retinopatia diabética os retornos devem ser mais frequentes dependendo do estágio da doença:
  1. Estágio não proliferativo leve: de 9 em 9 meses
  2. Estágio não proliferativo moderado: de 6 em 6 meses
  3. Estágio não proliferativo grave: de 4 em 4 meses
  4. Estágio não proliferativo muito grave: de 3 em 3 meses
  5. Estágio proliferativo de baixo risco: de 2 em 2 meses
  6. Estágio proliferativo de alto risco: de 2 em 2 meses


Sou diabético. Qual a chance de eu ter retinopatia diabética ao longo da minha vida?
Um estudo norte americano que se iniciou em 1979 (Wisconsin Epidemiologic study of Diabetic Retinopathy) mostrou que:
Após 20 anos com diabetes tipo 1, 99% dos pacientes vão apresentar algum grau de retinopatia, contra 60% dos pacientes com diabetes do tipo 2.
Neste estudo 3,6% dos pacientes com DM tipo 1 evoluiram com cegueira, contra 1,6% dos com tipo 2.
Logicamente o controle glicêmico e tratamento adequado vão reduzir a chance de um paciente com diabetes desenvolver a retinopatia.


 
















Edição n.º 1018
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