sexta-feira, 28 de março de 2014

Lutando contra moinhos de vento


O público dos jornais é constituído por uma elite numerosa, mas cada vez mais órfã de jornalismo de qualidade. O leitor não quer, como é lógico, o que pode conseguir na internet. Ele quer conteúdo relevante: a matéria aprofundada, a reportagem interessante, a análise que o ajude, de fato, a tomar decisões. O jornalismo impresso deve ser feito para um público de paladar fino e ser importante pelo que conta e pela forma como conta.” (Carlos Alberto Di Franco, O Estado de S.Paulo, A2, 03/03)



       
Os mais jovens e “antenados” gostam das sensações mais imediatas de imagens e mensagens instantâneas. E, para isso, as mídias a serem usadas são a internet, as redes sociais e a televisão. Hoje, os jornais impressos não servem mais para contar o que se pode ver ali, na tela, no instante mesmo em que acontece.
Para quem queira entender melhor os contextos dos fatos, ou refletir criticamente sobre o mundo, a leitura de matérias de jornais impressos é uma forma de se atualizar com mais profundidade. O papel é um suporte que permite trabalhar algo que a internet, a televisão e a rede social não conseguem: um jornalismo com mais argumentos e outras explicações, feito com textos analíticos e interpretativos de articulistas creditados por suas respectivas especializações.
“Não é verdade que o público não goste de ler. O público não lê o que não lhe interessa, o que não tem substância, o que não agrega, ou não tem qualidade. Um bom texto, para um público que aprecia a imprensa que transmita informação de qualidade com inovação, talento, critério e ética, sempre vai ter interessados. Para isso são necessários articulistas com excelente formação cultural, intelectual e humanística: gente que leia literatura, seja criativa e motivada. O conteúdo precisa fugir do previsível”, diz Carlos Alberto Di Franco, Doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra .


Ao completar 18 anos, NOTÍCIAS continua a ser feito para um público de paladar fino, que reconhece o investimento em rigor e relevância “do que o jornal conta” e pela "forma como conta”, através dos textos dos seus articulistas.
Ainda que cada edição semanal exija uma luta contra muitos “moinhos de vento” bem mais reais que os imaginados por D. Quixote aqui representado pela bonita gravura feita por Portinari ,  o editor Tom Quixote continua usando e abusando de toda a sua capacidade física, intelectual e emocional para manter em circulação este veículo de comunicação social.
Para tanto, é fielmente escudado por seus Sanchos - articulistas Josefina Palácio, Wilson Vilela, Beatriz Sauerweing, Carlos Bissoto, Jéssica Cremon, Umberto Fabbri, Cristina Morse, Rosemeyre Moraes, Mônica de Paula, Kathryn Harrison e Yara Daniele, além de mim mesma.
Pelo apoio dado por seus dedicados colaboradores e pelos anunciantes durante esses 18 anos, NOTÍCIAS agradece.
E se propõe a continuar enfrentando todos os moinhos de vento - dificuldades para levar avante seu projeto de jornalismo de qualidade.    
         


CONVITE



Engolidos pela vida? Essa Não!...


 “Duas sementes descansavam, lado a lado, no solo fértil da primavera.
A primeira semente disse: Eu quero crescer! Quero enviar minhas raízes às profundezas do solo e fazer meus brotos rasgarem a superfície da terra...
Quero abrir meus botões como bandeiras, anunciando a chegada da primavera... Quero sentir o calor do sol em meu rosto e a bênção do orvalho da manhã em minhas pétalas!
E, assim, ela cresceu.
A segunda semente disse: Tenho medo! Se eu enviar minhas raízes às profundezas, não sei o que encontrarei na escuridão. Se rasgar a superfície dura, posso danificar meus brotos... E se eu deixar que meus botões se abram e um inseto tentar come-los? Se abrir minhas flores e alguém me arrancar do chão? Não é muito melhor esperar até que eu me sinta segura?
E, assim, ela esperou.
Uma galinha ciscando o solo à procura de comida encontrou e rapidamente comeu a semente que esperava por segurança.
E a segunda semente descobriu, tarde demais, que os que se recusam a correr riscos e crescer são engolidos pela vida”.




                                
É com o escritor Patty Hansen que podemos refletir sobre a grande verdade do enfrentamento que cada um de nós precisa fazer para viver com dignidade e sucesso.

Todos os dias semeamos e colhemos, na rotina do trabalho, na vivência familiar, nos encontros sociais, nos momentos de solidão, na comunicação e convivência com as pessoas...

O ato de semear é cheio de expectativas, de planos, de esperanças, de motivação, de ansiedade natural para desfrutar dos resultados da colheita. Quantas palavras, quantos gestos e olhares, quanto carinho espalhado na terra fértil dos corações amigos!

Mas... Se tivermos medo de semear? Se as inseguranças e preocupações excessivas nos impedirem de agir? O que será de nós e das nossas esperanças? O que será do nosso objetivo e das propostas que criamos? E os nossos sonhos?...

Não! É preciso dizer não ao temor, à preguiça, ao desânimo, à tristeza, à aflição, ao desalento, ao abatimento, às mágoas, aos sentimentos de culpa...

Somos corajosos para plantar e colher o que é melhor para nós e o que nos faz mais felizes e realizados.

Não vamos permitir que nos tirem a esperança, nos roubem a liberdade, nos tratem com opressão e desrespeito, nos impeçam de pensar.        

Queremos viver intensamente a riqueza que é a nossa vida para não sermos “engolidos” por ela.

Queremos crescer e superar os obstáculos que nos desafiam. Para isso podemos contar com a amizade dos que estão perto de nós e com a força que vem de Deus nosso Pai.
 










COMO CONVERTER UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO



De acordo com o último estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 36,4% da população que se declara “casada”, na verdade vive uma relação de união estável, ou seja, embora vivendo como marido e mulher, quase um terço dos casais não são casados legalmente, não formalizaram a união perante um cartório de Registro Civil.



Diferente do casamento, que tem início no momento em que o juiz declara que os noivos estão casados, a união estável não tem data inicial certa, pois consiste na convivência entre duas pessoas, como se casadas fossem, de forma contínua, duradoura e pública, com objetivo de constituir família.

Não provoca também, alteração no estado civil dos companheiros, os quais permanecerão como solteiros, separados, divorciados, viúvos ou casados, sendo certo que, não existirá união estável quando um dos companheiros é casado legalmente e com esta pessoa permanece convivendo como marido e mulher, mantendo com terceira pessoa, fora do casamento, relacionamento amoroso, mas existirá união estável se um dos companheiros, embora ainda legalmente casado, esteja separado (de corpos) de seu cônjuge.

Não há na união estável obrigatoriedade de qualquer documento para sua existência, como no matrimônio, em que a certidão de casamento é prova do vínculo. São os fatos cotidianos da relação que a caracterizam como estável, no entanto, poderão os companheiros, querendo, documentá-la através de escritura pública, declaração particular assinada por ambos ou sentença judicial, sendo que as escrituras públicas e as sentenças judiciais poderão, inclusive, ser registradas no Primeiro Cartório de Registro Civil do domicílio dos companheiros.

Ocorre, que por vezes, o casal que já vive em união estável, pretende casar-se civilmente, devendo, portanto, requerer ao Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais de seu domicílio que inicie seu Processo de Habilitação para Casamento ou Processo de Conversão de União Estável em Casamento.

O Processo de Habilitação em ambos os casos é idêntico: consiste na juntada pelo Cartório de Registro Civil de toda documentação exigida pela lei e que será apresentada pelos pretendentes juntamente com o testemunho próprio e de mais duas pessoas, as quais afirmarão não existir impedimentos para casamento entre os noivos.

Optando os companheiros pela Habilitação para o Casamento, após quinze dias contados do início do procedimento, o Oficial do Registro Civil expedirá Certidão de Habilitação para Casamento, válida para que os noivos se casem dentro de prazo de noventa dias, seja por celebração civil ou celebração religiosa com efeito civil.

Optando, porém, os companheiros pela Conversão da União Estável em Casamento, no décimo sexto dia, contados do início do procedimento, o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais expedirá a Certidão de Conversão de União Estável em Casamento, ou seja, sem necessidade de celebração civil perante Juiz de Casamentos.

O procedimento de conversão de união estável em casamento visa facilitar a regularização da situação civil de casais que embora vivendo como casados, não o são e ao mesmo tempo procura resguardar e dar publicidade ao tempo de convivência estável que tal casal manteve antes do efetivo matrimônio.














CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO



Prefeitura de Valinhos realizou coletiva para promover ação entre 
APAE e ACESA




A cidade de Valinhos vai assinalar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril, com uma série de atividades que estão sendo organizadas pelas entidades APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e ACESA (Associação Cultural Educacional Social e Assistencial) Capuava, com apoio da Prefeitura.

As ações do dia 2 de abril foram anunciadas em entrevista. Participaram do encontro, representantes das duas entidades; a Secretária da Saúde, Dra. Rita Longo, que destacou a importância de esclarecer, informar e chamar a atenção para a causa do autismo.

Os autistas pertencem a um grupo que permanece sem voz na sociedade e dependem do carinho de todos nós, pois não conseguem lutar pelos próprios direitos. Por essa razão, a conscientização é muito importante.

O presidente da ACESA, Vanilton Senatore, elogiou a postura da Prefeitura.  “Com esta coletiva, poderemos expor as atividades que serão promovidas no próximo dia 2 de abril e divulgar para que muitos munícipes participem dessas ações que serão direcionadas aos alunos da APAE e ACESA  em razão do Dia Mundial do Autismo, transtorno que afeta cerca de 70 milhões  de pessoas”.

“Esta ação entre APAE e ACESA, com o apoio da Prefeitura de Valinhos é extremamente importante, dentro das propostas de inclusão social promovidas pelas entidades. A participação dessas pessoas especiais junto à comunidade, escolas e mercado de trabalho se faz necessária para aumentar a conscientização dos munícipes”, declara o presidente da APAE, Edson Manzano.

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente – segundo as normas que regulam essas respostas).
  
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento. Atualmente já há a possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos casos.


ISENÇÃO DE IPTU


Veiga consegue aprovação do Projeto de Lei que concede isenção para pacientes com câncer e problemas nos rins.



Em sessão de 18 de março de 2014 foi aprovado por unanimidade pelos vereadores da Câmara Municipal de Valinhos o Projeto de Lei, apresentado pelo Vereador Veiga (DEM), que irá conceder isenção do IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana) a pacientes que se encontram em tratamento de neoplasia maligna ou nefropatia grave, ou seja, câncer e problemas nos rins.
A isenção do tributo, segundo o projeto de Veiga, será concedida apenas caso o imóvel em que resida a pessoa em tratamento da enfermidade mencionada seja o único de sua propriedade e que a renda familiar não seja superior a 33 UFMV’s (Unidade Fiscal do Município de Valinhos), o que equivale a R$ 4.250,73.
Veiga: “Agradeceu aos vereadores pelo apoio na aprovação por unanimidade do projeto de lei, e aguarda ser sancionado e promulgado pelo prefeito para que esta lei entre em vigor”.  




TURISMO RURAL EM VALINHOS

Em uma parceria entre a Prefeitura de Valinhos, o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e o Sindicato Rural, estão abertas as inscrições para um novo curso voltado à fomentação do Turismo Rural no município. O módulo ‘Monitoria na propriedade de Turismo Rural’ será ministrado nos dias 3, 4, 5 e 17 de abril, no Camping Macuco, parceiro do projeto.
 A participação no curso é gratuita, sendo o mesmo custeado pelo SENAR, com o apoio das demais entidades. São oferecidas 20 vagas, voltadas a proprietários de áreas rurais que buscam abrir suas propriedades para visitação de turistas, trabalhadores rurais, além de monitores e guias turísticos que queiram se aperfeiçoar neste segmento de turismo. A carga horária é de 32 horas. A única exigência é ter idade a partir dos 18 anos e ser alfabetizado.  
Inscrições - As inscrições poderão ser feitas até um dia antes do início da atividade, na sede do Sindicato Rural de Valinhos (Avenida Onze de Agosto, nº 1447 – Fone: 3849-3301) e no Departamento de Turismo, localizado na casinha de madeira do Parque Municipal ‘Monsenhor Bruno Nardini’ (Fone: 3849-5557).



















FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES SEM ENGANAÇÃO


“O pensamento do marketing está mudando de uma tentativa de maximizar o lucro para a empresa em cada transação, para maximização do lucro mútuo obtido de cada relacionamento.” – Philip Kotler



Até os primeiros anos do século XXI, participar de programas de fidelidade era privilégio apenas das classes A e B. Com o crescimento da nova classe média e seu consumo experimental de novas categorias de produtos, as marcas criaram versões de bonificação com foco neste público.
Clubes de vantagens consideram esta camada, na hora de elaborar suas estratégias. Deixaram de ser exclusividade de grandes marcas: lanchonetes, pet shops, lavanderias, salões de beleza e motéis criam suas próprias versões, oferecendo descontos no mês do aniversário ou um serviço grátis após determinada quantidade de contratações. Mas mesmo com tantas opções, a classe C ainda não se sente confortável, não identificando benefícios imediatos nestes programas.



A popularização desta prática começou com as milhas das companhias aéreas. Hoje, compras corriqueiras também contam, na hora de acumular pontos no cartão de crédito. Os bônus podem ser trocados por inúmeros produtos e/ou serviços. Desde sanduíches e recargas de celular a eletrodomésticos e eletrônicos. Os itens mais simples, que consequentemente exigem pontuações menores para efetuar a troca, são os mais procurados. Em 2012, 100 mil milk shakes do Bob's foram pagos com pontos do programa Dotz, segundo informações da empresa. A fidelização destes consumidores é o principal foco, já que são responsáveis pela movimentação de mais de R$ 880 bilhões por ano, que é o dobro da movimentação da classe B. Além disso, de acordo com uma pesquisa do Data Popular, 46% destes consumidores alegam não ter preferência de marca. Portanto, todo cuidado é pouco.



Para a classe C, não faz sentido esperar muito tempo por um benefício. “A satisfação deve ser mais imediata, porque essas pessoas entraram há relativamente pouco tempo no paraíso do consumo e querem desfrutar” – analisa Eliana Vicente, Antropóloga e especialista em consumo popular da Consumoteca. A atratividade está em economizar e visualizar este benefício, num curto espaço de tempo. Trocas instantâneas por produtos, crédito em roupas e descontos no mês de aniversário, são um exemplo de benefício rápido. Este modelo shopper, deixa o relacionamento mais palpável e interessante.
Consumidores não se deixam mais enganar. Soube que uma conhecida loja de cosméticos de São Paulo, oferecia nesta semana, uma caixa de tintura de cabelo de uma determinada marca, para o cliente que adquirisse um certo número de caixas do mesmo produto. E não é que na hora de pegar o ‘brinde’, alegaram que só havia disponibilidade de uma tonalidade escura, sendo que a cliente era loira – e havia várias caixas de tonalidade loira na prateleira?! Este tipo de atitude não apenas irrita o cliente, mas o espanta!





Democracia com responsabilidade



A democracia, dentre os regimes existentes e conhecidos, é o maior valor de uma sociedade livre e humanizada. Apesar da sua imperfeição, entre o ir e vir de experiências totalitárias e democráticas, ainda não se descobriu nada melhor desde os antigos gregos.

O tema parece oportuno, pois estamos a 50 anos do regime militar implantado no Brasil. Foram vinte anos de ditadura militar, e outros tantos anos para conseguir afirmar e consolidar a redemocratização no país. Por isso, não podemos ser reducionistas e achar que as soluções para os velhos problemas de corrupção e imoralidade devam ser resolvidos com o autoritarismo. Nesse sentido, toda vigilância se faz necessária para evitar retrocessos.

O que os brasileiros querem é uma democracia vigorosa, em que todos tenham garantidos as suas liberdades individuais e de associação, mas que também sejam cumpridas as leis e a ordem constitucional, pois democracia não é permissividade e anarquia, mas é liberdade com responsabilidade. E mais: democracia autêntica é cumprimento da lei, onde governantes e governados a ela se submetam. A democracia que vivenciamos necessita ser aprimorada para que o Brasil se torne próspero, ético e ofereça segurança para nele se viver.

É preciso que os brasileiros tomem consciência de como estão sendo governados e exijam satisfação e, sobretudo, respeito. É preciso que os governantes entendam, de uma vez por todas, que não têm vontade pessoal no exercício das suas funções públicas. Têm sim compromisso para com o povo que os elegeu. É preciso que os parlamentares integrantes do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, das Câmaras Municipais, se posicionem, questionem, cumpram o papel para o qual foram eleitos, para o qual receberam o voto do povo para representá-lo. 

É preciso, numa democracia pra valer, que sejam explicados todos os meandros dos empréstimos de financiamento de obras no exterior, em especial em Cuba, Venezuela e Angola. É preciso saber a extensão desses empréstimos e qual a razão deles serem aplicados nesses países. Muitos, senão a significativa maioria dos cidadãos brasileiros ficou sabendo somente agora que não foi apenas para se construir o Porto de Mariel, em Cuba, que o nosso suado dinheirinho foi empregado. Enquanto São Paulo e, principalmente, Salvador, sofrem com a falta de transporte via metrô, o BNDES financia completamente o metrô de Caracas.

Um parlamentar que não se cala e incomoda o governo (um dos poucos senão o único), o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), assim se pronunciou sobre essas questões: "Não se pode admitir que o governo faça empréstimos vultosos sem que aqueles que pagam impostos saibam de informações como o valor dos empréstimos, o prazo de carência para o seu resgate, taxas de juros. Não vejo outro assunto que revolte tanto a população como saber que o governo empresta dinheiro dos brasileiros para a construção de um porto em Cuba, para o metrô de Caracas, para a construção de uma hidrelétrica na Venezuela, entre outras tantas obras em países controlados por ditadores sanguinários".

O senador Álvaro Dias ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação direta contra a presidente Dilma Rousseff, o ministro Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para obter essas informações com base na Lei nº 12.527, de 2011 (Lei de Acesso à Informação) que, conforme preceitua em seu artigo 1º, tem a finalidade de “garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal”.

Caso o STF acate o pedido do senador Álvaro Dias, muita coisa deverá ser esclarecida, pois se calcula que o desvio de dinheiro público por intermédio desses “empréstimos” é tão grande que o Mensalão será completamente esquecido por ter sido apenas um “roubozinho” sem a “menor importância”. Não se pode esquecer que os empréstimos foram feitos em moeda estrangeira, dólares, bilhões deles! Se o Brasil tiver a sorte de ter como relator da matéria um ministro como Luiz Fux ou um Gilmar Mendes, os nossos atuais e ex-dirigentes (leia-se aqui presidente Dilma Rousseff e ex-presidente Lula da Silva) e o PT vão ter que explicar muita coisa.

Isto é democracia. Saber onde o dinheiro do povo é empregado e como. O dinheiro não é dos governantes; não é de quem governa; é do povo. O resto é ilusionismo, falcatrua (artifício que se usa para iludir pessoas ou fraudar alguma coisa)...












sexta-feira, 21 de março de 2014

“A Anunciação”




Para os cristãos, a Anunciação comemorada em 25 de março (nove meses antes do Natal) é o próprio momento da Encarnação de Jesus, quando o sopro divino é feito carne em Maria, colocando em ação o plano de Deus para a salvação da humanidade.
É esse exato instante que o pintor flamengo Jan van Eyck captou e reinterpretou, com grande precisão, enorme riqueza de detalhes e repleto de mensagens codificadas sobre o triunfo da nova fé sobre as velhas escrituras: através da encarnação humana de Cristo, a velha era da Lei (Antigo Testamento) é transformada na nova era da Graça (Novo Testamento).
No belo quadro a óleo “A Anunciação”, pintado entre 1434 e 1436, as formas parecem ter peso e volume, e luz e sombra interagem de modo natural, não no ambiente doméstico da casa de Maria, mas numa imponente igreja medieval, onde se destaca a textura de materiais tão distintos quanto a dureza de pedras do piso, das colunas e das paredes; a dos vidros das janelas; e a das joias do manto do anjo; contrastando com a frágil suavidade das pétalas dos lírios; a delicadeza da pele das personagens; e o tecido pesado das vestimentas.
Além de invocar um Deus de Amor, em vez de um severo Deus de Julgamento, a pintura está repleta de referências às velhas Escrituras e à vitória da nova fé, a Cristandade. Na estrutura da igreja, a única janela superior exibe um vitral representando Jeová, Deus dos judeus, enquanto, mais abaixo, as três janelas de vidro transparente simbolizam a Trindade dos cristãos: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Nessa pintura, dos lábios do arcanjo Gabriel vem o anúncio de que Maria vai gerar o filho de Deus, escrito em letras douradas: “Ave gratia plena (Salve, cheia de graça)”. Modestamente, ela responde com aceitação: “Ecce ancilla domini (Eis aqui a serva do Senhor)”, escrita de trás para a frente e de cabeça para baixo, para que a pomba (acima de sua cabeça) ‒ que representa o Santo Espírito ‒ possa ler.
A figura supradimensionada de Maria dentro da capela simboliza sua identificação com a Igreja, e os lírios aos seus pés se referem à sua pureza.
    

Há quase tantos quadros representando a Anunciação quanto os que representam o nascimento de Jesus Cristo.

Pela importância da data de 25 de março para os cristãos, NOTÍCIAS presta-lhes homenagem com este quadro pleno de beleza e significados. 

CONVITE




“É tão bonito pisar firme no chão da vida!”...


Quantas vezes ficamos abatidos e de certa forma desanimados porque aquilo que queremos alcançar ou realizar parece distante de nós! Parece difícil de conseguir. Falta-nos paciência para encarar a tarefa ou o compromisso e aceitar que o resultado não virá de um dia para o outro.
O relato simples e ingênuo do escritor N. Semonoff nos incentiva a valorizar a persistência que precisamos cultivar na vida. Conta ele: “Meu maior defeito, nos dias da minha infância, consistia em desanimar com facilidade quando uma tarefa qualquer me parecia difícil. Eu podia ser tudo, menos um menino persistente.
Foi quando, numa noite, meu pai me entregou um pedaço de madeira de pequena espessura e um canivete, e me pediu que, com este, riscasse uma linha em toda largura da tábua. Obedeci as suas instruções, e em seguida, tábua e canivete foram trancados na mesa de trabalho de papai.
A mesma coisa foi repetida todas as noites seguintes. Ao fim de uma semana eu não conseguia controlar mais minha curiosidade. Toda noite eu tinha que riscar com canivete, uma vez, pelo sulco que se aprofundava.
Chegou afinal um dia em que não havia mais sulco. Meu último e leve esforço cortou a tábua em duas.
Papai olhou fixamente para mim e disse: Você nunca acreditaria que isto fosse possível, com tão pouco esforço, não é verdade? Pois o êxito ou fracasso de sua vida não depende tanto de quanta força você coloca numa tentativa, mas da persistência no que faz.
“Foi essa uma lição impossível de esquecer, e que um garoto de dez anos podia aprender”.




Nesse tempo que estamos vivendo em que ouvimos e sentimos as dificuldades se avolumarem em vários setores da atividade humana, precisamos lembrar sempre da importância de nossa atitude de crença e persistência diante das situações.
Somos pessoas capazes de criar idéias novas, de escolher um caminho e acreditar nele. Somos fortes na vontade interior para prosseguir apesar das contradições, das muitas opiniões opostas, dos obstáculos que aparecem.
Acreditamos que ao levantar todos os dias com forte expectativa positiva podemos seguramente transformar os desafios em incríveis oportunidades de vitória. É tão bonito quando decidimos pisar firme no chão da nossa vida!
É preciso conhecer a nossa realidade, refletir sobre ela, fazer críticas sinceras e agir realizando os objetivos que queremos.
E, todos nós temos muitos dons, qualidades, inteligência, emoção, sensibilidade, poder de comunicação, capacidade de aceitação e compreensão...
O que fazer com tudo isso?
Temos a certeza que podemos contar sempre com a luz e a orientação que vem de Deus. Ele nos quer felizes e entusiasmados na busca “de fazer crescer” os talentos que possuímos e assim transformar para melhor as coisas que estão ao nosso redor.
 









      

Pai, vamos conhecer Valinhos? (Aderlene Maçaira)







“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” (Fernando Pessoa)

Relembrando
Adriano nasceu em Everdosa, Portugal. Quando beirava os doze anos, os pais quiseram vir para o Brasil.
Um navio cargueiro levou 19 dias para aportar em Santos.
São Caetano do Sul foi sua primeira morada, no Brasil.
O pai, ferreiro por profissão, malhava o ferro para fazer ferraduras e tantas outras peças, contando com a ajuda do menino Adriano, que manejava o fole para manter o calor da forja.
Atingindo a idade para trabalhar em indústrias que efervesciam naquela época, o jovem Adriano foi aprendiz de barbeiro e trabalhou também em fabricação de botões e chuveiros.
Inquieto para descobrir melhores oportunidades, com a mudança da família para o bairro de Tatuapé, na capital, Adriano se tornou feirante: sua banca de tomates se destacava por sua vontade expressa de servir bem!
Adriano não desistia de aceitar desafios difíceis, parece até que recebia as intuições do poeta Fernando Pessoa: Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


Em 1969, entre bancas de legumes e verduras, conheceu a jovem Alzira. Veio o casamento e depois vieram os filhos, Aderlene e Roberto.
Nesse período, o feirante já virara caminhoneiro, recolhendo grandes volumes de verduras e transportando-os para o entreposto CEASA.
Um dia, a menina Aderlene recebeu o pai toda entusiasmada: “Pai, passou por aqui uma perua gritando: figo roxo, delícia de Valinhos!” Lá em Portugal não tem figo? Vamos conhecer Valinhos, o senhor vai gostar!”


Aquela garota, hoje advogada, foi quem instigou Adriano a vir conhecer Valinhos.
E chegando aqui, a calma da cidade (na época com aproximadamente 43 mil habitantes) e o cheiro de figo maduro encantaram Maçaira! Na certa, ele deve ter se lembrado do adágio popular de Açores (território autônomo da República Portuguesa): “mais vale o cheiro do que o gosto!”
Então, ele decidiu: quero conferir o porquê desse meu deslumbramento!
Em 5 de agosto de 1978, Adriano retornou a Valinhos com toda a família, porque assumiria uma posição no planejamento do novo empreendimento familiar: a Empresa de Transportes Rápido Luxo.
Chegava o momento de relembrar das pedras guardadas, e construir seu “castelo” em terra firme.
Valinhos ainda não tinha uma Secretaria de Transporte que organizasse com modernidade e segurança o transporte coletivo do município, mas Adriano pesquisou e planejou trajetos, pontos e linhas até estar seguro de que Valinhos e as cidades vizinhas fossem bem servidas.
Com espírito altruísta, Maçaira se tornou um benemérito que, de braços abertos, se dedicou a atender reivindicações de entidades como APAE, Creche Tia Nair, Instituto Esperança, Pastoral do Menor.


Com espírito desportista, ele se filiou à Associação dos Muladeiros e a um cordão carnavalesco e sempre procurou estar presente a todas as festas, tanto as de clubes de bairros, como  a do Figo e Expogoiaba.
Atraído pela política, Maçaira candidatou-se, elegeu-se e, por três mandatos, foi atuante vereador na Câmara Municipal.
Em 1995, e antes que o projeto nacional fosse aprovado, ele apresentou um projeto de lei tornando obrigatório o uso do cinto de segurança em Valinhos, e os veículos a trafegarem durante o dia com luzes externas (farol baixo) acesas. Só o vereador Valdeci Luiz da Silva votou contra, na época alegando inconstitucionalidade do projeto, embora declarasse que não iria dirigir sem cinto de segurança.
Preocupado em prevenir o caos no trânsito de Valinhos, em 1996, Adriano Maçaira apresentou o projeto de Lei “Anel Viário de Valinhos”, que propunha um fluxo racional de veículos para o município.


Constatando a sua expressão de felicidade e dever cumprido é como se ouvíssemos desse agora português-valinhense os versos do português Fernado Pessoa recitados para Valinhos: Amo como ama o  amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo (Valinhos)?
O projeto dessa honraria, aprovado por unanimidade pelos vereadores, foi de autoria do vereador Lourivaldo Messias de Oliveira.



Adriano Maçaira se fez merecedor da homenagem por sua atuação como homem empreendedor, como ex-vereador e como atuante participante e apoiador de atividades culturais, sociais e beneméritas do município.