sexta-feira, 28 de março de 2014

Lutando contra moinhos de vento


O público dos jornais é constituído por uma elite numerosa, mas cada vez mais órfã de jornalismo de qualidade. O leitor não quer, como é lógico, o que pode conseguir na internet. Ele quer conteúdo relevante: a matéria aprofundada, a reportagem interessante, a análise que o ajude, de fato, a tomar decisões. O jornalismo impresso deve ser feito para um público de paladar fino e ser importante pelo que conta e pela forma como conta.” (Carlos Alberto Di Franco, O Estado de S.Paulo, A2, 03/03)



       
Os mais jovens e “antenados” gostam das sensações mais imediatas de imagens e mensagens instantâneas. E, para isso, as mídias a serem usadas são a internet, as redes sociais e a televisão. Hoje, os jornais impressos não servem mais para contar o que se pode ver ali, na tela, no instante mesmo em que acontece.
Para quem queira entender melhor os contextos dos fatos, ou refletir criticamente sobre o mundo, a leitura de matérias de jornais impressos é uma forma de se atualizar com mais profundidade. O papel é um suporte que permite trabalhar algo que a internet, a televisão e a rede social não conseguem: um jornalismo com mais argumentos e outras explicações, feito com textos analíticos e interpretativos de articulistas creditados por suas respectivas especializações.
“Não é verdade que o público não goste de ler. O público não lê o que não lhe interessa, o que não tem substância, o que não agrega, ou não tem qualidade. Um bom texto, para um público que aprecia a imprensa que transmita informação de qualidade com inovação, talento, critério e ética, sempre vai ter interessados. Para isso são necessários articulistas com excelente formação cultural, intelectual e humanística: gente que leia literatura, seja criativa e motivada. O conteúdo precisa fugir do previsível”, diz Carlos Alberto Di Franco, Doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra .


Ao completar 18 anos, NOTÍCIAS continua a ser feito para um público de paladar fino, que reconhece o investimento em rigor e relevância “do que o jornal conta” e pela "forma como conta”, através dos textos dos seus articulistas.
Ainda que cada edição semanal exija uma luta contra muitos “moinhos de vento” bem mais reais que os imaginados por D. Quixote aqui representado pela bonita gravura feita por Portinari ,  o editor Tom Quixote continua usando e abusando de toda a sua capacidade física, intelectual e emocional para manter em circulação este veículo de comunicação social.
Para tanto, é fielmente escudado por seus Sanchos - articulistas Josefina Palácio, Wilson Vilela, Beatriz Sauerweing, Carlos Bissoto, Jéssica Cremon, Umberto Fabbri, Cristina Morse, Rosemeyre Moraes, Mônica de Paula, Kathryn Harrison e Yara Daniele, além de mim mesma.
Pelo apoio dado por seus dedicados colaboradores e pelos anunciantes durante esses 18 anos, NOTÍCIAS agradece.
E se propõe a continuar enfrentando todos os moinhos de vento - dificuldades para levar avante seu projeto de jornalismo de qualidade.    
         


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