“Duas sementes descansavam, lado a lado, no
solo fértil da primavera.
A
primeira semente disse: Eu quero crescer! Quero enviar minhas raízes às profundezas
do solo e fazer meus brotos rasgarem a superfície da terra...
Quero
abrir meus botões como bandeiras, anunciando a chegada da primavera... Quero
sentir o calor do sol em meu rosto e a bênção do orvalho da manhã em minhas
pétalas!
E,
assim, ela cresceu.
A
segunda semente disse: Tenho medo! Se eu enviar minhas raízes às profundezas,
não sei o que encontrarei na escuridão. Se rasgar a superfície dura, posso
danificar meus brotos... E se eu deixar que meus botões se abram e um inseto
tentar come-los? Se abrir minhas flores e alguém me arrancar do chão? Não é
muito melhor esperar até que eu me sinta segura?
E,
assim, ela esperou.
Uma
galinha ciscando o solo à procura de comida encontrou e rapidamente comeu a
semente que esperava por segurança.
E
a segunda semente descobriu, tarde demais, que os que se recusam a correr
riscos e crescer são engolidos pela vida”.
É
com o escritor Patty Hansen que podemos refletir sobre a grande verdade do
enfrentamento que cada um de nós precisa fazer para viver com dignidade e
sucesso.
Todos
os dias semeamos e colhemos, na rotina do trabalho, na vivência familiar, nos
encontros sociais, nos momentos de solidão, na comunicação e convivência com as
pessoas...
O
ato de semear é cheio de expectativas, de planos, de esperanças, de motivação, de
ansiedade natural para desfrutar dos resultados da colheita. Quantas palavras,
quantos gestos e olhares, quanto carinho espalhado na terra fértil dos corações
amigos!
Mas...
Se tivermos medo de semear? Se as inseguranças e preocupações excessivas nos
impedirem de agir? O que será de nós e das nossas esperanças? O que será do
nosso objetivo e das propostas que criamos? E os nossos sonhos?...
Não!
É preciso dizer não ao temor, à preguiça, ao desânimo, à tristeza, à aflição,
ao desalento, ao abatimento, às mágoas, aos sentimentos de culpa...
Somos
corajosos para plantar e colher o que é melhor para nós e o que nos faz mais
felizes e realizados.
Não
vamos permitir que nos tirem a esperança, nos roubem a liberdade, nos tratem
com opressão e desrespeito, nos impeçam de pensar.
Queremos viver intensamente a riqueza que é a nossa vida para
não sermos “engolidos” por ela.
Queremos
crescer e superar os obstáculos que nos desafiam. Para isso podemos contar com
a amizade dos que estão perto de nós e com a força que vem de Deus nosso Pai.
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