No
dia 24 de fevereiro, a presidente Dilma Rousseff discursou na VII Cúpula Brasil-Europa,
em Bruxelas, que é a capital da Bélgica e também da União Europeia. Reunião
diplomática muito importante para o Brasil, posto que o objetivo do discurso da
presidente fosse possibilitar o avanço nas negociações para a assinatura de um
acordo de livre comércio. Esse acordo possibilitaria ao Brasil aumentar em 12%
as exportações brasileiras para o bloco da União Europeia.
O
acordo em questão alcança proporção ainda maior visto que o Brasil depois de
amarrar o Mercosul à ideologia bolivariana e permitir que a Venezuela e a
Argentina deem as cartas no referido organismo, não conseguiu, até agora,
celebrar um único acordo comercial com um parceiro de peso.
Mas
como atingir o objetivo buscado pela chefe de Estado brasileira, se o tradutor
simultâneo não teve, por certo, como entender o “dilmês”, idioma em que se
expressa a representante máxima do país.
Ao
iniciar o seu discurso, feito de improviso, a presidente se disse satisfeita
por estar presente na VI Cúpula, errando a edição do evento do qual estava
participando. Até aí tudo bem. Mas, vejam alguns trechos da sua fala (fonte:
Veja, edição 2.363, 5/3/14, pp. 62/63), que lembra o samba do crioulo doido, em
razão das frases sem nexo e da viagem onírica a mundo de fantasia, de ilusão.
“A Zona Franca de Manaus,
ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazônia.”
(Comentário do articulista: Manaus é a capital da Amazônia?).
“Ela (Zona Franca) evita o
desmatamento, que é altamente lucrativo — derrubar árvores plantadas pela
natureza é altamente lucrativo.” (Comentário do
articulista: as “árvores” são plantadas pela natureza?).
“Os homens não são
virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela
não é virtuosa, mas alguns homens e mulheres são, e por isso é que as
instituições têm que ser virtuosas.”
“Queria destacar a
importância da ligação entre o Brasil e a Europa por cabos de fibra óptica
submarinos. A ligação com a Europa significa uma diversificação das conexões
que o Brasil tem com o resto do mundo.”
“Nós consideramos como
estratégica essa relação, até por isso fizemos essa parceria estratégica.”
Realmente
é constrangedor, não fosse trágico. Que atitude é essa? Se quisermos falar
bobagem, problema nosso. Mas um chefe de Estado — nesse papel e condição —,
perante plateia altamente tarimbada não pode se dar a esse luxo. Não sabe falar,
não sabe se expressar, tenha humildade, não fale de improviso, leia o discurso
escrito. Isso não é brincadeira. O país pagou para que toda a comitiva
brasileira se deslocasse até a Bélgica para que a comandante suprema do país
ali fosse buscar parceiros. E o que se colheu disso? O que vocês, leitores, acham,
o que vocês podem concluir do despreparo da autoritária governante? Qual o
reflexo disso para o Brasil?
É
lamentável...
Movida pela arrogância dos que acreditam ter mais a ensinar do que a aprender, Dilma foi a Bruxelas disposta a dar as lições de moral típicas de seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acreditando ser uma estadista congênita, a presidente julgou desnecessário preparar-se melhor para representar de fato os interesses do Brasil...
ResponderExcluirRealmente é lamentável...
"Estimada Rosa Maria, o pior é que eu acredito que ela acredita nisso. Como você disse: é lamentável."
ExcluirW. Vilela