sexta-feira, 7 de março de 2014

Dá pra entender?!...





No dia 24 de fevereiro, a presidente Dilma Rousseff discursou na VII Cúpula Brasil-Europa, em Bruxelas, que é a capital da Bélgica e também da União Europeia. Reunião diplomática muito importante para o Brasil, posto que o objetivo do discurso da presidente fosse possibilitar o avanço nas negociações para a assinatura de um acordo de livre comércio. Esse acordo possibilitaria ao Brasil aumentar em 12% as exportações brasileiras para o bloco da União Europeia.

O acordo em questão alcança proporção ainda maior visto que o Brasil depois de amarrar o Mercosul à ideologia bolivariana e permitir que a Venezuela e a Argentina deem as cartas no referido organismo, não conseguiu, até agora, celebrar um único acordo comercial com um parceiro de peso.

Mas como atingir o objetivo buscado pela chefe de Estado brasileira, se o tradutor simultâneo não teve, por certo, como entender o “dilmês”, idioma em que se expressa a representante máxima do país.

Ao iniciar o seu discurso, feito de improviso, a presidente se disse satisfeita por estar presente na VI Cúpula, errando a edição do evento do qual estava participando. Até aí tudo bem. Mas, vejam alguns trechos da sua fala (fonte: Veja, edição 2.363, 5/3/14, pp. 62/63), que lembra o samba do crioulo doido, em razão das frases sem nexo e da viagem onírica a mundo de fantasia, de ilusão.

“A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazônia.” (Comentário do articulista: Manaus é a capital da Amazônia?).

“Ela (Zona Franca) evita o desmatamento, que é altamente lucrativo — derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo.” (Comentário do articulista: as “árvores” são plantadas pela natureza?).

“Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e mulheres são, e por isso é que as instituições têm que ser virtuosas.”

“Queria destacar a importância da ligação entre o Brasil e a Europa por cabos de fibra óptica submarinos. A ligação com a Europa significa uma diversificação das conexões que o Brasil tem com o resto do mundo.”

“Nós consideramos como estratégica essa relação, até por isso fizemos essa parceria estratégica.”

Realmente é constrangedor, não fosse trágico. Que atitude é essa? Se quisermos falar bobagem, problema nosso. Mas um chefe de Estado — nesse papel e condição —, perante plateia altamente tarimbada não pode se dar a esse luxo. Não sabe falar, não sabe se expressar, tenha humildade, não fale de improviso, leia o discurso escrito. Isso não é brincadeira. O país pagou para que toda a comitiva brasileira se deslocasse até a Bélgica para que a comandante suprema do país ali fosse buscar parceiros. E o que se colheu disso? O que vocês, leitores, acham, o que vocês podem concluir do despreparo da autoritária governante? Qual o reflexo disso para o Brasil?

É lamentável...




2 comentários:

  1. Movida pela arrogância dos que acreditam ter mais a ensinar do que a aprender, Dilma foi a Bruxelas disposta a dar as lições de moral típicas de seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acreditando ser uma estadista congênita, a presidente julgou desnecessário preparar-se melhor para representar de fato os interesses do Brasil...
    Realmente é lamentável...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. "Estimada Rosa Maria, o pior é que eu acredito que ela acredita nisso. Como você disse: é lamentável."

      W. Vilela

      Excluir