sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Um brasileiro honrado, simples e generoso



Teoria não é solução para os problemas sociais do Brasil. O que se precisa fazer é arregaçar as mangas, melhorar a administração das verbas e aplicá-las diretamente onde a questão é mais urgente. Por mais longa que seja a caminhada, estou sempre pronto a dar o primeiro passo e disposto a vencê-la. (Antônio Ermírio de Moraes)



Um dos mais importantes líderes empresariais do país, Antônio Ermírio de Moraes (1928-2014) foi um honrado cidadão brasileiro no mais verdadeiro sentido da palavra. Todo o seu conhecimento, toda a sua formação acadêmica e cultural, todo o seu patrimônio financeiro e todo o seu brilhantismo administrativo na gestão de uma grande indústria (a Votorantim), ele os aplicou também em ações voltadas para as áreas social, da saúde e artística. Por um breve período, em 1986, tentou seguir uma eventual carreira política, tendo se candidatado a governador de São Paulo. Perdeu para Orestes Quércia, mas seu permanente interesse pelo destino do país o levou a escrever três peças de teatro que viraram livros: “Brasil S.A.”, “Acorda, Brasil” e “S.O.S Brasil”.
Presidente de Honra do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde dois terços de internados são do SUS, Antônio Ermírio de Moraes esteve à frente da Instituição por mais de três décadas, participando ativamente do seu desenvolvimento e sendo figura determinante para que o hospital pudesse atingir a excelência no atendimento médico prestado à população. Ele defendia o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde (“O que o hospital mais precisa é de boa administração, o que requer tempo, dedicação, amor e trabalho diário”, dizia) e educação de qualidade para todos (com esse objetivo, ele ajudou programas educacionais tanto do governo como do setor privado).
Formado pela Colorado School of Mines (nos EUA), o Dr. Antônio Ermírio de Moraes era engenheiro metalúrgico e iniciou em 1949 sua carreira no Grupo Votorantim, do qual foi presidente de honra. Ele também foi o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955. Sempre foi exemplo e inspiração para todos, por seus valores: ética, honradez, respeito, generosidade, dedicação, empreendedorismo tudo exercido de maneira simples e discreta.



                                


Nas palavras de admiração de Gabriel Chalita (ex-secretário de Educação de São Paulo), “o maior legado de Antônio Ermírio não é o sucesso empresarial, é a simplicidade. Por isso, teve olhos de ver e mãos de ajudar”. Nas de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, “Antônio Ermírio de Moraes encarnava o que há de melhor no povo brasileiro. Apaixonado pelo país, era um homem empreendedor e de coração generoso. Expandiu seu grupo empresarial para mais de 20 países, em inúmeras áreas de atuação”. E nas do rabino Henry Sobel, "ele era um grande espírito, um homem profundamente humilde. E quanto mais poder ele acumulou, mais humilde ele ficou. Era um gigante fisicamente, espiritualmente e mentalmente".
No domingo passado, Antônio Ermírio de Moraes deu o primeiro passo para a longa caminhada até uma estrela de outra constelação. Que Deus o tenha!






















Edição n.º 950 - Página 01



Filosofia, Ciência e Política





Se estivesse fisicamente entre nós, Bezerra de Menezes estaria hoje, 29 de agosto de 2014, completando 183 anos.
Quando se fala em Bezerra de Menezes a maioria das pessoas o associa ao assistencialismo. O que mais se destaca em sua biografia é uma determinação em auxiliar. Ele deu, até mesmo, o seu anel de formatura para ajudar aos pobres. Em outra ocasião, doou o dinheiro do bonde e foi a pé para casa.
Essas histórias são reais, mas não esclarecem sua verdadeira personalidade.
Bezerra foi médico homeopata. O apelido “médico dos pobres” não significava, na época, que ele agia de forma assistencialista.
Os homeopatas, no tempo do Império brasileiro (1822-1889), sabiam da necessidade social da medicina atender ao povo e não só à elite. Criaram então, dezenas de clínicas para atendimento gratuito.
Isto aconteceu antes da chegada do Espiritismo no Brasil. Bezerra agia à maneira dos homeopatas.
O médico era bem informado. Estudou Filosofia com profundidade, lia livros importados de Paris, conhecia ciência e religiões.
Quando recebeu a primeira edição de O livro dos Espíritos, o que chamou sua atenção  foi a inscrição acima da primeira página: “Filosofia Espiritualista”.
Conforme descrito em Grandes Vultos do Espiritismo, de Paulo Álvares de Godoy, Bezerra estava no bonde, quando, com o livro nas mãos, comentou: “É ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo pra mim! Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava em O Livro dos Espíritos. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença.”
Depois de estudar profundamente a Doutrina, Bezerra, que já fora político famoso, assumiu publicamente sua condição de espírita. Algum tempo depois, passou a escrever uma coluna no mais lido jornal da época, O País, que tinha como diretor o senador Quintino Bocaiuva (1893-1912), que também acabou tornando-se simpatizante do Espiritismo.
















Edição n.º 950 - página 02

O juazeiro





“A natureza é sábia em nos mostrar exemplos de sucesso. Nos rincões do sertão nordestino existe uma árvore que, apesar do ambiente inóspito, seco, adverso, se mantém viçosa, verde e com a copa frondosa. Chama-se juazeiro. Seu verde chega a doer na vista, face o contraste que ela gera com o resto do ambiente tórrido. E isso ocorre unicamente porque o juazeiro tem raízes profundas, que vão buscar o alimento e a água necessários lá embaixo, lá no fundo”.

Às vezes acontece que sentimos tristeza e frustrações porque aquilo que fizemos ou pensamos, não deu certo. O resultado final não foi o esperado.
Que atitude nós tomamos? Tentamos sair da mediocridade, do fracasso, do negativismo? Ficamos desanimados ou partimos para a retomada do nosso projeto?
Essa volta ao ponto inicial e a reflexão sobre a caminhada feita, são importantes para localizar o que deve ser alterado, modificado, acrescentado ou retirado.
O esforço e a constância em tudo que fazemos e vivemos nos ajudam a conseguir o sucesso e a realização do nosso objetivo.
O empreendimento de qualquer natureza, simples ou complexa, exige de nós muita dedicação, vontade, organização e preparo mental.
É preciso, como o juazeiro, fincar as raízes no que acreditamos e somos, bem no profundo do coração e da mente, com convicção e entusiasmo.
É bom nos manter atentos e reciclar sempre as emoções, as motivações e os conhecimentos.
Que tenhamos a força interior para não parar no meio do caminho que traçamos, a fim de alcançar as nossas propostas.
Faz bem lembrar e refletir o pensamento de William James: “A maior descoberta de minha geração é que qualquer ser humano pode mudar de vida, mudando de atitude”.
E é de Deus nosso Pai que nos vem a luz e a força que precisamos para nos manter serenos e corajosos diante da vida e dos acontecimentos.   









Edição n.º 950 - Página 03    

SEGUNDA CAPTAÇÃO













Edição n.º 950 - Página 04

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA









Edição n.º 950 - Página 05


Processo Seletivo - Secretaria da Saúde











Edição n.º 950 - Página 06

VALOR E AÇÃO DO MARKETING


“O marketing é essencialmente uma conexão de pessoas com outras pessoas. Daí vem a força das marcas regionais, do mercado local. Cabe ao profissional de marketing tornar essas mensagens aplicáveis ao mercado nacional.”   Philip Kotler



O conceito de marketing, por incrível que pareça, é pouco conhecido. Muitos banalizam ou confundem seu significado. Ainda há quem acredite ser um plano bem elaborado para convencer o consumidor a comprar o que quer que se queira vender, mesmo que ele não queira – um produto, uma ideia, um serviço. E isto não é verdade. O marketing vai muito além do objetivo de efetuar uma venda, pois envolve a satisfação do consumidor, escolhas e qualidade de vida.
Nada que seja unilateral, se sustenta ou perdura. Foi-se o tempo da venda a qualquer preço, inescrupulosa, irresponsável, inconsequente. Hoje, só é enganado quem se deixa enganar, já que a informação está ao alcance de todos. As responsabilidades são compartilhadas, de forma bem democrática. A venda, em poucas palavras, visa a satisfação de todas as partes envolvidas, através da negociação – portanto, não pode ser unilateral. Se eu quero ter algo que você quer vender, precisamos chegar a um consenso, que envolve a análise dos famosos Ps do mix ou composto de marketing de produtos e serviços: preço, praça, produto, promoção, pessoas, provas físicas e processos.
Por ter ampla área de atuação, é exigido do profissional de marketing que tenha conhecimentos específicos, de acordo com o setor em que atua, ao mesmo tempo que precisa ter conhecimentos gerais sólidos, que possibilitem tomadas de decisão adequadas. Os mais conhecidos são o marketing cultural, político, digital, social e de relacionamento.
É mesmo verdade que nada é tão bom, que não possa ser melhorado, que novos conhecimentos e atualizações são imprescindíveis. Haverá, em 1º de setembro, em São Paulo, uma grande oportunidade para os profissionais de marketing ampliarem seus horizontes! A HSM apresenta o evento Philip Kotler e Grandes Nomes – Os novos desafios do marketing mundial em uma visão contextualizada e exclusiva para o mercado brasileiro.
Para mais informações e inscrições, seguem os contatos: Grande São Paulo (11) 4689-6666 | outras cidades: 0800-771-6606 | eventos@hsm.com.br
Para quem curtir a página da HSM no Facebook, tem desconto: https://www.facebook.com/hsmbr
Além de Kotler, Jaime Troiano, Walter Longo, Martha Gabriel, Fred Gelli e Renato Meirelles são os grandes nomes que têm presença confirmada no evento. Ideias trocadas, sempre podem vir a ser novas ideias! Sempre acreditei que vale a pena investir em educação, conhecimento e network.















Edição n.º 950 - página 07

Sobre as eleições



Nas eleições, você é o patrão. Escolha bem seus funcionários” 
(frase colhida da Internet).




Estamos em tempo de eleições. Os candidatos a Presidente da República, Senador, Governador, Deputados Federais e Estaduais, apresentam as suas propostas. O destino deste país continente para os próximos quatro anos será decidido nas urnas eletrônicas, exceto para Senador, cujo mandato é mais longo, de oito anos. Temos que ficar atentos. Não podemos, numa hora dessas, ficarmos indiferentes e omissos, ou pior ainda, optarmos pelo voto nulo e branco. É preciso que participemos do processo eleitoral como cidadãos, pois é assim que estaremos aperfeiçoando a nossa democracia. Daí a importância do voto, de fazermos nossas escolhas, afinal, temos muitas opções, e a democracia se faz assim, exercendo a nossa capacidade de escolha. Se escolhermos mal não culpe depois os políticos! Eles não têm culpa, pois se não fossemos nós, não estariam nos governando. A propósito, citando Platão: “não há nada de errado com aqueles que não gostam de política. Simplesmente serão governados por aqueles que gostam”. É simples assim!...

É indiscutível que, hoje, temos mais maturidade política, e também muito mais informações do que acontece à nossa volta, principalmente por conta das redes sociais, cujas notícias se espalham rapidamente e os sistemas ágeis de buscas facilitam o acesso a reportagens, documentos, livros, vídeos, áudios, enfim, não é por falta de informação que estaremos deixando de escolher certo diante do panorama que se nos apresenta. Tudo isso exige de nós que estejamos bem atentos, e façamos as devidas comparações: com o passado dos candidatos, com o que eles se propõem a fazer, e com o que é melhor para o País, em todas as instâncias do Poder. Por isso, vivemos um momento privilegiado no exercício da cidadania e não podemos deixar de fazer a nossa parte.
A cada eleição o povo vai ficando mais consciente e atento, por isso a importância de evitarmos a indiferença. O Brasil só alcançará um nível de desenvolvimento, com mais justiça social, educação e saúde, com qualidade, segurança etc., se soubermos, enquanto cidadãos, procurar nos interessar pelo que está acontecendo, nos informar, para fazermos a melhor escolha no pleito que se aproxima. É preciso, portanto, exercer a cidadania para o bem do Brasil. Devemos ter presente que quem ganha não é quem vence eleições, e sim quem vota com inteligência e, sobretudo, consciência. Como diz o Faustão, “tomara que vocês votem tão bem nas próximas eleições, como sabem votar no BBB”!

 











Edição n.º 950 - página 08

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Agosto: flores lá, horário eleitoral gratuito cá




A cada dois anos, em agosto, “brota” um tapete de um milhão de flores naturais (begônias), que se estende por 1800 m² na Grande Praça de Bruxelas, capital da Bélgica. Essa beleza efêmera dura apenas um fim de semana: o da Assunção (15 de agosto)!
E, por aqui, começa o horário eleitoral (que de gratuito não tem absolutamente nada, muito pelo contrário!) no rádio e na televisão: sem a mínima naturalidade, sem espontaneidade, sem colorido ou beleza, ele se estende por dois meses, até as eleições de outubro.


Em vista do começo da exposição dos candidatos a cargos políticos nos programas do horário eleitoral e levando em conta a coincidência de pontos de vista (dele e meu), transcrevo em seguida o que  escreveu o médico, psicanalista e colunista Francisco Daudt na Folha de S.Paulo (20/08).      
Por mais que queira deixar explícito meu repúdio específico na minha coluna, a política interna do jornal considera “cláusula pétrea” a não declaração de voto. No meu caso nem seria isso, seria uma declaração de não-voto. Por mais que tenha horror da má gestão econômica, da postura tirânica, da arrogância que não reconhece erros, do jeito de governar dando esporros, da interferência na vida dos cidadãos, do mau uso do dinheiro dos impostos, do aparelhamento da máquina inchada do Estado, dos investimentos mínimos, da maquiagem da inflação, da política externa vergonhosa manipulada por interesses ideológicos que servem ao partido e não ao país (como sempre havia sido a tradição do Itamaraty), tudo voltado para um projeto de eternização no poder, não posso declarar meu não-voto.”
Àqueles que, como o articulista da Folha, sentem-se enojados com os candidatos em geral e pensam em anular seu voto, explique-se que o voto nulo não é um voto de protesto, mas apenas facilita a vida dos aloprados, dos corruptos e/ou dos palhaços: quem for eleito, vai ser eleito com o percentual de votos válidos: se, de cem eleitores, oitenta anularem o voto, um candidato  pode ganhar com onze votos, como explica Francisco Daudt.
É hora de lembrarmos o que afirmou o político liberal britânico Lord Gladstone (1809-1898): “O homem honesto precisa ser tão atrevido quanto o canalha, ou este prevalecerá”.
Portanto, melhor votar no menos pior, pois alguém será eleito para governar ou para legislar.
Às urnas!















Edição n.º 949 - página 01

Relembrando o Conselheiro


 “Líder messiânico que prometia aos seus súditos uma terra ideal com “rios de leite e barrancas de cuscuz”, teve diversos nomes, quando chegou aos sertões da Bahia e do Sergipe, em 1874, aos 44 anos. Apresentava-se como Antonio dos Mares; Santo Antonio Aparecido; Santo Conselheiro e Bom Jesus Conselheiro. Sua Meta, na peregrinação pelos sertões, era erguer 25 igrejas.” (José Calasans, Historiador).





A Coordenadoria de Patrimônio Histórico-cultural do Estado do Ceará arregaçou as mangas e saiu à cata de valores, capazes de promover o tombamento e a reforma da residência de Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antonio Conselheiro (1830-1897), em Quixeramobim, para transformar o imóvel em Memorial do sertão cearense.
Após a reforma, o espaço foi aproveitado para eventos, exposições, palestras e também local de pesquisas e estudos.
Em 2006 foi reaberto o Teatro da Ribeira dos Icós, construção neoclássica, projetada em 1860 pelo médico e historiador francês Pedro Thebérge.
As reformas da residência de Antonio Conselheiro e do Teatro dos Icás foram possíveis graças aos patrocínios do Ministério da Cultura e do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID).
A imprensa escrita e televisiva dedicou significativo espaço para enaltecer a ação dos defensores da cultura do Estado do Ceará. Eles não esperaram acontecer, fizeram a hora: coletaram incentivos, para aplicá-los em benefício da preservação dos bens culturais.
Refrescando a memória, NOTÍCIAS lembra, mais uma vez, que em 1954 (precisamente há 60 anos, o nosso Adoniran Barbosa foi selecionado pelo diretor cinematográfico Lima Barreto, para estrelar o filme “O Sertanejo”, ao papel de Antonio Conselheiro.
Lamentavelmente, o filme não foi concluído, porque seria rodado na Vera Cruz e a companhia faliu.














Edição n.º 949 - Página 02

O FEIXE DE VARAS



Quando nos sentimos isolados, sozinhos, também nos sentimos mais fracos, desanimados, sem criatividade para romper as barreiras que surgem... Unidos, juntos, na convivência fraterna e amiga, somos fortes, entusiasmados em fazer crescer nosso empreendimento. A autoconfiança e auto-estima se robustecem e nos dão energia moral.
Ao refletir sobre essas atitudes, lembramo-nos do pai cujos filhos viviam brigando entre si. Ele tentava ensiná-los a evitar aquelas discussões bobas e sem fundamento de todos os dias, mas infelizmente seu esforço era em vão.
“Certo dia, cansado dos desentendimentos entre os filhos, chamou os garotos e mostrou a eles um feixe de varas, dizendo: Dou um prêmio para quem conseguir quebrar este feixe de varas”.
Cada um dos meninos tentou, curvando o feixe nos joelhos, no pescoço, sem conseguir quebrá-lo. Por fim, o pai, vendo o insucesso de ambos, desamarrou o feixe e partiu as varas uma a uma. E alertou: ‘Se vocês se mantiverem unidos, ninguém ousará lutar contra vocês’. No entanto, ‘caso se separarem, estarão perdidos.’ ”
No cotidiano da vida, em todas as circunstâncias e situações familiares, de trabalho, no grupo social, as dificuldades certamente surgem. Nesses momentos, vamos pedir ajuda e ser solidários.
Sempre que surge um problema, a criatividade pode ser uma ferramenta para solucioná-lo. É preciso manter a mente aberta em relação às pessoas e situações. Foi criativo o pai “ao desamarrar o feixe e quebrar uma a uma as varas”.
Quantas vezes precisamos agir de forma semelhante. Quebrar as dificuldades em partes menores e ir pouco a pouco derrubando cada uma delas. Ou reunir as forças que possuímos e com a ajuda dos outros resolver com sucesso o problema.
Nessa empreitada de todos os dias, podemos contar com a ajuda de Deus, nosso Pai. Ele nos conhece e nos ama, e está sempre presente.










Edição n.ª 949 Página 03

DEPRESSÃO - O MAL DO SÉCULO




A depressão é considerada por muitos o mal do século e o número de casos cresce vertiginosamente.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a depressão está entre as três doenças que prejudicam a qualidade de vida da Humanidade.
Em 2020 será a segunda doença responsável pela incapacitação profissional, afastando do mercado de trabalho mais trabalhadores do que a dependência química ou as doenças cardíacas.
A depressão pelo conceito médico é um estado de tristeza e apatia duradoura onde o indivíduo não encontra prazer em situações antes prazerosas. Os depressivos têm uma alteração na química cerebral, as sinapses não acontecem adequadamente, o que afeta a comunicação dos neurônios e consequentemente o equilíbrio orgânico.
Entre os sintomas encontramos a alteração de humor, do apetite, do sono e da libido.
As mulheres são acometidas duas vezes mais que os homens, muito provavelmente pelo alto grau de stress devido ao acúmulo de atividades.
Hipócrates – 377 A.C. disse que “existem doentes e não doenças”, o que nos leva a compreender que algumas doenças apenas refletem nosso estado emocional, são as doenças, psicossomáticas.
A falta do perdão, a mágoa, o ódio, as perdas, a revolta aos “nãos” da vida e a culpa, estão entre as maiores causas emocionais da depressão.
Nem sempre conseguimos enxergar as causas da depressão, é necessária uma profunda analise íntima para iniciar nosso processo de cura.
Identificando nossas limitações é possível o trabalho de contenção e educação de nossos sentimentos. Somente conseguimos mudar as situações negativas de nossas vidas modificando nossas ações e pensamentos para melhor.
É importante conhecer a depressão para combater o preconceito que muitos desenvolvem em buscar ajuda médica e o uso da medicação.
Quando diagnosticada, a depressão requer disciplina para seu tratamento no uso da medicação, na busca por mais qualidade de vida tais como alimentação mais saudável, exercícios físicos e boa convivência com familiares e amigos.












Edição n.ª 949 - Página 04

Muito mais que teorias: Exemplos!!



O papel de orientar uma criança é de extrema importância....
O primeiro contato da criança com o mundo é através de seus pais, ou com aqueles pelos quais a criança será criada, e é  a partir deste primeiro contato, que são construídos ao longo do tempo fatos que serão marcantes na vida do indivíduo.
Muito mais que obedecer ordens e ensinamentos, a criança absorve o comportamento que observa no seu dia a dia, na sua casa. Elas prestam atenção nos exemplos que damos em relação a todas as coisas, no modo como nos alimentamos, nos relacionamos com pessoas ou animais. 
As crianças aprendem o tempo todo com os pais. Talvez não ao que lhes é dito para fazer, mas certamente ao que de fato é feito. São o primeiro e mais importante exemplo a seguir. Os pais podem tentar ensinar valores, mas as crianças inevitavelmente absorverão aquilo que é transmitido através do comportamento, dos sentimentos e atitudes presenciadas na vida diária.
A maneira como expressamos e administramos nossos próprios sentimentos, torna-se um modelo que será lembrado pelos filhos, durante toda a vida deles.
Porém, também precisamos entender que podemos e devemos mostrar as melhores opções, mas certamente caberá unicamente a eles as escolhas pessoais. E o nosso papel então se transforma. Devemos apoiá-los, incentivá-los. Não caberá a nós escolhermos uma profissão para eles... nem tão pouco um (a)  namorado (a), religião ou modo de se vestir. 
Precisamos ter o maior cuidado, com o fato de que o exemplo a ser seguido não será necessariamente o melhor, mas sim daquele que estiver mais próximo à criança, ou seja, pai, mãe, avós, tios, irmãos, babás ou mesmo amigos da rua.
Seja qual for a condição social, precisamos oferecer um alicerce seguro e estável para nossas crianças, para que cresçam e possam contribuir para uma boa formação social. Esse alicerce se concentra principalmente no bom equilíbrio emocional da família, onde impere o respeito, apoio e colaboração mútua.


















Edição n.º 949 - Página 5