É impressionante como nos
dias de hoje, apesar de tanta informação, os casais ainda se confundam e se
esqueçam de que, quando há uma separação, as crianças não devem ser atingidas.
Ainda mais da forma agressiva, como infelizmente costuma acontecer.
Lógico que quando não há
mais amor, respeito e entendimento, o melhor a fazer é o casal se separar. Mas
quando existem os filhos... aí a coisa complica!
É preciso entender que
filhos são para sempre, mesmo que o casamento seja dissolvido. Que a ligação
pai/filho(a) e mãe/filho(a) é necessária em todas as fases do desenvolvimento
da criança. Cada um cumpre um papel importantíssimo, e isto tem que ser
respeitado.
Já falei aqui do absurdo
que é o uso dos filhos como moeda de troca, como pressão para liberação de
pensão. Mas quando há o distanciamento, quem
sofre o maior dano é a criança, que acaba se sentindo culpada pela separação,
culpada pelo distanciamento, normalmente do pai.
Este é o grande problema,
na maior parte das vezes. A separação desorganiza o cotidiano dos filhos, que
se sentem esquecidos e abandonados pelo pai, já que normalmente é ele quem
deixa o lar. Crianças e adolescentes acabam se tornando rebeldes, têm dificuldade
no relacionamento com outras crianças e no ambiente escolar, prejudicando
severamente os estudos. Em muitos casos, tudo isto acaba ocasionando descontrole
emocional.
O
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 4º, atribui como
dever da família, ao lado da comunidade, da sociedade em geral e do Poder
Público, assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à
convivência familiar e comunitária.
Já
o artigo 227, da Constituição Federal, que consolida como dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta
prioridade, todos os direitos fundamentais, dentre os quais, o direito à
convivência familiar.
Que nesta data
tão especial, possamos nos orgulhar por deixarmos o maior dos legados aos nossos
filhos – o entendimento da importância do amor e respeito aos pais – que são
valores essenciais na formação da personalidade e do caráter.
Aproveito
também para agradecer ao nosso Pai maior, pela oportunidade de estar com meu
pai lúcido e são, tendo se recuperado tão rapidamente da cirurgia à qual se
submeteu em abril.
Feliz Dia dos Pais!!!
Nós te amamos, Tom Santos!
Edição n.º 947 - página 05
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