sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Pais separados...



É impressionante como nos dias de hoje, apesar de tanta informação, os casais ainda se confundam e se esqueçam de que, quando há uma separação, as crianças não devem ser atingidas. Ainda mais da forma agressiva, como infelizmente costuma acontecer.
Lógico que quando não há mais amor, respeito e entendimento, o melhor a fazer é o casal se separar. Mas quando existem os filhos... aí a coisa complica!
É preciso entender que filhos são para sempre, mesmo que o casamento seja dissolvido. Que a ligação pai/filho(a) e mãe/filho(a) é necessária em todas as fases do desenvolvimento da criança. Cada um cumpre um papel importantíssimo, e isto tem que ser respeitado.


Já falei aqui do absurdo que é o uso dos filhos como moeda de troca, como pressão para liberação de pensão.  Mas quando há o distanciamento, quem sofre o maior dano é a criança, que acaba se sentindo culpada pela separação, culpada pelo distanciamento, normalmente do pai. 
Este é o grande problema, na maior parte das vezes. A separação desorganiza o cotidiano dos filhos, que se sentem esquecidos e abandonados pelo pai, já que normalmente é ele quem deixa o lar. Crianças e adolescentes acabam se tornando rebeldes, têm dificuldade no relacionamento com outras crianças e no ambiente escolar, prejudicando severamente os estudos. Em muitos casos, tudo isto acaba ocasionando descontrole emocional.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 4º, atribui como dever da família, ao lado da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público, assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária. 
Já o artigo 227, da Constituição Federal, que consolida como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, todos os direitos fundamentais, dentre os quais, o direito à convivência familiar. 
Que nesta data tão especial, possamos nos orgulhar por deixarmos o maior dos legados aos nossos filhos – o entendimento da importância do amor e respeito aos pais – que são valores essenciais na formação da personalidade e do caráter.
Aproveito também para agradecer ao nosso Pai maior, pela oportunidade de estar com meu pai lúcido e são, tendo se recuperado tão rapidamente da cirurgia à qual se submeteu em abril.
Feliz Dia dos Pais!!! Nós te amamos, Tom Santos!  

 
e Filha!










Edição n.º 947 - página 05


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