Iniciou sua carreira política em 1984 como vice-coordenadora da Central Única dos Trabalhadores no Acre. No ano seguinte,
filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi eleita
pela primeira vez a um cargo público nas eleições de 1988, quando
foi a vereadora mais votada de Rio Branco.
Nas eleições de 1990, foi
eleita deputada
estadual, novamente com a mais expressiva votação. Nas eleições gerais de 1994, foi
eleita senadora, aos 36 anos, tendo sido reeleita
no pleito de 2002. Nomeada Ministra do
Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro de 2003, ficou no cargo até 13 de maio de 2008. Foi candidata à Presidência da República em 2010 pelo Partido Verde (PV), obtendo a terceira colocação no
primeiro turno, com mais de 19 milhões dos votos válidos (19,33% da porcentagem
total). Sua atuação pela preservação do meio ambiente lhe rendeu reconhecimento
internacional, tendo recebido uma série de prêmios internacionais, como o "Champions of the Earth" da Organização das Nações Unidas (ONU), por
sua luta para proteger a Floresta Amazônica. Pela criação do Programa de
Áreas Protegidas da Amazônia Regional, Marina foi premiada com o “The Duke of Edinburgh's Award” da ONG internacional WWF. Um ano mais tarde, recebeu em Oslo, na Noruega,
o prêmio Sophie, da Sophie Foundation. Marina foi lembrada pela Fundação
Príncipe Albert II de Mônaco e recebeu o Prêmio sobre Mudança Climática, também
por causa de sua atuação na área e pelas iniciativas para criar um desenvolvimento
sustentável. Em 2013, foi eleita pela Revista Época,
uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil e foi incluída em uma lista de 10
brasileiros que foram notícias no mundo naquele ano, elaborada pela BBC Brasil. Foi chamada pelo jornal The New York Times de "ícone do movimento
ambientalista".
Com a morte há uma semana de Eduardo
Campos em trágico acidente de avião em Santos, Marina, que era candidata à
vice-presidência da República na chapa do PSB, foi
confirmada como candidata à Presidência pelo partido no seu lugar. O deputado
gaúcho Beto Albuquerque das fileiras
originais do PSB será o vice da chapa. Quando essa decisão foi anunciada
em caráter definitivo no diretório do partido em Brasília, os militantes
e lideranças do partido entoaram "Eduardo
presente, Marina presidente!"
Agora, no campo político, é provável que Marina Silva apareça com intenção de voto um pouco acima da intenção de Eduardo Campos. É provável que se aproxime de Aécio Neves, o candidato do PSDB, mas não o supere, ao menos não agora. Se crescer um pouco, sem retirar eleitores do tucano de Minas Gerais, aí o segundo turno estará mais garantido. No momento, existe a possibilidade de Dilma Rousseff (PT) ser eleita no primeiro turno. Com a entrada de Marina Silva no jogo, e não mais como coadjuvante, cresce a possibilidade de segundo turno.
Ao passo que Eduardo Campos era aberto a alianças não ortodoxas
e, portanto, ouvia e dialogava mais, com Marina Silva o PSB fica mais
“fechado”. A líder da Rede Sustentabilidade, um partido dentro do partido,
parece acreditar que é possível governar um país com e para os “escolhidos”.
Marina Silva é uma política que não parece política — parece mais uma
missionária religiosa que planeja salvar uma comunidade de “escolhidos” — e
isto pode agradar a fatia, cada vez maior, de eleitores que não toleram
políticos profissionais.
Enfim, vamos ver como fica a situação com o transcorrer do tempo
que, diga-se de passagem, está muito curto, pois as eleições estão aí. E como
diz o sábio ditado popular, “de urna, cabeça de juiz e de bumbum de bebê nunca
sabe o que vai sair”!...
Edição n.º 949 - página 08
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