sexta-feira, 15 de agosto de 2014

PENSAR É TRANSGREDIR – ESCREVER E TRABALHAR, TAMBÉM PODE SER...

  
“Porque o amor, do jeito que pode ser, é o caminho da liberdade e da grandeza – é a nossa única possibilidade de salvação.”
Lya Luft – extraído da obra Pensar é Transgredir



       

Há alguns anos, passeando entre inúmeros livros, chamou minha atenção o título Pensar é transgredir. Gostei. Autoria de Lya Luft – então, não tive dúvidas. São crônicas deliciosas, inquietantes, que convidam “a transgredir a monotonia, a mesmice, a acomodação e a futilidade, refletindo sobre várias questões que poderiam ocorrer a qualquer um de nós.”
Lya Luft começou sua carreira literária aos 41 anos. Continua, até hoje, produzindo pérolas. E pensar que os gestores do mercado de trabalho muitas vezes excluem os mais maduros, sem considerar o potencial latente, o talento. Precisamos, com urgência, fugir das armadilhas criadas por estereótipos, preconceitos, unanimidades burras. Um dos textos deste livro, fala justamente sobre a imagem do Brasil no exterior, transmitida pelos próprios brasileiros:
“Em uma feira do livro de Frankfurt, no espaço brasileiro, o que se via eram livros (não muito bem arrumados), muita caipirinha na mesa, e televisões mostrando carnaval, futebol, praia e... mato.
E eu, mulher essencialmente urbana, escritora das geografias interiores de meus personagens neuróticos, me senti tão deslocada quanto um macaco em uma loja de cristais.
Mesmo que tentasse explicar, ninguém acreditaria que eu era tão brasileira quanto qualquer negra de origem africana vendendo acarajé nas ruas de Salvador. Porque o Brasil é tudo isso.
E nem a cor de meu cabelo e olhos, nem meu sobrenome, nem os livros que li na infância, nem o idioma que falei naquele tempo além do português, me fazem menos nascida e vivida nesta terra de tão surpreendentes misturas: imensa, desaproveitada, instigante e (por que ter medo da palavra?) maravilhosa.” – e o livro segue assim, recheado de delícias, sabores e cores.



Assim como brasileiros não são só samba e caipirinha, há muito tempo que pijamas e pantufas deixaram de ser o que melhor representa quem está na chamada terceira idade. Esta significativa parcela da população (23,5 milhões de habitantes acima dos 60 anos, dos quais 80% são aposentados), está mais ativa e mais saudável, com maior disponibilidade de tempo e recursos. Moda, alimentação, turismo, entretenimento e tecnologia despertam interesse e motivam consumo significativo.
Esta faixa etária é exigente, detalhista e tem gosto pelo planejamento. Segundo pesquisa realizada pela Consumoteca, o tripé que sustenta a nova identidade dos seniores é: Participação – Informação – Qualidade de Vida.
São informações importantes, que mostram tanto potencial de consumo, como potencial de trabalho e produção. Atitudes diferentes precisam ser tomadas, tanto pelos gestores da área de Recursos Humanos, como das áreas de Marketing e Vendas. Cargos, produtos e serviços adequados à terceira idade podem transformar e melhorar significativamente a nossa sociedade.






       

      





Edição n.º 948 - página 07

Nenhum comentário:

Postar um comentário