sexta-feira, 30 de maio de 2014

Florença, Pisa e Lucca



Cortada pelo rio Arno (1) e uma das cidades mais lindas da Itália, Florença é o berço da Renascença, e é famosa por sua arte e arquitetura. O centro histórico da cidade (2) abriga palácios, igrejas, museus e monumentos extraordinários: entre inúmeros outros, o Davi de Michelangelo, o Duomo, a Ponte Vecchio, a Galleria degli Uffizi, a igreja de Santa Croce, a Piazzale Michelangelo, de onde se tem uma vista incrível da cidade!
Além disso, é um lugar de grandes negócios, símbolo da criatividade e do gosto  italianos: há as lojas dos grande estilistas e as butiques de jovens emergentes; há também lojas de antiquários, de artesãos, e de ourivesaria que expõem seus maravilhosos produtos na própria vitrine.
Os artistas Rafael Sanzio e Michelangelo Buonarroti trabalharam aqui e têm algumas de suas obras mais famosas expostas em Florença, o que, por si só, já impõe uma visita à belíssima cidade.




Pequena, mas com monumentos memoráveis, Pisa é famosa pela Praça do Duomo (também conhecida por Praça dos Milagres) (3), patrimônio mundial da UNESCO. Chega-se à praça através da Porta Nuova, nas famosas muralhas que datam do século XII e que cercam praticamente toda o centro histórico da cidade.
Nesse lugar se encontram os principais monumentos de Pisa: um harmonioso grupo de edifícios de beleza ímpar do qual fazem parte, além da famosa Torre Inclinada (construída entre 1173 e 1350), a Catedral (ou Duomo), o Camposanto e o Batistério.
Um dia vagueando por Pisa enche a vista e o coração de alegria!



       
        Uma parte da cidade de Lucca ainda fica contida dentro das impressionantes e maciças muralhas renascentistas (4). Hoje em dia, elas servem como um passeio ou parque circular de aproximadamente quatro quilômetros de extensão, por onde se anda a pé ou de bicicleta. O apelo para se visitar a cidade é o aspecto de elegância à antiga de suas ruas e praças. Na igreja de San Giovanni acontecem concertos noturnos em que a música operística do compositor Giacomo Puccini, nascido em Lucca, é executada.



        Não seria interessante se, em Valinhos, as composições populares de Adoniran Barbosa, filho dessa cidade, fossem executadas em praças públicas ou no recinto do Parque Bruno Nardini para alegrar as noites dos finais de semana dos valinhenses?






Parabéns Valinhos!







Brindamos o aniversário de Valinhos, na quarta-feira 28 de maio, servindo como brinde sobremesa, o delicioso Bolo Valinhos, som sabores de nossas deliciosas frutas.









MUDANÇA DE RUMO




Um viajante tinha de percorrer a pé uma grande cadeia de montanhas. Ele não conhecia o caminho e sentia medo.
Conseguiu um mapa detalhado da região, que mostrava com clareza todas as estradas, trajetos e trilhas. Disse a si mesmo: “Esse mapa vai ser útil, mas se eu pudesse viajar acompanhado de um guia local, alguém que conhece o caminho, me sentiria mais seguro”.
Para sua sorte, o viajante encontrou um habitante da região que estava indo para o mesmo lugar e conhecia bem a rota. Os dois partiram então juntos, um do lado do outro. O viajante levava seu mapa e conferia todas as voltas e curvas que faziam. Ficou satisfeito de ver que seu companheiro seguia exatamente o itinerário marcado no mapa.
De repente, para susto do viajante, seu guia tomou um rumo diferente do que mostrava o mapa.
“Amigo, esse caminho não está no mapa e por isso tenho receio de segui-lo. Se nos perdermos, vamos acabar morrendo no meio dessas montanhas.”
Seu companheiro explicou: “Você não sabe, mas um deslizamento de terra destruiu recentemente o caminho indicado no seu mapa, que agora não está mais acessível. Não se preocupe, confie em mim mais que em seu mapa. Vou lhe mostrar outro caminho, se você me seguir”.
O viajante se recusou. “Não, não o seguirei! Como você me vem dizer para seguir uma rota que não existe no mapa? Sinto-me muito mais seguro obedecendo ao meu mapa”.
“Confie em mim amigo. Vivi nestas montanhas a vida inteira. Nasci aqui, cresci aqui. Sei onde estou indo. Você estará seguro me acompanhando”.
Mas o viajante não se convenceu. “Desculpe-me, mas se você insistir em fazer esse trajeto diferente eu vou seguir sozinho pelo meu caminho. Confio mais no meu mapa do que na sua palavra”.
O viajante e seu companheiro se separaram. O viajante partiu com o mapa na mão, enquanto o outro se guiava pela experiência. O habitante local chegou ao destino desejado. “Quanto ao viajante, ninguém sabe o que lhe aconteceu”.





Quantas vezes, no cotidiano da vida, ficamos indecisos em tomar novo caminho ou continuar naquele que estamos acostumados! Nesses momentos precisamos confiar na nossa experiência, na nossa intuição e inspiração.
Por que é tão difícil, nos deixar guiar por outra pessoa mais experiente ou que tem mais conhecimento do que nós? Talvez seja o medo de perder o controle da nossa caminhada... É difícil fazer a mudança de rumo...
É necessário que tenhamos sempre a disposição para o diálogo, para a troca de idéias. É preciso quebrar o isolamento. É hora de sair de si mesmo e olhar e aceitar as opiniões dos outros. Nem sempre somos capazes de seguir sozinhos ou de acertar constantemente.
Quando nos libertamos da responsabilidade de estar certo o tempo todo, aí, podemos aprender com os outros.
Em todos os setores da vida, e hoje mais do que nunca, precisamos nos aproximar das pessoas, criar laços de amizade, de entendimento e de comunicação.
Que sejamos pessoas acessíveis, para que os outros se sintam bem conosco. Que nossa atitude expresse a vontade de estabelecer confiança e reciprocidade.
Deus, nosso Pai, nos dá forças para o coração e a mente, e nos ajuda a escolher o caminho que devemos seguir, mesmo com os “deslizamentos de terra” que acontecem no percurso.
     












Clube do Livro












60ª Romaria de Valinhos ao Santuário do Bom Jesus de Pirapora Dias 20/ 21 e 22 de junho





Convidamos os romeiros de Valinhos e região a participarem da 60ª manifestação de fé dos homens desta cidade, em prol da paz do mundo, com bênção espiritual.
·        Dia 20, às 7 horas – saída do espaço da Festa do Figo, com benção. Em seguida, os animais serão embarcados e depois desembarcados em Santa Clara - Jundiaí.
·        A romaria estará em Pirapora às 16h.
·        Dia 21, às 19h – celebração da Santa Missa.
·   Dia 22, às 7h – regresso com parada em Santa Clara. Os animais serão desembarcados no recinto da Festa do Figo.

        A Diretoria não se responsabilizará por acidentes que possam ocorrer com animais, viaturas e pessoas, durante a romaria.
·        Organização: Associação dos Muladeiros de Valinhos.
·        Diretor Espiritual: Pe. Dalmirio Djalma de Amaral.
        A partir de maio, Domingos Gonçalves Dias tomou posse como presidente da Romaria e como vice, assumiu Márcio Luiz Fagnani.




VISITA SURPRESA

       A visita do prefeito Clayton Machado na sede dos muladeiros mereceu o aplauso de todos.

       Na oportunidade, Adriano Maçaira, presidente e membro atuante da Associação dos Muladeiros, comunicou a doação de um terreno de 700 m², para a comunidade do Parque Portugal vivenciar a prática do uso comunitário do espaço. O sonho da administração de recursos privados, em parceria com o poder público, agora pode se tornar realidade, graças ao ato benemérito de Adriano Maçaira


Cine Viva Itália











QUE COMECE POR MIM, POR VOCÊ, POR NÓS



“Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que ao cumprirmos nossas obrigações, permitimos que o outro exerça também seus direitos.” – www.significados.com.br






O significado amplo de cidadania é o que a torna possível. Porque é um conceito que vai além dos direitos civis, porque é o que torna viável o bom desenvolvimento social.
No final de 2012 a Rede Nossa São Paulo lançou a campanha “Eu sou Cidadão Paulistano”. Mas basta conhecê-lo um pouco mais para perceber que é aplicável a qualquer município. O texto conceito diz:
“Todo mundo quer uma cidade boa para viver. Onde locomover-se seja mais simples, respirar seja mais saudável, olhar seja mais bonito, divertir-se seja acessível. Uma cidade que inspire caminhos e cuidados, que surpreenda e que convide a uma vida urbana mais acolhedora, criativa e sustentável.

Uma cidade mais feliz. Essa cidade pode ser São Paulo. Não depende só das grandes medidas, agentes ou decisões.
A cidade que queremos está ali fora, esperando pelo gesto interessado e cuidadoso de cada um de nós. Reconhecer esse poder individual é o primeiro passo em direção a uma grande mudança.

Inúmeros exemplos internacionais mostram: a cidade que sonhamos é possível. Mas ela precisa de todos nós... Não será de uma hora para outra. Mas pode começar agora.”
Mudemos o nome da cidade e fica simples compreender que a mudança está ao alcance de todos. Que, na verdade, é responsabilidade de cada cidadão. Nos detalhes do cotidiano, exercemos a cidadania. E, se não o fizermos, impedimos que os outros o façam. O que começa por mim, interfere em você, e passamos do individual ao coletivo. Do singular ao plural.
Imagem do desenho do artista Stephen Wiltshire, que é autista e tem memória fotográfica. Em 2009 desenhou NY, depois de sobrevoar a cidade por 20 minutos... Incrível!

Enquanto este conceito não se alastrar, não há poder público que dê jeito. O comprometimento de cada um de nós se reflete nos rumos da nação. Nasce no lar, vai para a escola e para todas as comunidades das quais participarmos, durante a vida.
Temos o direito e o dever de acreditar que é possível. Agir com o máximo de coerência entre pensamento e ação está ao alcance de todos. Então, mãos à obra!


























Acorda Brasil!






Há mais de uma década o PT governa o País: oito anos com Lula e quase quatro anos com Dilma. Convenhamos, é muito tempo. E o que fez o governo do PT nesse tempo, o que está deixando para o Brasil? O que o país está colhendo desse governo?

Só para dar um exemplo rasteiro, um simples exemplo, a compra pela Petrobrás da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos, gerou um rombo de US$ 1,934 bilhão, se somados todos os valores mencionados por gestores da estatal, considerando o custo da compra do empreendimento, de US$ 1,249 bilhão, mais as despesas para manter o refino de petróleo numa unidade sucateada. Isso significa dizer que a Petrobrás torrou, com a conivência do governo, R$ 4,3 bilhões do nosso dinheiro. Haja dinheiro. E o rombo não para de crescer. Um verdadeiro assalto aos cofres da Nação.

E a coisa não para por aí. Desde o início do governo da presidente Dilma, em 2011, a Petrobrás perdeu 180 bilhões de reais em valor de mercado. Hoje, a Petrobrás vale 179 bilhões de reais, uma queda de mais de 50% em três anos. Nove entre as dez maiores companhias de petróleo do mundo ganharam valor desde a crise financeira global de 2008, segundo um ranking da consultoria IHS. A única que perdeu foi a Petrobrás.

No governo Dilma a dívida da Petrobrás aumentou 3,4 vezes. Chegou a 223 bilhões de reais neste ano. Uma das principais causas é o congelamento do preço da gasolina, que obriga a empresa a vender o produto no Brasil por um valor mais baixo do que o pago para importá-lo, assunto que, aliás, já comentei nesta coluna.

Quando da sua eleição Dilma se utilizou da propaganda de ser uma administradora competente, que gerenciava como ministra da Casa Civil, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). No poder, como vimos, a ‘”presidenta” mostrou que não é tão competente assim. Dilma não consegue — ou não quer — cortar os gastos públicos. Enquanto o Ministro das Finanças da Inglaterra, George Osborne, reduz drasticamente os gastos públicos, o ministro da Fazenda do Brasil não se atreve a cortar esses gastos, como o programa Bolsa Família, que na verdade são eleitoreiros. O governo não quer agir com medo de perder votos dessa população carente e sofrida, que não percebe que está sendo usada, manipulada.

A realidade é que esse pessoal do PT, com sua forma populista e assistencialista de governar e que faz a festa de milhões de analfabetos e alienados deste imenso Brasil, inebriados com os benefícios recebidos — e que a classe média paga em forma de recolhimento de tributos (impostos, taxas, tarifas etc.) —, está grudado no osso e parece que não será desalojado tão facilmente do Palácio do Planalto, onde está instalado com toda a patrulha ideológica que o sustenta.

Acorda Brasil!













sexta-feira, 23 de maio de 2014

As manipulações do poder



O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas. Isso é feito com inundações de informações insignificantes, para manter o público ocupado, sem nenhum tempo para pensar. A estratégia é indispensável para impedir que o público, com a atenção distraída, se interesse pelos verdadeiros problemas sociais.”



O linguista americano Noam Chomsky elaborou uma lista das “10 estratégias de manipulação” por meio da mídia, a primeira das quais, “a estratégia da distração", é a que serve de epígrafe a este texto.
Vale reproduzir as demais, aqui.
A segunda é “criar um problema para causar certa reação no público, a fim de que este exija as medidas que se deseja fazer aceitar. Depois oferecer soluções”. Por exemplo: criar uma crise econômica para fazer aceitar, como um mal necessário, o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

A terceira é a “estratégia da gradação”: “para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos, em vez de aplicá-la de uma só vez”.
A “estratégia do deferido” é a quarta, mostrando que “outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo dolorosa e necessária, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura, já que é mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.
“Dirigir-se ao público como a crianças de pouca idade” é a quinta. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza “discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma pessoa de 12 anos ou menos, e não tivesse senso crítico”.

Fazer uso do “aspecto emocional” é outra técnica clássica, a sexta, para causar um curto circuito na análise racional, e por fim à capacidade de reflexão dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para induzir comportamentos ou implantar ideias, desejos, compulsões, medos e temores.
As demais estratégias (7ª, manter o público na ignorância e na mediocridade; 8ª, estimular o público a ser complacente na mediocridade; 9ª, reforçar a revolta pela autoculpabilidade; 10ª, conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem)  desenvolvem as anteriores, resumindo que “ utilizando tal manipulação, através da mídia, o sistema exerce controle e poder sobre grande parte dos indivíduos”.

O romancista brasileiro Luiz Ruffato reconhece, cheio de razão que, invisível, acuada por baixos salários e destituída das prerrogativas primárias da cidadania moradia, transporte, lazer, educação e saúde de qualidade , a maior parte dos brasileiros sempre foi peça descartável na engrenagem que movimenta a economia. Historicamente habituados a termos apenas deveres, nunca direitos, sucumbimos numa estranha sensação de não pertencimento: no Brasil, o que é de todos não é de ninguém...”, como bem ilustram as charges anexadas.
        Está chegando a hora de o respeitável público mostrar que sabe, sim, o que quer e do que precisa, depositando o seu voto limpo e confiante para mudar “tudo isso que está aí”.





Buscando inspiração no poema de Gonçalves Dias (canção do exílio) e do Hino de Valinhos...





Minha terra tem figo roxo
e um gigante jequitibá
maritacas, andorinhas
bem-te-vi encontro eu lá

minha terra tem mais fontes
tem vales e Pau-Brasil
plantado com minhas mãos
há trinta anos, numa tarde de abril

muitas estrelas vejo à noite
mais prazer encontro eu lá
na terra do figo roxo
e do meu gigante jequitibá


minha terra tem sabores
que tais não encontro eu cá
tem goiaba e figo roxo
e a turma da Nona a me cuidar


minha terra tem artistas
que não se encontra em outro lugar
Como Marcos Guimarães e sua obra pra admirar
Adoniran filho ilustre feito em bronze pra eternizar


não permitiu Deus que eu morresse
sem que eu voltasse para cá
sem que desfrutasse dos amigos
que não encontro em outro lugar
sem qu'inda avistasse Adoniran, Pau Brasil
o figo roxo e o tal Jequitibá!!!



Tom Santos










A Grande Provocação.


Havia um rei muito autoritário que fingia ser democrata e amigo, para conhecer melhor os seus súditos e eliminar os mais críticos. Por essa razão, de vez em quando, perguntava aos seus ministros: “Que acham da minha atuação como rei? Estão contentes com a minha forma de governar?”.
Quase em coro, todos os seus ministros respondiam: “Certamente, majestade. O senhor é um rei muito sábio, o mais sábio de todos os que conhecemos!”.
Apenas um ministro duvidou e, no fim atreveu-se a dizer: “Já que pergunta com sinceridade, porque quer a nossa colaboração para governar com maior responsabilidade, atrevo-me a dizer: “Não acho que certas decisões sejam atitudes sábias de governo.”
“Por quê?”, perguntou o rei com alguma curiosidade e agressividade dissimulada.
“Porque o senhor nomeou herdeiro da coroa o seu irmão mais novo. Isto vai trazer problemas. Não acho que tenha sido a melhor decisão.”
O rei tentou controlar a raiva, mas não conseguiu conter-se e, no fim, com uma inequívoca e explosiva cólera, respondeu: “Se você não está de acordo com o que eu decidi, digo que não pode nem deve colaborar comigo. E, além disso, mandarei vigia-lo.” Diante dos outros ministros destituiu-o, sem qualquer justificativa.
Alguns dias mais tarde, perguntou de novo aos seus ministros: “Acham que, para além de forte, como um rei deve ser também sou bondoso e atuo com benevolência?”.
Um ministro quebrou o silêncio e respondeu: “Penso que sua majestade é um rei muito bondoso”.
“Porque diz isso?”, perguntou o rei.
“Porque os bons reis têm ministros fiéis e leais, fiéis a si próprios e fiéis ao seu rei. Sua majestade vivenciou de maneira sábia a destituição do seu ministro porque ele falou o que pensava, mas depois de ver a sua fidelidade e coragem, pode demonstrar-lhe a sua bondade devolvendo-lhe o cargo, a sua confiança e amizade.”
Enquanto ouvia tudo isto, o rei ia percebendo que tinha governado muito mal, mas não disse nada. Apenas mandou chamar o seu antigo ministro. E diante de todos restituiu-lhe o cargo. Aquele que acabava de falar manteve-se no seu posto e os outros foram demitidos, pois, o rei zangou-se com a covardia, as adulações e falta de sinceridade.

                        

Vivemos numa sociedade em que a adulação, a covardia, o jogo de interesses e a inveja se misturam com a honestidade, a sinceridade, a confiança, a clareza de sentimentos, a ética...
Corremos esse risco!
E por isso, precisamos recorrer sempre à escuta do nosso coração e da nossa consciência. Quais são os nossos valores? O que consideramos importante para conviver com as pessoas e nos sentirmos bem e respeitados?
Aos que ocupam cargos de decisão e detém poder sobre a atuação dos outros, esta responsabilidade aumenta. O diálogo é um grande recurso para conhecer as pessoas e escolher o melhor caminho. E a humildade é necessária, para reconhecer os enganos e os julgamentos errôneos e precipitados.
É necessário manter a coragem, a inteligência, a coerência, a sensibilidade...  Que elas estejam sempre presentes e vivas.
A convivência humana é uma grande provocação! Queremos participar dela, com toda força, com todo entusiasmo!
Que sejamos sempre iluminados para ouvir e falar, para sentir, pensar e agir na direção das coisas que acreditamos.