sexta-feira, 26 de junho de 2015

Colhendo o amargo fruto plantado


Com o cinismo que seus admiradores preferem interpretar como “visão pragmática” das questões políticas, Lula endossou de modo geral as críticas feitas por seus interlocutores ao governo, a Dilma e ao PT. Embora permissivo quando se trata de si próprio, da família e dos amigos, Luiz Inácio Lula da Silva se comporta com uma arrogância e uma presunção que o levam a colocar-se sempre acima do bem e do mal.” 
(Editorial, O Estado de S.Paulo, 23/06)



“Lula está tentando salvar a sua pele, fingindo que quer salvar o PT. Todo o desvario de Lula nos últimos dias tem a ver com a Lava-Jato, que o pega em momento de fragilidade do governo, do PT e de sua própria figura, antes inatacável, hoje exposta às críticas da opinião pública. Toda a crise petista tem a ver com Lula, foi ele quem levou o partido para acordos políticos deletérios, em nome de um pragmatismo político que cobra seus custos. O aparelhamento do Estado, uma das características do governo petista desde o primeiro momento, bem como a ampla coalizão partidária sem nexo programático e sem cobranças morais, que acabou em mensalões e petrolões foram estratégias montadas por Lula e José Dirceu para tomar conta do poder central”, escreveu Merval Pereira (O GLOBO, 24/06)
Já o  jornalista Elio Gaspari (O Globo, 24/06) ironiza: “Nosso Guia, Lula, essa metamorfose ambulante, apresentou-se com uma nova roupa. Dizendo-se "velho" e "cansado", defendeu uma "revolução interna" no Partido dos Trabalhadores. Ele não está falando sério quando diz: "Não sei se é defeito nosso ou do governo". Se acha que o defeito pode ser do governo, e não "nosso", acredita que alguém seja capaz de separar um do outro. Diz mais: "Eu acho que o PT perdeu um pouco de sua utopia". Casos como o do assassinato de Celso Daniel, o "mensalão" e as petrorroubalheiras dificultam a percepção de que o PT tenha perdido só "um pouco de sua utopia".
Na Folha de S.Paulo do dia 24, Bernardo Mello Franco escreve: “As críticas do ex-presidente Lula atacaram o governo Dilma e acusaram o partido de ter envelhecido e só pensar na ocupação de cargos. As críticas à sigla que fundou e à presidente que alojou em seu lugar demonstram irritação, destempero e temor com os avanços da Lava Jato.
E Dora Kramer afirma (O Estado de S.Paulo 24/06): “O mundo está desabando ao seu redor e o ex-presidente Luiz Inácio da Silva fica ali, impávido, dando lição de moral como se nada tivesse a ver com o desmonte em questão. É um esperto, sobretudo, no que tange ao ofício da enganação. Tudo na medida de suas conveniências: surpreende pela desonestidade de ação e pensamento. Ele desqualificou, dobrou apostas, agrediu, alimentou a cizânia, disseminou a ideia de que o exercício da oposição era sinônimo de golpismo”.
A articulista Eliane Cantanhêde (O Estado de S.Paulo, 24/06) reconhece: “Nunca antes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou tão cabalmente a máxima do senador Cristovam Buarque sobre ele: “Tudo o que é bom foi o Lula quem fez; tudo o que dá errado é culpa dos outros”. Valeu para o mensalão, vale para o petrolão, vai valer para os erros crassos do governo Dilma Rousseff”.
O Editorial do Estadão termina assim: “Subiu na vida pública transformando os adversários políticos em inimigos a serem destruídos. E agora demonstra uma consternação hipócrita: “Jamais vi o ódio que está na sociedade. Família brigando dentro de família, companheiro do PT que não pode entrar em restaurante...”. Lamenta, com lágrimas de crocodilo, estar colhendo o amargo fruto que plantou”.
Convenientemente, o ex-presidente se esqueceu de quem instaurou o “nós contra eles” e “o ódio que está na sociedade”.     Para ele e os que não se lembrem, basta olhar a foto tirada por Emmanuel Pinheiro (Folhapress) em 2002!
E agora, chegou a hora da colheita das vinhas da ira.













Edição n.º 993 - página 01

Prefeitura traz para Valinhos Sebrae Móvel


Serviço itinerante ficará ao lado do Poupatempo, em frente ao Paço Municipal, com atendimento de 2ª a 6ª feira das 10h às 16h



Por meio de parceria entre a Prefeitura e o Sebrae, Valinhos recebe na próxima semana, entre  segunda e sexta-feira (29, 30/6, 1, 2 e 3/7), a viatura móvel do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas que ficará em frente ao Paço Municipal das 10h às 16h, junto com o Poupatempo.
O objetivo da ação é levar informações sobre empreendedorismo e gestão empresarial aos valinhenses, facilitando o acesso a leis e procedimentos, para estimular a formalização de MEIs - Microempresários Individuais - e capacitação das já existentes nas questões de gestão empresarial.
Segundo o secretário de Assuntos Internos, Luciano Caciato, outras ações estão sendo planejadas no local, tais como o programa ‘Ação Saúde’, que teve início na semana passada com informações sobre saúde e bem-estar da população. “O valinhense que vier até o Paço Municipal nestes dias poderá usufruir de diferentes serviços”, afirmou.
Para o prefeito Clayton Machado, essa junção de serviços vem facilitar a vida do valinhense.“Vamos propiciar uma gama de serviços ao valinhense, que já se deslocou por conta do Poupatempo, ou ainda, para aqueles que estão pensando em abrir seu próprio negócio. É mais uma parceria de sucesso que o município conseguiu viabilizar”, destacou o prefeito Clayton Machado.
O atendimento dos serviços, Sebrae, Poupatempo e Ação Saúde, é gratuito e feito por ordem de chegada.

Sebrae: 43 anos de apoio aos pequenos empresários
O Sebrae faz parte de um sistema criado em 1972 - Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (Cebrae) vinculado ao Governo Federal. A partir de 1990, a entidade transformou-se num serviço social autônomo, denominado Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae.
Formalmente, trata-se de uma entidade civil sem fins econômicos, que tem em seu conselho administrativo representantes da iniciativa privada e do setor público. Essa composição visa sintonizar as ações que buscam estimular e promover as empresas de micro e pequeno porte com as políticas de desenvolvimento econômico e social.
Constitui-se, portanto, numa instituição que prepara os micro e pequenos empresários para obterem as condições necessárias para crescer e acompanhar o ritmo de uma economia competitiva.











 Edição n.º 993 - página 02





Armadilha?... Estou fora!



“Conheço uma antiga história a respeito de três cegos que encontraram um elefante. Quando lhes foi pedido que descrevessem o animal, cada um disse uma coisa diferente. Um afirmou que o elefante era como uma grande mangueira; o segundo, que ele parecia um cabo de vassoura; e o terceiro, que ele se assemelhava ao tronco de uma árvore. Cada um descreveu o animal a partir da sua perspectiva.
Nenhum deles estava certo ou errado. Todos estavam expondo o “seu ponto de vista pessoal”.

                             

É comum todos os dias, vivermos situações em que sentimos a nossa limitação na capacidade de perceber as coisas que estão bem diante dos nossos olhos.
Muitas vezes, nossos julgamentos sobre as pessoas e as coisas se baseiam em informações distorcidas pelo nosso jeito de ser, e que não correspondem necessariamente à realidade.
O temor que sentimos por não conhecer completamente o que vemos ou o que acontece ao nosso redor, nos leva a julgar e rotular pessoas e coisas. Esse medo do desconhecido nos conduz a condenar o que não compreendemos.
Ah! Se nossos políticos se alertassem para esse detalhe! E pensar que vivemos o século da mídia e da comunicação! Porque então tudo se faz no escuro, às portas fechadas, nos conchavos, na sombra?!... Por onde anda a transparência dos atos públicos?
Que Deus, nosso Pai, nos liberte das armadilhas dos julgamentos errôneos. Que tenhamos a clareza possível e necessária nas atitudes do cotidiano para nos sentirmos tranquilos...


















Edição n.º 993 – página 03 

Lei nº 5.216





Agora é Lei o projeto de autoria dos Vereadores Aldemar Veiga Junior e Israel Scupenaro com o objetivo de desburocratizar o poder público e desonerar o contribuinte.

Foi sancionada pelo excelentíssimo senhor prefeito Clayton Roberto Machado e publicada na imprensa oficial do dia 19 de junho a Lei nº 5.216 que traz novas medidas para a redução de IPTU sobre a servidão de viela sanitária, destinada à canalização de esgotos sanitários e escoamento de águas pluviais.
Já estava previsto na lei que, o contribuinte que tem em seu imóvel viela sanitária, com dimensões superiores a 30,00m², há redução de 50% no valor do IPTU referente à faixa da viela.
Com essa lei, de autoria dos Vereadores Aldemar Veiga Junior e Israel Scupenaro, a redução será lançada pelo próprio poder público para novos empreendimentos e para os antigos o contribuinte deverá requerer uma única vez.
Essa alteração tem o objetivo de desburocratizar o sistema público e facilitar o procedimento tributário para o contribuinte do IPTU, proprietário do imóvel com direito a redução.











Estão sendo promovidas orientações em saúde e exames como teste 'Peak Flow' de aferição de pressão arterial no Paço Municipal

Desde a última quinta-feira, 18/06, está sendo realizado, ao lado do Poupatempo Móvel, o programa Ação Saúde, destinado à população. As atividades, que ocorrerão até o próximo dia 8/07, são promovidas pela Prefeitura, por meio das secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social e Habitação, de segunda a sexta-feira, das 10h às 15h.
Nesta terça-feira, 23/06, serão promovidas orientações sobre dengue, febre maculosa e animais peçonhentos. Dando sequência à ação, na quarta-feira, 24/06, serão realizadas orientações sobre tabagismo e saúde bucal.
Já na quinta-feira, 25/06, ocorrem novamente orientações sobre dengue, febre maculosa e animais peçonhentos serão passadas para os participantes do programa.
Fechando a programação da semana, na sexta-feira, 26/06, será realizado nos munícipes o teste de ‘Peak Flow’, que mede a eficácia do pulmão e vai indicar quão abertas estão as vias respiratórias.  O teste será destinado aos tabagistas e pessoas acima de 40 anos de idade.
De acordo com a secretária de Saúde, Rita Longo, até o dia 8/07 serão realizados os seguintes procedimentos: aferição de pressão arterial, orientações sobre saúde bucal, dengue e atividades físicas.
“Está sendo uma ótima oportunidade para propor orientações e efetuar exames de saúde nos munícipes enquanto eles realizam procedimentos de retirada de documentos. Eles acabam resolvendo dois problemas em uma única oportunidade”, comemorou Rita Longo.
O Ação Saúde está localizado junto ao Poupatempo Móvel - em frente ao Paço Municipal (Rua Antônio Carlos) e funciona de segunda a sexta-feira das 10h às 15h. Informações pelo telefone 3829-5155.



 Edição n.º  993 - página 04


NÃO QUERO COMER!!!



Esse é um problema de muitas mães. Muitas crianças  se recusam a comer verduras, frutas... Não gostam de experimentar novos sabores. Mas então o que podemos fazer?
Uma boa ideia seria levar as crianças à feira,  ao mercado central ou mesmo ao sacolão. O que importa é que o local tenha bastante variedade de aromas e sabores, para que a criança se sinta atraída pelas cores e cheiros. Se puderem provar pedacinhos de frutas então, melhor!
Se isso não for possível, vamos usar a imaginação  ou até mesmo copiar ideias da internet, para criar pratos divertidos, coloridos e fáceis de preparar.
Vamos escolher  o cardápio, separar os ingredientes, e permitir que a criança sozinha desenhe sua comida e arrume com criatividade os alimentos em seu prato.

Dessa forma, despertará nela o interesse pelo planejamento da próxima refeição e se tornará um prazer comer.  
Há um número crescente de crianças que estão apresentando  colesterol elevado, obesidade, e outros problemas advindos da má alimentação e sedentarismo.  Pensando nisso, um canal infantil, juntamente com uma empresa que comercializa planos de saúde, se uniram para combater este mal e nesse intuito disponibilizaram para download um “Guia Nhac!” – novos hábitos de alimentação para crianças, que ensina, de forma divertida, como uma alimentação saudável faz bem.
Infelizmente nem sempre resolve, mas é uma tentativa divertida!
Boa Sorte!!















Edição n.º 993 – página 05

A estiagem está aí.
















Edição n.º 993 – página 07

A LUCIDEZ DAS IMAGENS



“As imagens do inconsciente são apenas uma linguagem simbólica que o psiquiatra tem por dever decifrar. Mas ninguém impede que essas imagens e sinais sejam, além do mais, harmoniosas, sedutoras, dramáticas, vivas ou belas, enfim constituindo em si verdadeiras obras de arte.” – Mário Pedrosa, crítico de arte











A psiquiatra alagoana, Dra. Nise da Silveira, foi a idealizadora e fundadora do Museu de Imagens do Inconsciente, que teve sua origem nos ateliês de pintura e de modelagem da Seção de Terapêutica Ocupacional, e foi inaugurado em maio de 1952, no Rio de Janeiro. A direção é de Luiz Carlos Mello, (que fez a curadoria para a mostra do Redescobrimento - Brasil, 500 anos), e contou com a presença de Gladys Schincariol e Eurípedes Júnior.



Recentemente, Luiz Carlos Mello lançou o livro “Nise da Silveira - Caminhos de uma psiquiatra rebelde”, que foi um dos orientadores para o cineasta carioca Roberto Berliner filmar o longa metragem Nise (título provisório), estrelado pela atriz Glória Pires, no papel da médica, pioneira por adotar um tratamento alternativo para a doença mental. O psiquiatra suíço Carl Jung conheceu e se entusiasmou com o trabalho da médica brasileira.



Tive o privilégio de conhecer algumas das peças produzidas por pacientes esquizofrênicos encarcerados, durante a mostra Brasil 500 anos. Foi inesquecível! As peças de Arthur Bispo do Rosário, foram as que mais encantaram. Suas obras, reconhecidas internacionalmente, foram expostas na prestigiada Bienal de Veneza e em museus do mundo todo. Vale a pena conhecer mais a fundo sua história de vida e arte – mesmo sendo vítima de tão grave doença, é intrigante e fascinante!


















Edição n.º 993 – página 07

        

Redução da maioridade penal: ilusão ou solução (parte 2)




Mesmo com todas as considerações anteriormente comentadas na parte 1, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos. Pela primeira vez, um órgão parlamentar reconhece que a matéria não afronta a Constituição e pode continuar sua tramitação no Congresso Nacional, permitindo ampliar o debate sobre essa questão tão delicada e polêmica.
Assim, de acordo com o parecer da CCJ da Câmara, a redução da imputabilidade penal, hoje fixada em 18 anos pelo artigo 228 da Constituição, pode ser alterada por emenda à Carta, uma vez que não está entre os direitos e garantias individuais elencados no artigo 5º, esses, sim, imutáveis.
De forma que devemos enfrentar o mérito da proposta. Deverão os delitos cometidos por jovens entre 16 e 18 anos, independentemente de sua gravidade, do grau de discernimento e periculosidade de seus autores, serem sancionados tão somente pelas medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), entre as quais a internação por no máximo três anos? Ou será preciso buscar uma maior correspondência entre as condições do delito e a gravidade das punições?
Faz um ano, um jovem brasiliense matou sua namorada com um tiro no rosto, pretextando ciú­mes. Filmou o assassinato com o celular, compartilhou as imagens nas redes sociais e ocultou o cadáver. Faltava apenas um dia para ele completar 18 anos. Preso no dia seguinte foi julgado com base no ECA e será posto em liberdade quando completar 21 anos, sem que nada conste em sua folha de antecedentes. Caso o crime tivesse ocorrido um dia depois, já aos 18 anos, não escaparia de uma condenação com base no Código Penal por homicídio muitas vezes qualificado. Poderia permanecer na prisão por 30 anos.
Fatos como esse, ainda que felizmente não sejam frequentes, exigem maior adequação do sistema penal aos dias de hoje. Por que, então, a redução para 16 anos? A partir dos 16 anos, o jovem vota se quiser, seu testemunho é aceito em juízo e pode ser emancipado, inclusive sem consentimento dos pais, se tiver economia própria. O Direito brasileiro reconhece, assim, que a partir dos 16 anos o adolescente tem condições de assumir a responsabilidade pelos seus atos.
Por isso é legítimo o debate que se abre agora: redução pura e simples da idade-limite para a aplicação da lei penal para os 16 anos (nos termos da proposta da Câmara dos Deputados) ou a redução da maioridade penal apenas em casos de excepcional gravidade, conforme emenda apresentada em 2012 pelo senador de São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira, quando o assunto não estava estampado nas manchetes, hoje considerada uma PEC que oferece um “caminho do meio” a essa discussão. Essa proposta do senador paulista mantém a regra geral da imputabilidade aos 18 anos, mas permite sua redução em casos excepcionais, mediante uma criteriosa análise do juiz e do Ministério Público, perante a Vara da Infância e da Juventude. Essa análise é chamada pelo autor dessa PEC de “incidente de desconsideração da inimputabilidade penal”.
Dessa maneira, diante de uma denúncia envolvendo um menor de 18 e maior de 16 anos, que tenha cometido uma infração capaz de ser enquadrada como crime hediondo ou múltipla reincidência de lesão corporal grave e roubo qualificado, o juiz fará, a partir de um pedido do promotor de justiça, uma avaliação, mediante exames criteriosos e laudos técnicos de especialistas, do grau de discernimento sobre o caráter ilícito do seu ato. Em caso afirmativo, o juiz da Infância e da Juventude poderia decretar a sua imputabilidade e aplicar a ele a lei penal. Condenado, o menor acima de 16 anos somente poderia cumprir a sentença em estabelecimento especial, criado especificamente para o cumprimento de penas por esse tipo de criminoso juvenil, isolado dos demais presos comuns.
Quer parecer que essa proposta do senador paulista busca uma solução intermediária e prudente, pois reconhece, a um só tempo, a evolução da sociedade moderna e um problema efetivo de criminalidade envolvendo menores. Essa PEC não foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado por uma escassa maioria, o que revela quanto o Legislativo está dividido. Apesar do calor da emoção, é preciso evitar que argumentos radicalizados impeçam o debate. O certo é que não podemos fugir ao debate pela saída mais conveniente: fazer de conta que nada acontece, que não é conosco!














Edição n.º 993 – página 08

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Corrupção (padrão FIFA) dos vendilhões


O Brasil sofre de três angústias prolongadas. Tememos ir para o brejo; fomos catequizados pelo governo, nós que ainda não estamos no brejo, a nos sentir culpados pela miséria alheia. Por fim, temos a raiva contida: vivemos contendo nossa raiva impotente diante de predadores do nosso trabalho via impostos sem contrapartida, predadores do Estado para se eternizar no poder através da corrupção e da desconstrução da democracia, e, como se não bastasse, predadores do país por péssima gestão.” (Francisco Daudt, Folha de S.Paulo, 10/06/2015)


A nossa indignação é tamanha, que só lançando mão de textos jornalísticos de articulistas  que verbalizam tão bem o seu (deles) e o nosso descontentamento.
Francisco Daudt continua: “É só ver agora, quando foram chamar alguém competente e de "direita" para consertar a, digamos, obra que o voluntarismo de Madame fez na economia. E o acerto de contas só atinge a quem trabalha: os 39 ministérios, os milhares de cargos de "confiança" que aparelham o governo e as estatais seguem intocados. A raiva tem má fama, injustamente. "Os cristãos só devem ter amor no coração", diz o senso comum. Ainda bem que o fundador deles teve um ataque de raiva e expulsou os vendilhões do templo. Já imaginou a festa que ele faria no governo e no Congresso? A raiva é a mãe da justiça: sem indignação não se conserta o erro, não se pune o malfeitor, não se exila o tirano. Rui Barbosa, o jurista, sabia disso: "Diante do escândalo, não somente não peca o que se irar, mas pecará não se irando". Ele era um homem de visão, parecia estar falando dos nossos dias, mas estava falando de todos os dias de sempre. Nossa raiva, nossa capacidade de nos indignar, é um bem precioso para erguer, da Justiça, a clava forte!”
No mesmo jornal, no mesmo dia (Folha de S.Paulo, 10/06/2015), Elio Gaspari concorda: “Quando o PT estava na oposição e levantava a bandeira do imposto sobre grandes fortunas, isso poderia ser um projeto, ou mesmo demagogia. Hoje, é simples hipocrisia política. Petista gritando "fora Levy" faria melhor se murmurasse "fora eu". A rendição petista ao programa de Levy é um reflexo da exaustão intelectual do partido. Fernando Henrique Cardoso fez um arrocho para consertar estragos de governos anteriores. Roberto Campos, 30 anos antes, também. Levy tenta consertar estragos do mandarinato petista, potencializados no primeiro mandato da doutora Dilma. Ela pedalava as contas públicas, agora pedala uma bicicleta americana.”





O belíssimo quadro Jesus expulsando os vendilhões do templo (Rembrandt, 1626, coleção particular) pode inspirar o ataque de raiva e a nossa capacidade de nos indignar com o que vem acontecendo: esperemos que a Justiça, com sua clava forte, julgue e expulse os vendilhões (atuais e atuantes, e os ex-qualquer cargo, ainda atuantes nos bastidores) responsáveis por essa corrupção padrão FIFA que assalta o governo, o Congresso e a democracia brasileira.












Edição n.º 992 - página 01


Secretaria da Saúde e Inase lançam campanha de combate à violência contra idosos 




Segundo dados do Seade, população idosa em Valinhos chega a 14% do total de habitantes

Sensibilizar a sociedade em prol do combate à violência contra idosos e disseminar o entendimento dos maus tratos como violação aos direitos humanos. Esses são os principais objetivos da campanha do Dia Mundial de Combate à Violência Contra o Idoso, lançada no último dia 15, em Valinhos. 
Com o mote “Ele já cuidou de você, agora é a sua vez”, a campanha - desenvolvida pela Secretaria de Saúde de Valinhos, em parceria com o Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação-, pretende chamar a atenção sobre as diversas formas de violência praticadas contra idosos. 
 “Quando falamos sobre violência contra a pessoa idosa não nos referimos apenas a agressão física. Seja em forma de abuso econômico, maus tratos, abandono ou negligência, a violência se traduz caracterizando rejeição, isolamento ou discriminação”, afirma a secretária de Saúde do município, Dra. Rita Longo. 
Ainda de acordo com a secretária, a negligência é uma das principais formas de violência praticadas contra idosos.
Segundo projeção divulgada pelo Seade, a cidade de Valinhos terá, em 1ª de julho de 2015, 16.088 idosos, o que representa aproximadamente 14% do total de habitantes do município. “Recebemos em nossas unidades idosos com graves problemas de saúde causados pelo abandono, negligência e maus tratos. Por isso, decidimos abraçar essa causa e lutar para que nossos idosos tenham condições dignas de vida”, finaliza. 
Segundo a assistente social, Viviane Custódio, as vítimas de maus tratos frequentemente se calam e chegam a se isolar para que outras pessoas não tomem conhecimento sobre o caso. “Por isso, qualquer tipo de violência deve ser denunciada e o engajamento da população é essencial”.
A Prefeitura de Valinhos informa que denúncias podem ser feitas pelo Disque 100 ou pelo site http://www.disque100.gov.br. Trata-se de um serviço gratuito, que funciona 24 horas por dia. A identidade de quem denuncia é preservada.

Formas de manifestação da violência contra a pessoa idosa:
- Física: Inclui abuso e maus tratos físicos, que constituem a forma de violência mais visível e costumam acontecer por meio de empurrões, beliscões, tapas ou por outros meios mais letais, como agressões com cintos, armas brancas (ex. facas, estilete) e armas de fogo.
- Negligência/ abandono: Negligência é a omissão por familiares ou instituições responsáveis pelos cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social do idoso, tais como privação de medicamentos, descuido com a higiene e saúde, ausência de proteção contra o frio e o calor. O abandono é uma forma extrema de negligência.
- Sexual: É qualquer ação na qual uma pessoa, fazendo uso de poder, força física, coerção, intimidação ou influência psicológica, obriga outra pessoa, de qualquer sexo, a ter, presenciar ou participar, de alguma maneira, de interações sexuais.
- Econômico-financeira e patrimonial: Consiste no usufruto impróprio ou ilegal dos bens dos idosos, e no uso não consentido por eles de seus recursos financeiros e patrimoniais.
- Autoinfligida e autonegligência: Refere-se à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança por meio da recusa de prover a si mesma dos cuidados necessários. Nesse caso, não se trata de terceiros que provocam a violência, e sim da própria pessoa idosa.
- Psicológica: Corresponde a qualquer forma de menosprezo, desprezo, preconceito e discriminação, incluindo agressões verbais ou gestuais, com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar a pessoa idosa do convívio social. Pode resultar em tristeza, isolamento, solidão, sofrimento mental e depressão.













Edição n.º 992 - página 02