Evoluir trilhando o caminho
das experiências permitidas pela reencarnação, onde exercitaremos o uso
adequado de nosso livre arbítrio, é o processo educacional divino que nos permite
as conquistas espirituais.
Nossas vidas seguem um
fluxo contínuo de crescimento, e estão condicionadas às Leis de justiça, amor e
caridade, criadas por Deus para administrar tudo o que existe.
A nós, compete a obediência
a estas Leis, que quando não observadas corretamente nos trazem consequências e
responsabilidades que assumiremos para sua correta compreensão.
Nosso grande desafio não é
como muitos pensam em eliminar nossa vontade para seguirmos cegamente a
proposta libertadora de amor do Cristo, em que se baseiam todas as leis que
regem o Universo, mas sim, educá-la por meio do conhecimento racional que nos
conduzirá ao entendimento da verdade que liberta.
Segundo o Evangelho, a
obediência é o consentimento da razão ou seja, compreendendo o que se passa
conosco, principalmente quando isto não obedece nossos desejos e anseios,
passaremos pelas provas ou expiações de modo mais tranquilo e produtivo, sem o sofrimento
desnecessário, quando nos vitimizamos ou revoltamos.
O capítulo IX do Evangelho
Segundo o Espiritismo item 8, nos fala sobre a necessidade da resignação, que
seria o consentimento do coração, que alcançamos quando trabalhamos nossos
sentimentos para aceitar o que não podemos modificar, o que não está em nossas
mãos e portanto fora de nosso controle. Em muitos casos esta não aceitação de
situações adversas pode gerar transtornos afetivos de grande monta, como a
depressão, por exemplo.
Não aceitar o imutável nos
adoece.
Compreender a temporalidade
de tudo que nos cerca é vital para nossa felicidade e qualidade de vida mental.
Com exceção das virtudes conquistadas, do conhecimento e dos laços de amor que
nos unem a quem amamos nada se mantém, tudo se transformará, se alterará. Nosso corpo irá envelhecer, o formato familiar
que hoje se apresenta pode se modificar, nossas posses materiais poderão
diminuir ou aumentar, um dia desencarnaremos, outros reencarnarão. O cenário
que nos cerca é dinâmico e sempre atenderá as nossas necessidades de
aprendizagem. Emmanuel dos diz no livro Fonte Viva, que precisamos aprender a
viver “como possuindo tudo e nada tendo”, “com todos e sem ninguém”, uma vez que nada nos pertence.
Esta
reflexão não deve nos levar ao pesar, ao sofrimento ou à angústia da perda, mas
sim, à alegria de descobrir que só retemos o sublime, o que realmente faz
diferença em nossas vidas, que é o amor e a sabedoria.
Percebendo
o grande amor do Pai em cada um de nós, chegaremos à conclusão de que as
dificuldades não são castigos, mas, oportunidades de superação.
Aceitar
com a razão e o coração são o “antídoto” para os males que em nossa mente se
alojam, podendo nos levar à loucura de um dia, talvez, imaginarmos que estamos
sós, e que a vida não vale a pena ser vivida.
Edição n.º 991 –
página 02
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