“Primeiro levaram os
negros... Mas não me importei com isso. Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários...Mas não me importei com isso. Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis... Mas não me importei com isso. Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados...Mas como tenho meu emprego, também não me importei.
Agora estão me levando... Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo”.
Em seguida levaram alguns operários...Mas não me importei com isso. Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis... Mas não me importei com isso. Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados...Mas como tenho meu emprego, também não me importei.
Agora estão me levando... Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo”.
Bertolt Brecht
Essa semana, estava
assistindo a um desenho com minha filha, e ouvi o personagem Super Shock falar
uma frase que me fez refletir... E muito!
Super Shock é um
adolescente negro, que vive com o pai e
a irmã. No episódio em questão, a família inteira foi à África. Quando já estava lá, Super Shock ligou para
seu melhor amigo, um rapaz loiro, e disse a seguinte frase:
- Aqui na África é muito legal...
Ninguém fica olhando pra mim, pois não sou o garoto negro, sou apenas um
garoto, porque aqui todo mundo é negro... ”
Essa frase tocou lá
no fundo. Nunca tinha sequer imaginado isso. Porque na realidade eu nunca
enxerguei as diferenças. Mas entendi o que ele quis dizer.
Perguntei aos meus
filhos se algum dia haviam se sentido assim, e fiquei feliz que a resposta
tenha sido negativa.
Mas em muitos casos,
sei que não é!
Pessoas diferentes
são olhadas de maneira diferente. Como se não fossem boas o suficiente, por não
serem iguais à maioria.
E isso acontece em
relação a cor da pele, costumes religiosos,
altura, peso, beleza ou falta dela, disposição dos dentes, tipo de
cabelo e muito mais!
E quem escreveu essa
regra? Quem disse que ser diferente é ser errado ou anormal?
O único ítem capaz de
classificar uma pessoa melhor é o amor que ela distribui por onde passa, sejam
quais forem os obstáculos do seu caminho!
Precisamos ensinar
nossos filhos a respeitarem as diferenças. Precisamos explicar que cada pessoa
é única. Única em suas qualidades e defeitos, e que precisamos aprender a
admirar essas diferenças, pois são elas que tornam o mundo um aprendizado
diário tão interessante.
Ninguém é melhor que
ninguém... Somos apenas diferentes e únicos!
Edição n.º 990 - página 05
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