sexta-feira, 26 de junho de 2015

A LUCIDEZ DAS IMAGENS



“As imagens do inconsciente são apenas uma linguagem simbólica que o psiquiatra tem por dever decifrar. Mas ninguém impede que essas imagens e sinais sejam, além do mais, harmoniosas, sedutoras, dramáticas, vivas ou belas, enfim constituindo em si verdadeiras obras de arte.” – Mário Pedrosa, crítico de arte











A psiquiatra alagoana, Dra. Nise da Silveira, foi a idealizadora e fundadora do Museu de Imagens do Inconsciente, que teve sua origem nos ateliês de pintura e de modelagem da Seção de Terapêutica Ocupacional, e foi inaugurado em maio de 1952, no Rio de Janeiro. A direção é de Luiz Carlos Mello, (que fez a curadoria para a mostra do Redescobrimento - Brasil, 500 anos), e contou com a presença de Gladys Schincariol e Eurípedes Júnior.



Recentemente, Luiz Carlos Mello lançou o livro “Nise da Silveira - Caminhos de uma psiquiatra rebelde”, que foi um dos orientadores para o cineasta carioca Roberto Berliner filmar o longa metragem Nise (título provisório), estrelado pela atriz Glória Pires, no papel da médica, pioneira por adotar um tratamento alternativo para a doença mental. O psiquiatra suíço Carl Jung conheceu e se entusiasmou com o trabalho da médica brasileira.



Tive o privilégio de conhecer algumas das peças produzidas por pacientes esquizofrênicos encarcerados, durante a mostra Brasil 500 anos. Foi inesquecível! As peças de Arthur Bispo do Rosário, foram as que mais encantaram. Suas obras, reconhecidas internacionalmente, foram expostas na prestigiada Bienal de Veneza e em museus do mundo todo. Vale a pena conhecer mais a fundo sua história de vida e arte – mesmo sendo vítima de tão grave doença, é intrigante e fascinante!


















Edição n.º 993 – página 07

        

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