sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Retinopatia Diabética






O que é a Retinopatia Diabética?
É uma alteração que ocorre na retina de alguns pacientes com diabetes mellitus.  É uma das principais causas de cegueira nos anos produtivos (20-65 anos).
A hiperglicemia altera diversos mecanismos bioquímicos e fisiológicos, levando a uma degeneração e perda de pericitos dos vasos sanguíneos da retina, o que causa extravazamento do sangue.

O que o paciente com Retinopatia pode apresentar de sinais e sintomas:
Em estágios mais iniciais a pessoa não percebe nenhuma alteração na visão e somente no exame médico, com a realização de mapeamento de retina podem ser descobertas as alterações características:
Hemorragias retinianas: Se localizam na camada de fibras nervosas e na plexiforme externa.
Microaneurismas: Se localizam da camada nuclear interna.
Exsudatos duros: Se localizam na camada de fibras nervosas.
Neovasos: Ocorrem em estágios mais avançados e correspondem a proliferação anormal de vasos sanguíneos na retina.
A perda visual (embaçamento da visão) é mais frequentemente causada por um inchaço da retina localizado na região da mácula: o edema macular.  Outras causas de baixa visual são a isquemia macular e  sequelas de neovascularização.

Como é feito o tratamento da Retinopatia diabética:
Inicialmente é preciso classificar qual estágio da doença a pessoa apresenta:

  1. Estágio não proliferativo leve
  2. Estágio não proliferativo moderado
  3. Estágio não proliferativo grave
  4. Estágio não proliferativo muito grave
  5. Estágio proliferativo de baixo risco
  6. Estágio proliferativo de alto risco

Além do exame oftalmológico pode ser muito importante a realização de exames complementares:
Angiofluoresceínografia
Tomografia de coerência óptica
Dependendo do estágio da doença e da visão apresentada o tratamento pode se basear em :
  1. Somente controle dos níveis glicêmicos
  2. Fotocoagulação à laser na retina
  3.  Injeção de medicação intra-ocular
  4.  Cirurgia vítreo-retiniana


Quando devem ser feitas as consultas oftalmológicas no paciente com Diabetes?
No diabetes do tipo 1 admite-se um exame da retina após 5 anos do diagnóstico e após o primeiro exame anualmente.
No diabetes tipo 2 logo após o diagnóstico deve-se fazer um exame e após anualmente.
Em pacientes que já apresentam o diagnóstico de retinopatia diabética os retornos devem ser mais frequentes dependendo do estágio da doença:
  1. Estágio não proliferativo leve: de 9 em 9 meses
  2. Estágio não proliferativo moderado: de 6 em 6 meses
  3. Estágio não proliferativo grave: de 4 em 4 meses
  4. Estágio não proliferativo muito grave: de 3 em 3 meses
  5. Estágio proliferativo de baixo risco: de 2 em 2 meses
  6. Estágio proliferativo de alto risco: de 2 em 2 meses


Sou diabético. Qual a chance de eu ter retinopatia diabética ao longo da minha vida?
Um estudo norte americano que se iniciou em 1979 (Wisconsin Epidemiologic study of Diabetic Retinopathy) mostrou que:
Após 20 anos com diabetes tipo 1, 99% dos pacientes vão apresentar algum grau de retinopatia, contra 60% dos pacientes com diabetes do tipo 2.
Neste estudo 3,6% dos pacientes com DM tipo 1 evoluiram com cegueira, contra 1,6% dos com tipo 2.
Logicamente o controle glicêmico e tratamento adequado vão reduzir a chance de um paciente com diabetes desenvolver a retinopatia.


 
















Edição n.º 1018
Página 08


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