“O
Museu Paulista era um projeto das elites paulistas que, depois, associadas a
artistas e intelectuais, criaram o Modernismo.” (Maria Arminda do Nascimento
Arruda, pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP e autora do
premiado livro Metrópole e Cultura)
No final de janeiro, por indicação de uma amiga, descobri
o site para me inscrever no Giro Cultural: www.sinteseeventos.com.br/girocultural
O passeio gratuito, que acontece sempre aos sábados, das
10h às 14h, só tinha vagas disponíveis para 23 de fevereiro. Me inscrevi.
Chegado o dia 23, lá fui eu, rumo à estação do Metrô Alto do Ipiranga, que é o
local de saída e chegada do passeio.
Logo depois das catracas, alguém segurava uma placa onde
se lia “Giro Cultural” – que bom! Não há como se perder. E assim, as pessoas
inscritas foram chegando e se unindo ao grupo.
Uma guia turística e monitores nos orientaram e nos
conduziram ao ônibus, para iniciarmos o percurso. Em cada banco, havia um bloco
de anotações, caneta, marcador de livro e um folder Caminhos da Cultura. Recebemos informações mais detalhadas do
roteiro:
A equipe de mediadores é formada por historiadores,
artistas plásticos e arquitetos. Seu objetivo é oferecer aos visitantes um
olhar distinto sobre a implantação do Modernismo na cidade, em suas múltiplas
dimensões (arquitetônica, urbanística, econômica, sociocultural e política),
evidenciando a passagem do século XIX até o ápice da consolidação do projeto
modernista na cidade de São Paulo, na década de 50.
A USP e a São Paulo Modernista é o
primeiro roteiro do Giro Cultural USP realizado fora da Cidade Universitária.
Este é um programa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU)
da Universidade de São Paulo, criado com o objetivo de estimular a divulgação
da grande riqueza do patrimônio arquitetônico, artístico e cultural – material
e imaterial – da USP.
O roteiro tem pontos de parada em três unidades da USP: o
Museu Paulista, no bairro do Ipiranga; o prédio da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo (FAU) na Rua Maranhão, no bairro de Higienópolis e o Museu de Arte
Contemporânea (MAC) da USP, no Parque Ibirapuera.
Do metrô até o Museu Paulista ouvimos uma música de
Heitor Villa- Lobos. Fomos divididos em dois grupos e visitamos a área externa
e jardins do museu. No percurso para o prédio da FAU (casarão art
nouveau do início do século XX que pertenceu à família Álvares
Penteado), passamos pelos casarões da família Jafet, na Rua Bom Pastor, no
Ipiranga. No centro da cidade pudemos observar muitas edificações. Dentre elas,
os edifícios Montreal (1954), Eiffel (1956) e Copan (1966), projetados pelo
arquiteto Oscar Niemeyer. No percurso para o MAC (construído na mesma época que
a Cidade Universitária, na década de 60), foi servido um lanche e exibido um
vídeo.
Foi um programa diferente e muito rico, para uma
paulistana que se dispôs a olhar para os caminhos que fazem parte do dia-a-dia,
com ‘olhar de turista’, com a orientação de profissionais altamente capacitados
e muito cordiais. Registro aqui meus agradecimentos a toda a equipe –
motorista, guia, monitores, organizadores, assessoria de imprensa. Bom saber
que também é de pessoas assim que o Brasil é feito!
Giro Cultural USP - A
USP e a São Paulo Modernista
Data: sábados, das
10h às 14h
Informações: (11)
3091-1190
Número de vagas: 40
Classificação
indicativa: a partir de 7 anos, desde que acompanhadas
por um responsável
Local de saída e chegada do
ônibus: Estação Alto do Ipiranga do Metrô
O roteiro não é acessível a
pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida.
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