quinta-feira, 5 de abril de 2012

RUMO PARA O BRASIL QUE QUEREMOS



“A política é arte e ciência ao encontro do bem comum”
(Aristóteles, filósofo grego)


O III Seminário sobre Gestão de Cidades em Tempos de Sustentabilidade reuniu em 20 de março último, na FAAP/SP (Fundação Armando Álvares Penteado), muito mais do que políticos e acadêmicos. Reuniu cidadãos ímpares que estão se destacando pela excelência em suas áreas de atuação.
Os palestrantes foram, por ordem de apresentação: Geraldo Alckmin – Governador do Estado de São Paulo; Jurandir Fernandes – Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo; Aldo Rebelo – Ministro dos Esportes; Vitor Lippi – Prefeito de Sorocaba; Miguel Moubadda Haddad – Prefeito de Jundiaí; Sebastião Afonso Viana Macedo Neves – Governador do Estado do Acre; Raimundo Angelim – Prefeito de Rio Branco e Gilberto Kassab – Prefeito de São Paulo.

Foi um grande privilégio ter a oportunidade de ouvir tantos líderes servidores compartilhando suas experiências na gestão pública. O momento é propício para refletir sobre os aspectos que envolvem A Profissionalização na Administração Municipal – tema que unificou o evento. Afinal, o Brasil tem 83% de população urbana; as cidades brasileiras estão prestes a escolher seus governantes para os próximos 4 anos e alguns municípios terão a responsabilidade de sediar grandes eventos como a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016.
Devido às eleições municipais, as parcerias estão sendo feitas e as equipes sendo montadas. Um questionamento frequente é sobre quais os critérios que norteiam as indicações e nomeações...
A exposição sempre brilhante do Governador Geraldo Alckmin deixou patente seu profundo conhecimento sobre os assuntos tratados e sua memória prodigiosa. Reafirmou seu critério, já mencionado em outras ocasiões, aprendido com o ex-governador Mário Covas: “É preciso ter a pessoa certa, no setor ou órgão certo, senão nem com dinheiro se consegue fazer algo”. Ou seja, cada vez mais a gestão eficiente se faz necessária, para que a descentralização aconteça e haja a redução da máquina pública, trazendo eficiência para os gestores, da federação ao município.

Outro conceito unânime entre os palestrantes foi de que os maiores problemas na administração pública se devem à falta de planejamento, “à falta de um olhar holístico sobre a administração municipal”. Ou seja, os maiores problemas se devem à má gestão administrativa e à má gestão de pessoas.
O Estado de São Paulo tem, segundo dados do IBGE, 645 municípios. O interior do Estado de São Paulo foi muito bem representado por Vitor Lippi, Prefeito de Sorocaba e Miguel Haddad, Prefeito de Jundiaí.
Com entusiasmo, clareza e assertividade mostraram como o planejamento estratégico possibilitou realizações antes inimagináveis, que melhoraram consideravelmente a vida dos munícipes. Os resultados positivos e o alto índice de aprovação que alcançaram atestam a efetividade de suas ações.
Não restam dúvidas de que o século XXI pede gestores mais criativos e menos burocráticos. Como disse o professor Mario Pascarelli Filho, Coordenador do Curso Gerente de Cidade, “a administração pública necessita ser menos burocrática e patrimonialista e passar a ser gerencial, estruturada em um modelo de gestão que alcance objetivos múltiplos e interligados”.
Devido a este entendimento surgiu o Curso de Pós-graduação Gerente de Cidade, na FAAP, que completou 15 anos em 2011, formando mais de 4.200 gestores públicos. A ideia central é “suprir o prefeito com um grupo de gestores amplamente capacitados a auxiliá-lo na implementação dos seus projetos, bem como assessorá-lo no comando das diversas secretarias municipais”. (Gerente de Cidade – Ano 15 – nº 60 – publicação trimestral do Instituto de Gerentes de Cidade da FAAP).


É preciso entender que a gestão de pessoas e a gestão de processos são os pilares de qualquer organização, seja pública ou privada. Que é preciso gerar pensamento, para gerar atitude. E que, sem conhecimento e sem direcionamento, isso pode ser muito perigoso na administração pública. Talvez por isso tantos políticos andem tão desacreditados... Mas há esperança!

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