Muitos brasileiros não estão habituados a pensar no
futuro. Muito menos a traçar planos de ação, menos ainda a executá-los.
Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016 são os mais
longínquos dos projetos divulgados pela mídia. Ainda assim, o foco das notícias
tem sido o quão preocupante é o atraso das obras de infraestrutura.
Por essa razão, o Seminário
Internacional: Projeções de Custo do Envelhecimento
no Brasil foi uma grata surpresa. Foi realizado na última terça-feira, dia
27, das 8h30 às 18h, no Auditório Raul Cortez, na FECOMERCIO SP. Organizado
pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), o evento trouxe a São
Paulo profissionais que provaram ser possível fazer a diferença.
A organização primorosa do evento proporcionou as
condições ideais para que todos os estudos e pareceres fossem apresentados com
a mesma excelência com a qual foram realizados.
O Superintendente Executivo do IESS, Luiz Augusto
Carneiro trouxe os dados sobre os Estudos do Envelhecimento Populacional no
Brasil e os Custos da Saúde Suplementar.
O Diretor-executivo do Centre of Excellence in Population
Ageing Research (CEPAR) Austrália, John Piggott falou sobre a experiência da
Austrália com o impacto do envelhecimento.
Os professores Kaizô Beltrão e Antonio Carlos Coelho
Campino falaram sobre os Custos da Previdência Social e da Saúde Pública,
respectivamente.
O Coordenador do Setor Privado do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), Luciano Schweizer, D.Sc trouxe à luz, perspectivas e
oportunidades de negócios no contexto do envelhecimento populacional.
Projeções para 2030 e 2050 mostram que é imperativo
estarmos preparados para os impactos das mudanças demográficas, econômicas e
sociais. Iniciativas públicas e privadas precisam e podem ser aliadas em prol
da melhoria da qualidade de vida. Como disse Schweizer, além de não estarmos
habituados a pensar no futuro, ainda estamos acostumados a importar as visões
do futuro.
O Brasil jovem está envelhecendo, o que gera novas
necessidades e excelentes oportunidades, em todos os setores da economia. Neste
novo contexto, economia criativa ganha pleno significado! Até 2030 a população
com mais de 60 anos passará de cerca dos atuais 18 milhões para mais de 40
milhões. Em 2050 quase um terço da população será de idosos.
O idoso caseiro e pacato de alguns anos atrás, hoje viaja
e namora. Está mais saudável e mais próspero. Podemos imaginar e prever quantas
mudanças acontecerão até 2050 e então nos prepararmos para elas.
O painel final contou com as participações de Rosana
Vieira das Neves – Gerente Geral Econômico-financeiro e Atuarial dos Produtos
da Agência Nacional de Saúde Suplementar; Fausto Pereira dos Santos – Assessor
Especial do Ministério da Saúde; George Alberto de Aguiar Soares – Secretário-Adjunto
de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Rogério Costanzi – Diretor
do Departamento do Regime Geral de Previdência Social do Ministério da
Previdência.
É assim que o IESS prova, na prática, que é possível
viver mais e melhor.
Que
venha 2050!