domingo, 23 de agosto de 2015

GRAVIDEZ PRECOCE


Porque “recordar é viver”, é bom lembrar dos projetos, publicações e realizações...




Há anos, em Valinhos, foi feito um exercício teatral para dramatizar essa situação preocupante de gravidez na adolescência.
Com um elenco formado por seis meninas, de 11 a 13 anos, e a mãe de duas delas – todas do bairro Castelo - , o diretor Tom Santos encenou “E agora? O que será?”, cujo roteiro foi feito baseado em letras de músicas de Chico Buarque.
A escolha dos versos teve o objetivo de encontrar palavras que transmitissem a sensibilidade à flor da pele; o desalento causado pela gravidez não imaginada, mas já estabelecida; e a profundidade das estranhas emoções dessa situação indesejada, em meninas que apenas entraram na adolescência.
A montagem tratou do assunto , muito sério, sem brincadeiras e sem referência jocosa ou leviana sobre a gravidez precoce, que termina por “entornar sonhos” e transformar o jovem coração em “um pote de mágoas”: a menina se defronta com o tempo como num redemoinho, numa ciranda em que ela perde a inocência, ganha filho, e tem o destino à deriva – “a mais linda roseira, levada pra lá”...
A maior encenação teatral foi provocar uma reflexão sobre as possíveis consequências de uma gravidez não programada, sem pretender dar lição de moral nem receita de como evitar, ou solucionar, essa complexa situação.
Naquela época (dados de 1997), 228 meninas adolescentes tinham dado á luz seus bebês, na maternidade da Santa Casa de Valinhos.



Em 2007, foram registrados 175 partos com jovens com menos de 20 anos de idade, no mesmo local, o que comprova os dados da secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e da Fundação SEADE: “antes de qualquer ação específica, é o acesso à educação e a métodos anticoncepcionais que protege a adolescente de uma gravidez indesejada”.













Edição n.º 1000 – página 07 

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