A Ordem dos Advogados do Brasil encaminhou
proposta ao senador Pedro Taques (PDT-MT), relator do Projeto de Lei nº 41 de
2013, que estabelece novas tipificações e qualificações dos crimes contra a
vida, para incluir entre os crimes hediondos os homicídios cometidos contra
advogados no exercício da profissão.
Os
presidentes da Comissão Nacional de Legislação, Francisco Torres Esgaib, e da
Comissão Especial de Acompanhamento Legislativo, Carlos Eduardo Gomes Pugliese,
entregaram ao parlamentar uma nota técnica com os argumentos da OAB para a
inclusão dos profissionais da advocacia no rol dos protegidos pela nova
tipificação.
Pelo
texto original do Projeto de Lei, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI),
serão tipificados como hediondos os homicídios cometidos contra integrantes da
Polícia, agentes penitenciários e membros do Poder Judiciário, Ministério
Público e Defensoria Pública, em decorrência do exercício de suas funções. Na
nota técnica, a OAB ressalta que a Constituição Federal, além de estabelecer a
indispensabilidade do advogado à administração da Justiça, prevê o tratamento
isonômico entre todos os agentes do sistema judicial brasileiro. “Precisamos
garantir a justa paridade de armas”, destacou Pugliese, na ocasião.
Francisco
Esgaib lembrou que a proposta de incluir os advogados no PL 41/13 vai ao
encontro do projeto que criminaliza a violação das prerrogativas profissionais,
também em tramitação no Senado (PLC 83/2008). “O advogado deve ter assegurados
não apenas os direitos para o desempenho de suas atividades profissionais, como
também ter agravada a pena dos crimes cometidos contra sua vida, em decorrência
do exercício da profissão”, ressaltou o presidente da Comissão Nacional de
Legislação da OAB.
O
relator, senador Pedro Taques, afirmou que estudará a proposta apresentada pela
OAB e sugeriu a realização de uma audiência pública para discutir a matéria e
ainda a reforma do Código Penal, sob sua relatoria. “Vou analisar a proposição para
que possamos fazer a proteção do advogado e do cidadão brasileiro”, respondeu o
senador.
Assim,
parece importante que cada advogado, consciente do seu papel na sociedade como
instrumento indispensável à administração da Justiça, respalde essa necessária
e oportuna iniciativa, encaminhando e-mails ou qualquer outro meio de
comunicação ao senador Pedro Taques, relator do PL 41/13, endossando a legítima
proposta formulada pelo órgão de classe.
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