Este artigo quer afirmar que os meios
tecnológicos são indispensáveis para o acesso à informação, mas o Professor é
indispensável para o acesso à educação.
Com o Google os internautas
passaram a ter um sistema de busca eficiente, ampliando assim as oportunidades
de pesquisar temas e assuntos, mesmo que superficialmente, o que até então era
restrito a privilegiados. Facilitou-se o acesso à informação, de todas as
formas. Hoje é possível acessar músicas, vídeos, filmes inteiros etc.,
alargando de modo formidável a captação de notícias, documentos, informes,
estudo. Este é um aspecto positivo que precisa ser ressaltado, que ajuda muito
àqueles que gostam de pesquisa, pois através desses sistemas chegamos muito
mais rápido a dados com custo bem reduzido. Quem tem impressora em casa pode imprimir
o que precisar, ficando assim mais ágil o processo. É claro que informação não
é conhecimento, mas faz parte da experiência saber das coisas, e mais do que
isso, saber fazer as associações adequadas, principalmente em termos de
conceitos, para que uma pesquisa seja efetivamente qualitativa. A Internet,
portanto, é uma ferramenta importante que não podemos deixar de usar. Nesse
sentido, tecnologia e conhecimento andam juntos, especialmente quando sabemos
fazer bom uso desses meios.
A
tecnologia, no entanto, não substitui o educador, é apenas um instrumento
auxiliar no processo da aprendizagem. Os estudantes podem se utilizar desse
recurso para ampliar a gama de conhecimentos, mas é preciso saber pensar, saber
refletir e ter discernimento. O excesso de informação pode também intoxicar,
quando não se sabe o que fazer com ela. Por isso o papel do professor é
fundamental, na orientação, na direção intelectual, para que os alunos saibam o
que fazer com a informação recebida, que saibam pensar a realidade em que
vivem, de modo que o que aprendem possa torná-los pessoas que trabalhem pelo
bem da sociedade, nas mais diversas áreas existentes. Este direcionamento é
imprescindível para que haja capacidade crítica, reflexiva, e também criativa.
A tecnologia, portanto, é meio e não fim.
Antigamente
um bom professor era capaz de dar aulas com apenas um giz e um apagador. Nada
mais. Hoje, os recursos tecnológicos propiciam facilidades de interação e maiores
atrativos. Quando o professor prepara a sua aula, tem domínio do assunto e sabe
motivar, então os meios tecnológicos irão realmente ajudar. Mas se o professor
não fizer bem a sua parte, a tecnologia poderá servir de muleta, e aí não dá
certo.
Não adianta utilizar um projetor multimídia, o conhecido data show, cheio
de imagens e frases, se o professor ficar na chamada decoreba. Então o que
poderia servir de atrativo, acaba sendo até um empecilho na aprendizagem. Por
isso, os meios tecnológicos não substituem o esforço do professor em sala de
aula, seu talento, sua dedicação. É isso que faz a diferença. Quando isso
acontece, então a tecnologia será sempre bem vinda, estando muito bem a serviço
da educação.
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