Tontura, dor de cabeça,
sensação de boca seca, desânimo, sentidos no dia seguinte são sintomas da
famosa “ressaca”: uma reação do seu corpo a essa ingestão demasiada. 40
miligramas de etanol por 100 mililitros são suficientes para gerar o quadro de
euforia, causando esse desconforto no dia posterior.
O coma alcoólico seria um
próximo passo, necessitando de internação e aplicações de glicose, lavagens
estomacais e outros tratamentos, de acordo com a intoxicação. 300 mg de etanol
por 100 mL de sangue, aproximadamente, levam o indivíduo a esse quadro. Uma
intoxicação mais severa (aproximadamente 500 mg por 100 mL), pode causar a
morte por overdose.
O uso excessivo e
prolongado do álcool pode irritar a mucosa estomacal, causando a gastrite. Essa
confere muito desconforto ao portador, uma vez que causa ardência, queimação,
dores de cabeça, etc. Outras consequências, e ainda mais graves, são: o aumento
da pressão arterial, problemas no coração e pâncreas, hepatite e cirrose.
Distúrbios do sistema nervoso, como desatenção e tremedeira, também podem fazer
parte do quadro.
O fígado é um dos
principais órgãos afetados, uma vez que é ele quem armazena o glicogênio – a
nossa reserva de glicose, que oferece energia aos animais, inclusive o humano –
e o libera aos poucos para a corrente sanguínea.
Quando o indivíduo está sem
se alimentar por um tempo razoável, suas reservas se esgotam, fazendo com que
este órgão sintetize a glicose a partir das nossas proteínas musculares. Essa
síntese é dificultada na presença do álcool, visto que o etanol bloqueia essa
ação. Assim sendo, é compreensível o porquê das pessoas que estão bebendo em
jejum se afetam mais rapidamente e o porquê do álcool em excesso, ao longo do
tempo, pode causar a cirrose hepática.
Em casos mais graves,
a falta do álcool pode também envolver alucinações, confusão,
convulsões, febre e agitação. Estes sintomas podem ser perigosos, por isso é
extremamente necessário que se procure ajuda.
O consumo de
álcool em longo prazo pode causar sérias complicações de saúde, afetando
praticamente todos os órgãos do corpo, incluindo o cérebro.
Problemas com a bebida
podem prejudicar a estabilidade emocional, financeira, profissional e a
capacidade de construir e manter relacionamentos duradouros. O alcoolismo pode
também ter impacto sobre a família, amigos e ambiente profissional.
Ainda podem-se destacar
outros sintomas da dependência do álcool:
Perder
o controle sobre o consumo – Beber mais do que gostaria
e por mais tempo que pretendia;
Esforço
malsucedido de parar de beber – Há um desejo persistente
de reduzir ou interromper o uso do álcool, mas os esforços são em vão;
Desistência
de atividades de lazer e entretenimento por causa do álcool –
Redução do tempo em atividades que costumavam ser importantes, como sair
com a família e amigos ou praticar esporte, para que haja mais tempo ao consumo
de bebidas alcoólicas;
Foco
no álcool – Boa parte do tempo gasto bebendo, pensando
na próxima bebida, ou se recuperando de ressacas. Há pouco ou nenhum interesse
em atividades sociais que não incluem bebidas alcoólicas.
Continua
a beber mesmo ciente que causa problemas –
Consumo contínuo do álcool mesmo ao reconhecer que prejudica o casamento.
Muitas vezes membros da
família e amigos mais próximos sentem-se obrigados a acobertar a pessoa com
problemas com a bebida. Assim, assumem a limpeza do ambiente, mentem para
o dependente de álcool, trabalham mais para suprir as despesas. Fingem que
nada está errado e isso pode causar problemas ainda maiores. O problema
com o alcoolismo causa uma enorme pressão sobre as pessoas mais próximas
do indivíduo.
A negação é um dos maiores
obstáculos para a obtenção de ajuda contra o alcoolismo. O desejo de beber
é tão forte que a mente encontra muitas maneiras de racionalizar o consumo,
mesmo quando as consequências são óbvias. A negação pode agravar ainda mais os
problemas relacionados com o álcool, trabalho, finanças e relacionamentos.
Edição n.º 1003
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