A maconha é derivada de uma
planta que contém mais de 400 substâncias químicas, entre elas, alucinógenas e
ansiolíticas. O tetra-hidrocarbinol (THC) é uma das substâncias mais associadas
aos efeitos que a maconha produz no cérebro. Ao inalar a fumaça da maconha, o
THC agirá diretamente nos pulmões que são revestidos pelos alvéolos, esses por
possuírem uma superfície grande, absorvem facilmente o THC e outras
substâncias. Minutos depois de inalado, o THC vai direto para a corrente
sanguínea até o cérebro, aumentando assim a frequência cardíaca. Os brônquios
relaxam e os vasos sanguíneos dos olhos ficam dilatados, deixando-os vermelhos.
A maconha é a principal
porta de entrada para outras drogas mais poderosas e devastadoras, necessitando
dessa maneira rápida intervenção profissional no intuito de combater o vício.
Efeitos em curto e longo prazo
Logo após a pessoa consumir
maconha, já se notam alguns efeitos físicos, tais como: memória prejudicada,
confusão temporal entre passado, presente e futuro, sentidos aguçados, porém,
com pouco equilíbrio e força muscular, perda da coordenação, percepção distorcida,
ansiedade, boca seca e dificuldade com pensamentos e soluções de problemas. As
pessoas que fumam maconha estão suscetíveis aos mesmos problemas das pessoas
que fumam tabaco, entre eles, asma, enfisema pulmonar, bronquite e câncer.
O usuário de maconha pode
ter algumas reações nervosas temporárias, como por exemplo, sintomas
psicóticos. O uso por parte de pessoas com esquizofrenia agrava o quadro,
aumentando consideravelmente o risco de desenvolver a doença em pessoas
predispostas. Além da esquizofrenia, há indícios de que a maconha também pode
apresentar outros sinais de doenças mentais.
O uso da maconha antes dos
20 anos leva a alteração (possivelmente definitiva) na estrutura cerebral, pois
ainda estão em uma fase de amadurecimento até a idade adulta e o consumo pode
resultar em efeitos negativos no seu desenvolvimento.
O adolescente que usa
maconha pode se tornar um adulto improdutivo, já que um dos efeitos a longo
prazo é a diminuição do QI, além de possivelmente se transformar em uma
pessoa insatisfeita com a vida, com problemas de relacionamento,
doença física e mental e sem sucesso na carreira profissional.
A orientação é sempre
buscar ajuda profissional para lidar com esses sintomas.
Sinais e Sintomas
É possível notar
alguns sinais e sintomas de uso de maconha, como:
- Agitação, voz alta e
gargalhadas (incomuns);
- Sonolência ou torpor;
- Falta de concentração e
coordenação;
- Lapsos e falhas de memória;
- Olhos avermelhados;
- Senso distorcido de
passagem do tempo;
- Aumento do apetite,
principalmente por doces;
- Kits em caixinhas, potes ou
latinhas ocultados em gavetas, armários, bolsos de jaquetas, embaixo de bancos
do carro etc., contendo clipes, pacotes de papéis, seda ou guardanapos de bar,
tubos de cano, colírio, fósforos, chicletes.
Orientações em três passos
Passo
1 – Na consulta será definido o diagnóstico e condutas a
serem tomadas.
Passo
2 – Em análise do caso será definido se o tratamento
seguirá de modo clínico ou não. Havendo a necessidade de internação, é
importante que a pessoa (juntamente com sua família) conheça os procedimentos
de intervenção que serão tomados, trazendo dessa maneira a responsabilidade de
tomada de decisões em sua vida.
Passo
3 – Acompanhamento direto da família no desenvolvimento do
tratamento.
Ressalto que a dependência
química é uma doença crônica, incurável e fatal. O controle é possível por meio
de tratamento que objetiva reestruturar a vida do dependente.
Edição n.º 1005
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