“Olho,
sou visto, logo existo” D.Winnicott
Carecemos do olhar do outro
desde os primeiros dias de vida. Tudo começa com o olhar materno pelo qual nos
enxergamos e aprendemos a enxergar o mundo pela primeira vez.
EUREKA! SOU VISTO! EU EXISTO!
Levamos esta informação
como um filtro em futuros relacionamentos e por onde passamos. Assimilamos o
conceito sobre nós mesmos de forma repetitiva, sem parar, sem pensar se são
outros olhares que se encaixam neste filtro.
E então, um dia, começamos a questionar, ou
duvidar:
Quem sou eu? Quem pensa assim? Eu penso
diferente. Quero fazer diferente.
Instala-se o grande conflito entre eu comigo
mesmo. Hora de crescer, ou não.
Sair desta zona de conforto
é trabalhoso, mas de vital importância para o amadurecimento enquanto sujeito,
afinal somos “um estranho impar” como pontuou Drummond em seu poema
Igual-Desigual.
Muitos colocam as lentes da
primeira janela e decidem prosseguir assim, por toda a vida. Desligam qualquer
possibilidade de diálogo interno, acreditam que é “sofrência” á toa.
Outros decidem ir à luta e
se permitem encontrar suas próprias respostas. Seu estilo próprio.
Alguns não conseguem
decidir entre ir ou ficar e a angústia cresce, porque decidir é o que importa.
O restante é prosseguir.
O processo terapêutico
contribue para nascer o sujeito, com seu estilo próprio e construtor de sua tão
pessoal janela para a vida. Coopera para minimizar a ansiedade e angústia.
Propicia a construção do caminho para o autoconhecimento, a organização interna
e consequentemente para uma melhor qualidade de vida.
Aproveite este recurso.
Edição n.º 1004
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