sexta-feira, 16 de junho de 2017

A "vítima"



Ser vítima é um hábito aprendido quando criança. Para chamar a atenção, principalmente de seus pais, a criança inconscientemente se utiliza de atitudes, que coloca o outro com a responsabilidade de sempre ter que fazer algo por ela. Como prova de amor.
Pode ser fruto de um abandono real ou de uma fantasia infantil.  Chega a atitudes destrutivas com o outro e consigo mesmo. Chega mesmo adoecer se tiver ganhos secundários com isto.
Algumas pessoas crescem fisicamente, trabalham, se casam, tem filhos; mas não abandonam esse hábito. Porque psiquicamente não amadureceram.
Se comportam como crianças. E por mais que se faça, não basta. Adoeceram psiquicamente.
O outro é sempre o responsável por tudo que lhe acontece. Se o outro entrar neste jogo, alimenta este comportamento destrutivo.
A "vitima" consegue destruir a si mesmo, tudo e todos por onde passa; algumas vezes de forma sutil, outras de forma escancarada. Seu cônjuge e familiares sofrem com este comportamento, ora se sentem culpados, ora se revoltam com suas atitudes.
Mas a "vítima" não mudará sozinha, porque o que a move é a carência real ou fantasiosa de sua infância, cristalizada em sua mente. Precisa de alguém 24 horas, embora julgue ser independente. Mas suas atitudes são incongruentes com sua necessidade, pois afasta as pessoas. 
Somente a consciência do fato não é garantia de mudança.
Seu sofrimento interior é grande, pode desencadear quadros de depressão cada vez mais intensos.
A "vitima", muitas vezes precisa de ajuda profissional para mudar e se tornar autor de sua própria história.





























Edição n.º 1013

Página 03

Nenhum comentário:

Postar um comentário