sexta-feira, 6 de junho de 2014

DE SALTO ALTO


Uma coisa é pôr ideias arranjadas, outra é lidar com país de pessoas, de carne e sangue, de mil-e-tantas misérias... Tanta gente - dá susto de saber - e nenhum se sossega: todos nascendo, crescendo, se casando, querendo colocação de emprego, comida, saúde, riqueza, ser importante, querendo chuva e negócios bons... De sorte que carece de se escolher: ou a gente se tece de viver no safado comum, ou... (...)  “
Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas




É incrível a altura do salto usado por políticos ambiciosos e sem consciência. entenda-se falo do salto alto da ambição pelo poder, do orgulho, da prepotência, da infidelidade política, da falta de compromisso com a palavra empenhada.
Verdade, honra, justiça humildade são palavras poderosas que estão ausentes do vocabulário desses homens.
Não há comprometimento nem com a ética, nem com a qualidade do vínculo político. Parece que o que se combina, funciona antes como entretenimento ou como espetáculo encerrado, em detrimento dos compromissos assumidos anteriormente.
O que fica claro é que as composições partidárias são muito mais uma brincadeira, em que o que importa menos são os acertos políticos do candidato com seus partidários, e o que importa mais, é a capacidade de seus pares de gerar conchavos que mascarem suas (más) intenções.
É absolutamente necessário que nós, o povo, os que vamos votar, estejamos dispostos a cobrar, exigir e questionar os que pretendem ser eleitos.
É imprescindível que não haja superficialidade nos nossos objetivos de cobrança de propostas a serem cumpridas. E que a falta de memória não nos impeça de lembrar que foi injusto, mal feito, imposto, barganhado, surrupiados dos cofres públicos, prometido e não cumprido.

Nós, o povo, somos gente com muitos problemas, mil e tantos,  e precisamos não esquecer do que já nos fizeram passar. Está na hora de nos transformar em seres pensantes, e não permitir que nos ponham ideias ARRANJADAS na nossa cabeça.
Tom Santos
Texto














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