“A mídia será definida por quais nichos
ela atinge. Isso significa que o foco nos grandes veículos mudará para canais
específicos, tanto no plano da informação como da publicidade.”
Mark Penn –
autor do livro Microtendências
Não é habitual pensarmos no
conceito de que minorias devam ou possam ser ouvidas. Muito menos que possam
mudar o rumo da economia.
Ao tratar de assuntos
referentes ao mundo corporativo, como tendências de mercado ou estratégias para
superar uma crise econômica, é comum acreditar que isso nada tem a ver com
educação. Como se educação fosse um tema à parte...
Engano! Não são apenas os
educadores por profissão que enfatizam o papel transformador que uma boa e
eficaz orientação educacional pode ter. Ainda bem, porque assim há maior
credibilidade na afirmação de que “a ignorância custa caro”. E havendo maior
credibilidade, é mais provável que possamos nos beneficiar com os frutos deste
novo enfoque.
Sejamos francos. Gosto
muito de usar como referências, conceitos que foram (ou estão sendo) eficazes
no dia a dia do mercado de trabalho, na economia. Já que o poder está frequentemente
relacionado a dinheiro – para falar bem claramente, nada pode ser mais
irrefutável!
Não é nada produtivo
ficarmos falando da crise econômica mundial, apenas com enfoque no que se pode
perder, ou deixar de ganhar. É até cômodo, mas muito prejudicial.
O maior benefício que uma
crise pode oferecer é a possibilidade de crescimento e aprimoramento que
proporciona – por mais que esta afirmação pareça piegas, é verdade. A falta de
crise acomoda a maioria de nós. E nada mais mortal que a acomodação! Ter uma
rotina de procedimentos é uma coisa, viver na mesmice, é outra.
Cada vez mais a
criatividade deixa de ser atributo exclusivo de publicitários, escritores ou
inventores. Somos todos convidados a
desenvolvê-la, a aprimorá-la. E, onde exercita-se a criatividade, não há espaço
para a mesmice. Assim, tudo fica mais dinâmico, interessante. O enorme número
de divórcios, assassinatos e abuso de substâncias químicas, pode ser um indicador
do quanto há de verdade nestas afirmações.
Uma nova forma de ver as
coisas pode mudar o mercado. Mark Penn também é autor do livro “Canhotos à
solta”. Segundo ele, o número de canhotos quase dobrou no último século. Não
que antes eles não existissem. Mas eram considerados minoria, o que não
justificava que tivessem o próprio mercado, com utensílios próprios para
canhotos (como abridores, tesouras, mesas). Então eram forçados a usar a mão
direita. Hoje, graças às mudanças na educação, apesar de ainda serem menor
número, as portas do mercado se abriram para esse setor. Tem gente produzindo e
ganhando a vida com produtos feitos para uma minoria.
Este é apenas um exemplo de
que o pouco pode ser muito! Pesquisar, descobrir e investir na educação, na
produção e na geração de empregos continuam sendo as molas propulsoras do
desenvolvimento sustentável.
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