quinta-feira, 19 de junho de 2014

Fazendo a louvação

Vou fazer a louvação / do que deve ser louvado / louvando o que bem merece / deixando o ruim de lado. / Louvo agora e louvo sempre / o que grande sempre é / louvo a força do homem / e a beleza da mulher.” (Louvação, de Gilberto Gil e Torquato Neto)





A  Dra. Angelita Gama foi a primeira mulher titular em Cirurgia na história da USP; foi a primeira mulher aceita pela Sociedade Americana de Cirurgia; foi a primeira mulher premiada pela Sociedade Européia de Cirurgia, e é uma recordista em prêmios, tendo recebido mais de 51, entre nacionais e internacionais.
A todo esse mérito acadêmico foi acrescentado mais um título: no mês passado, nos Estados Unidos, a brasileira foi premiada pela Sociedade Americana de Cirurgiões de Colo e Reto pela autoria do melhor estudo de 2013, feito que teve como ponto de partida uma pesquisa iniciada há mais de duas décadas, quando a Dra. Angelita passou a tratar pacientes com câncer de reto sem cirurgia. (O reto é a porção final do intestino grosso e os pacientes que desenvolvem tumores nessa região tinham, obrigatoriamente, de tirar parte do órgão, além de fazerem quimioterapia e radioterapia.) “A técnica sem cirurgia, que antes era vista com desconfiança, hoje é estudada em todo o mundo. Já há congressos sobre isso. Os Estados Unidos acabaram de fechar um protocolo de pesquisa da técnica que vai incluir 16 hospitais”, conta ela, que foi convidada para apresentar a pesquisa em Harvard e John Hopkins, duas das mais renomadas universidades americanas.




A Dra. Angelita, paraense, é casada há 45 anos com o Dr. Joaquim Gama, paulista, cirurgião especializado em estômago. São considerados o “casal 20” da cirurgia do aparelho digestivo! Ele é todo elogios para ela: “Em ação, debruçada sobre o corpo do paciente anestesiado, ela não fala: sussurra ao pé do ouvido dos dois assistentes. E não admite barulho. Ela manipula bisturis, pinças e grampos com movimentos muito precisos e tem um conhecimento excepcional de anatomia, por isso faz um trabalho tão limpo, com pouco sangramento. Costuma terminar as cirurgias dizendo “Melhor é impossível”, título do filme estrelado por Jack Nicholson, que ela adora.”
Por tantos méritos é que se deve louvar agora e louvar sempre a força e a beleza dessa incrível e superlativa MULHER!







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