quinta-feira, 30 de abril de 2015

A máscara caiu





Em 1980, Chico Buarque compôs a música “Vai passar”, lançando-a durante a ditadura militar sob o governo do general João Baptista Figueiredo. Da letra dessa música, por sua indiscutível atualidade e que cai como uma luva para os tempos desesperadores que vivemos, extraio o seguinte trecho:
“Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações.”
Nunca o povo brasileiro foi tão enganado e subtraído. O partido que governa o país, o PT, traiu os brasileiros e não tem nenhum outro projeto senão o de se manter no poder, como afirma a ex-ministra, ex-prefeita de São Paulo e senadora Marta Suplicy, ao anunciar a sua saída do PT, enfatizando que sai do partido “porque não é o partido que ajudei a criar. É um partido que se distanciou dos seus princípios éticos, das suas bases e de seus ideais” (Entrevista a Veja, páginas amarelas, edição 2423, ano 48, nº 17, 29/04/2015, p. 17).
O povo foi enganado pelos governantes petistas que mentiram sobre o verdadeiro estado em que se encontra e colocaram a Nação e tudo com o objetivo de se manterem no poder e instituir um estado ideologicamente afinado com essa ideia.  E subtraíram do povo a sua fé, a sua esperança de melhorar este país para prepará-lo para as futuras gerações, desconstruindo o país com os desvios de rumo que imprimiram na sua condução com tenebrosas transações, em crime de lesa-pátria. A corrupção é tanta que sequer conseguimos avaliar a proporção do rombo ao tesouro nacional. Só pra imaginar, sem falar do prejuízo que a incompetente administração petista causou à Petrobras, apenas para citar um número, o valor que a empresa perdeu para a corrupção, na ordem de R$ 6,2 bilhões, tem muitos zeros: R$ 6.200.000.000,00! É muito, muito dinheiro. Agora, imagine isso somado ao prejuízo que levou a Petrobrás à situação que todos conhecemos, os empréstimos do BNDES para o exterior em dólares, o superfaturamento das obras que não são terminadas, a exemplo recente de alguns estádios de futebol!...   



Agora se sabe de parte da fortuna do ex-presidente Lula, dos favores a ele feitos pelos empreiteiros no sítio de Atibaia e no tríplex do Guarujá, das transações e da venda de favores no governo da amiga e chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, do enriquecimento do seu filho, Fábio Luís da Silva, o Lulinha. (cf. Veja, edição citada, pp. 50 a 57).
Os desastres desse desgoverno nos últimos anos estão nos legando um espólio de dúvidas e de chacota nos países sérios. Como diz Lya Luft, vivemos tempos sombrios:
quem somos nós, o que nos tornamos, ou melhor, 
o que fizeram e estão fazendo de nós?
















Edição n.º 985 - página 08









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