“Nunca mais provocações? Nunca mais ele,
Abu pai? Muito triste...” (Fabiula
Nascimento, atriz, no Twitter)
Antonio
Abujamra sempre se identificou com a própria história da TV brasileira.
Ele nunca
evitou os tabus e vulnerabilidades sociais. Pelo contrário, abriu espaço a
pautas polêmicas em seu programa “Provocações”, na TV Cultura.
Entrevistador,
odiava dar entrevistas, mas ele provocou seus entrevistados, instigou-os e
confrontou-os com seu humor inteligente, devastador, irreverente, demolidor.
Formado em
Filosofia, muito culto, atuou como diretor e ator em teatro, cinema e
televisão, da qual criticava a superficialidade.
Como ator,
dois de seus personagens mais famosas foram o vilão “Ravengar” (1), na
novela "Que rei sou eu?" (1989) e, dez anos depois (1999), “Coutinho
Abreu” (2), na novela “Terra nostra”, ambas da TV Globo.
No último dia
28 Antonio Abujamra foi “dado a Deus” (para usar a expressão da “Mulher” que
cuidou do corpo morto de “Diadorim”, no Grande
Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa).
Nunca mais
seu sorriso, nem sua irreverência cáustica, nem suas provocações.
Ficamos todos
um pouco mais tristes!
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