“Não pode ser omitido o cuidado geral que
lança no teatro o empresário Tom Santos. Ao invés de cortejar o sucesso
comercial, ele preferiu abrir o caminho com uma montagem séria, credenciada de
início pelo Prêmio Anchieta atribuído em 1969 à peça de Hilda Hilst.”
(Sábato Magaldi, p. 293)
A 1ª edição do livro de mais de 1200
páginas “Amor ao teatro: Sábato Magaldi” ‒
organizado pela escritora e esposa de Sábato, Edla van Steen ‒ foi lançado
no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, na semana passada.
Nascido em Minas
Gerais em 1927, Sábato
Magaldi se formou em Direito e se especializou em Estética na Universidade de
Sorbonne, na França.
Teórico, crítico teatral e professor,
Sábato Magaldi trabalhou em “O Estado de S. Paulo” e no
“Jornal da Tarde” e também foi professor da Escola de Arte Dramática (EAD) e da
Escola de Comunicações e Artes da USP. Ele foi secretário municipal de Cultura de
São Paulo (1975-79), e é membro da Academia Brasileira de Letras.
De uma
geração de críticos focados na análise da dramaturgia produzida no Brasil do
século 20, Sábato é também um dos responsáveis pela historiografia da cena
nacional: ao longo de décadas de intensa produção intelectual, ele acumulou prêmios,
formou profissionais e espectadores, além de escrever mais de 650 artigos e
2000 críticas.
Suas
análises sobre os espetáculos apresentados no Brasil, de 1966 a 1988, estão
nesse livro, que reúne 783 críticas teatrais publicadas naqueles jornais.
Nesse livro Edla
reúne um legado de
incontestável importância para a história da arte brasileira e nos apresenta o
amor pelo teatro que norteou toda a vida de Sábato Magaldi.
Ter sido
citado de maneira tão honrosa por um crítico tão abalizado, me enche de
satisfação e me deixa realizado por ver valorizada a seriedade que sempre
dediquei ao meu trabalho no teatro, desde “O Verdugo”, minha primeira produção
artística.
Edição n.º 981 - página 02
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