A abertura da estrada de ferro Santos-Jundiaí há 146 anos, em 1867, beneficiou muito os paulistas.
Até
aquela época, os tropeiros transportavam, em lombo de animais, a produção das
fazendas de café dos fazendeiros da região “dos valinhos”.
Com
a chegada dos trilhos, eles seriam prejudicados e afastados do mercado, já que
o trem faria o transporte das mercadorias até o porto de Santos.
Então,
por um bom preço, os fazendeiros venderam suas mulas para o governo imperial,
que necessitava delas para o transporte de provisões e armas para os soldados
que lutavam em Mato Grosso, na Guerra do Paraguai.
Pelo
mesmo motivo, a produção de mantimentos das fazendas também foi vendida por
preços bem mais altos do que o normal.
Assim,
devido à chegada da ferrovia até Jundiaí (e, em parte, devido à Guerra do
Paraguai), muitos tropeiros remediados e pequenos fazendeiros desta região “dos
valinhos” se tornaram grandes
cafeicultores, pessoas ricas que começaram a aplicar seu dinheiro em outros
negócios.
Ao
tempo do final do Império, jornais, revistas, pasquins e “imprensa séria”
tinham muita importância, porque a sociedade queria se expressar, e o governo (Segundo Império) estava absolutamente
inexpressivo e inerte. Havia muitos jornais, que eram identificados a seus
donos ou diretores, homens públicos e partidos políticos.
O escritor José de Alencar, o imperador D. Pedro II, o
abolicionista José do Patrocínio, o
dramaturgo Artur de Azevedo e mais todo mundo escrevia nesses jornais,
quer fosse da situação ou da oposição, quer fosse político liberal ou
conservador, monarquista ou republicano!
Ao
final do Império, os oficiais, contrariados e insatisfeitos, também discutiam
questões militares na imprensa, embora, por decreto imperial, fossem proibidas
de fazê-lo!
O
descontentamento dos militares contra o governo imperial era tão grande que, em
15 de novembro de 1889, a monarquia caiu
devido a um plano preparado na casa do Marechal Deodoro da Fonseca. Tomaram
parte nesse plano Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa e Benjamim Constant, entre
outros.
A
República foi proclamada sem lutas ou derramamento de sangue e, como chefe do governo provisório, Deodoro
da Fonseca tomou algumas atitudes interessantes: decretou a separação entre
Igreja e Estado, instituiu o casamento civil e convocou o 1º Congresso
Constituinte! Mas ele foi eleito
primeiro presidente da República apenas em 24 de fevereiro de 1891.
Manuel
Deodoro da Fonseca nasceu em Alagoas em
1827, e morreu no Rio de Janeiro em 1892, com 65 anos de idade.
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