“Tua arte
está impregnada do teu ser. Ela é o teu ser. É o que és. Se tua arte é
monumental, cuidado com o lugar onde a colocas! O povo não entra nos bancos nem
nos palácios. O povo está na praça, onde tua arte também pode estar.”
(Renata Pallottini, poeta)
Tomie Nakakubo Ohtake
nasceu em 21 de novembro de 1913, em Quioto, no Japão; chegou em Santos em 1936, após 40 dias de viagem
de navio. Encantou-se com o que viu: “Brasil tem sol muito claro. Quando saí do
navio, olhei para o céu e senti cheiro de amarelo. Ali, gostei do Brasil!”
Aos 40 anos de idade, depois de os filhos Ruy e Ricardo
estarem criados e independentes, começou a pintar ̶ no princípio, arte
figurativa (seu primeiro quadro, de 1953, representa um vaso de flores) e
depois arte abstrata (nas imensas telas, cores que definem diferentes formas e
texturas).
Naturalizada brasileira, construiu uma carreira
consagrada ̶ é considerada a dama das artes plásticas brasileiras e realiza exposições em várias
partes do mundo.
Suas obras “têm uma característica singular, revelando um
processo contínuo de reinvenção, aliando rigor pictural, liberdade expressiva e
intensidade emocional, gesto
e razão geométrica”,
segundo a crítica especializada.
A arte monumental de Tomie celebra a energia envolvida
no ato de pintar ou de criar esculturas: “todo o espaço está tomado por uma
espécie de imantação, em que a geometria sensível conforma o vazio zen”.
Tudo isso pode ser visto nas bonitas obras espalhadas
pelo Brasil: em São Paulo; Santo André; Santos; no Rio de Janeiro; em Minas Gerais e no
Ceará.
A arte de Tomie está impregnada do ser dela, é ela e é o
que ela é.
E, generosamente, ela a distribui por grandes espaços
abertos sob o céu (praias, lagoas, lagos, praças, canteiros), iluminados pelo
radiante sol do Brasil, que cheira a amarelo!
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