sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ditador venezuelano mostra a cara



“Todo o poder corrompe: o poder absoluto   corrompe absolutamente.” (Lord Acton).



A Venezuela, governada por Nicolás Maduro, eleito presidente daquele país após a morte de Hugo Chaves, em eleições fraudadas, vive uma grave crise econômica, com uma inflação de 56,3% e uma severa falta de alimentos e produtos de primeira necessidade. O Poder Judiciário está sob controle do presidente. A Guarda Nacional Bolivariana age impunemente. Protestos contra o presidente Nicolás Maduro eclodem por todo o país. Uma manifestação de estudantes opositores ao regime do ditador Maduro, no centro de Caracas, registrou confrontos que causaram três mortes e deixaram vários feridos. No último dia 19, a Miss Turismo Carabobo 2013, Génesis Carmona, 23 anos, morreu um dia depois de ter sido baleada na cabeça durante um protesto de estudantes na cidade de Valencia, na Venezuela,

Por sua vez, Leopoldo López, um jovem economista de 42 anos formado em Harvard e proibido pela Justiça de exercer cargos públicos, líder do partido opositor Vontade Popular, entregou-se na terça-feira à Guarda Nacional Bolivariana em uma praça de Caracas. López era procurado pela Justiça venezuelana, que o acusa da morte de três pessoas durante os protestos da semana passada. 

"Apresento-me à Justiça injusta, a uma Justiça corrupta", declarou López, vestido de branco e com uma bandeira da Venezuela, sob os aplausos de milhares de partidários. "Se a minha prisão servir para despertar um povo, para despertar definitivamente a Venezuela e para que os venezuelanos e venezuelanas que querem mudanças construam um caminho de paz e democracia (...) valerá a pena", afirmou López.

A prisão do ativista foi considerada uma "violação flagrante" do devido processo judicial pela organização Human Rights Watch. "A detenção de Leopoldo López é uma violação flagrante de um dos princípios mais básicos do devido processo, o de que não podem prender você sem provas que liguem você ao crime", posto que as autoridades não tenham fornecido provas, mas "apenas insultos e teorias de conspiração", e ressaltou que a "única causa provável parece ser o fato de que López é um opositor", afirmou o diretor para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco.

E o governo brasileiro apoia, como sempre, numa política externa que não consigo entender, o ditador venezuelano. Os representantes do Mercosul assinaram carta branca em favor do ditador, afirmando em nota que "(...) Os estados-membros instam às partes a continuar aprofundando o diálogo sobre as questões nacionais no marco da institucionalidade democrática e no estado de direito, tal e como foi promovido pelo presidente Nicolás Maduro Moros nas últimas semanas”.

Indignação e vergonha são os sentimentos mínimos que se pode sentir ante a leitura de uma nota tão covarde. O que dizer de tamanho desprezo pela democracia? O que dizer de um país militar e economicamente muito mais forte que a Venezuela, como é o caso do Brasil, que assine tal carta? Eu não endosso tal afirmação dos nossos representantes e gostaria de ser respeitado. Em troca de que o governo brasileiro assina uma nota humilhante desse tipo? Parece que a opinião do brasileiro honesto e trabalhador não tem a menor importância para esse governo.


É preciso dar um basta aos ditadores, é preciso cantar e viver a liberdade! O comportamento do governo brasileiro não representa o nosso povo. Na verdade, tenho certeza que o brasileiro de bem está com os Venezuelanos que lutam para devolver a liberdade ao seu país, os quais têm o nosso apoio, a nossa admiração e, sobretudo, o nosso respeito.







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