Jesus,
sem sombra de dúvida, é nosso libertador. Não como muitos pensam, na figura do
senhor das guerras, que viria para atuar em questões políticas. Na realidade,
sua proposta é muito mais abrangente.
Em
seus ensinamentos, reuniu com maestria a simplicidade, o poder de síntese e a verdade iluminadora.
Sabia da dificuldade de entendimento de seus irmãos mais novos-nós-, mas não se
deteve frente a nossa ignorância, que sabia ele ser passageira e compreensível
dentro do patamar evolutivo em que nos encontramos.
No
"Encontrareis a verdade e ela vós
libertará" (João- 8:32), notamos um belo exemplo de simplicidade,
profundidade e objetividade em seus ensinamentos.
Para
encontrar algo, precisamos querer, ir ao encontro, estar abertos e atentos,
enfim, buscar…
No
caso da verdade a situação não é diferente.
Mas
o que seria a verdade?
Para
muito filósofos a verdade é uma questão de ponto de vista. No dicionário
podemos encontrar as seguintes definiçoes:
estar de acordo com os fatos ou a realidade, ou ainda
ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos incluíam o sentido de
fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim,
"a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro
de um sistema de valores.
Enquanto
a Metafísica, a Lógica e a Filosofia discutem sobre a verdade, cada um de nós,
de certa maneira, também concebe a "sua" verdade na subjetividade das
experências, crenças e capacidade de percebê-la.Poderemos nos enganar se
buscarmos a verdade somente nos aspectos
materiais. Ou, ainda mais triste, nos julgarmos donos absolutos dela. Assim
agem os que não aceitam opniões contrárias, os que estão fechados em suas
distorcidas concepções do mundo e dos outros.
Quando
observamos o universo, suas criaturas e as leis harmoniosas que regem a vida de
forma perfeita e justa, identificamos o amor de Deus como base de tudo o que
existe. Dentro deste aspecto poderíamos entender que se o amor está na base de
tudo, ele é a verdade. O que está de
acordo com a afirmação de Jesus de que
seremos libertos pela verdade.
Afinal,
o que poderia ser mais libertador do que o amor?
Quem
ama serve e prosegue sem se prender, não aguarda elogios, reconhecimento ou
gratidão. Faz o bem pelo simples prazer de ver a felicidade do outro.
Encontra
na falta de entendimento do semelhante oportunidade bendita de trabalho e
semeadura.
Semeia,
mas não se prende pela colheita, pois entende que tudo pertence a Deus.
Dirige,
mas não busca o domínio tirano e escravacionista sobre as conciências, pois
permite que o outro possa crescer, mesmo que por escolhas diferentes das suas.
Quem
ama verdadeiramente sabe usufruir das riquezas materiais com justiça e bondade,
pois já reuniu dentro de si mesmo a certeza de que só há uma verdade absoluta:
o AMOR…
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